Temas e Referências Bíblicas 4200 a 4299

4200 - RECURSOS DIVINOS (1Co 1)
Coisas loucas e fracas
1Co 1:27
Coisas insignificantes, desprezadas e que nada são
1Co 1:28
1Co 1:29
V. Poder de Deus, 1519.
4201 - REVELAÇÃO MAIS COMPLETA
Obtida mediante...
Perseverança
Os 6:3
Comunhão íntima com Cristo
Mt 13:11
Permanência nas palavras de Cristo
Jo 8:31
Jo 8:32
Virá no tempo certo
Jo 13:7
Pela orientação do Espírito Santo
Jo 16:13
Prometida aos discípulos
Jo 16:25
V. Iluminação, 2322; Privilégios especiais, 3200.
Ver tb: Mt 13:35, Lc 8:10, At 18:26, At 26:16, 1Co 13:10
4202 - SALVAÇÃO ABUNDANTE para o fiel
Resplandece como as estrelas
Dn 12:3
Recebe um bem-vindo real no céu
Mt 25:34
Aflições aumentam-lhe a glória final
2Co 4:17
Concede entrada triunfal no céu
2Pe 1:11
Obtém um lugar perto do trono
Ap 7:14
Ap 7:15
Ver tb: Lc 16:23, 1Tm 1:14
4203 - SATANÁS, LIMITADO EM PODER
Ao afligir os santos
Jó 1:12
Pode ser vencido pela graça divina
Lc 10:19
Rm 16:20
Há limite às suas tentações
1Co 10:13
Sabe quando é derrotado
Tg 4:7
Tem pouco tempo
Ap 12:12
Ap 13:5
Ver tb: Lm 3:7, Lc 8:33, 1Jo 4:4, Ap 20:3
4204 - SERVIÇO NÃO COMPREENDIDO pelos próprios obreiros
Dos justos
Mt 25:38
De Maria
Mt 26:12
Da viúva pobre
Mc 12:44
De André, ao trazer Pedro a Jesus
Jo 1:42
De Barnabé, ao procurar Paulo
At 11:25
At 11:26
Ver tb: Mc 14:8, Jo 12:8
4205 - SETE PROMESSAS encontradas em João
1. Lar, Jo 14:2.
2. Reunião, Jo 14:3.
3. Realização, Jo 14:12.
4. Recursos, Jo 14:13.
5. Companheirismo, Jo 14:16.
6. Legado, Jo 14:27.
7. Alegria, Jo 14:28.
4206 - SIGNIFICADO DA VIDA RESSUSCITADA
Novo poder íntimo, Rm 8:11.
Semelhança com Cristo, 2Co 4:10.
Devoção a um novo Senhor, 2Co 5:15.
Ambição celestial, Cl 3:1.
Inclinações celestiais, Cl 3:2.
Exaltação aos lugares celestiais, Ef 2:5,6.
4207 - SUPERFICIALIDADE
Na afeição, Ez 33:31.
No ouvir, Ez 33:32.
Nas raízes, Mc 4:16,17.
No fundamento, Lc 6:49.
Na recepção da mensagem, Jo 6:66.
Nas convicções, Ef 4:14.
Ver tb: Mt 13:5, Mt 13:20, Mc 4:5, Jo 4:15, At 17:21
4208 - TRAZER PESSOAS A JESUS
Enfermos, Mt 4:24; 8:16.
Mudos e endemoninhados, Mt 9:32.
Os que os discípulos não puderam ajudar, Mc 9:17-20.
Desamparados, Lc 5:18,19.
Cegos, Lc 18:40.
Interessados, Jo 1:41,42; 12:20-22.
Duvidosos, Jo 1:45,46.
Pecadores, Jo 8:3.
Tristes, Jo 11:28.
Ver tb: Mt 9:2, Mt 14:35, Mt 17:17, Mc 1:32, Mc 2:3, Mc 6:55, Mc 7:32, Mc 9:20, Mc
10:49, Lc 9:41, Jo 12:21
4209 - ÚNICO SALVADOR, Jesus
É o dom do amor
Jo 3:16
Só ele tem a mensagem de salvação
Jo 6:68
Recusá-lo significa a morte
Jo 8:24
Seu nome é o único que salva
At 4:12
Sua morte é o tema central da pregação
1Co 2:2
Toda a esperança de vida eterna está baseada nele
1Co 3:11
V. Salvação, 3466.
4210 - UMA ÚNICA COISA
É desejada, Sl 27:4.
Sucede a todos, Ec 3:19.
Falta, Mc 10:21.
É necessária, Lc 10:42.
É conhecida, Jo 9:25.
A fazer, Fp 3:13.
Acerca do tempo, 2Pe 3:8.
Ver tb: Lc 18:23
4211 - VERDADE CONFUNDIDA
Templo espiritual confundido com o templo físico, Jo 2:20.
Novo nascimento confundido com nascimento físico, Jo 3:4.
Água da vida confundida com água natural, Jo 4:15.
Alimento espiritual confundido com alimento físico, Jo 4:33.
Vida de Cristo confundida com sua carne, Jo 6:52.
Partida de Cristo confundida com suicídio, Jo 8:22.
Escravidão espiritual confundida com escravidão física, Jo 8:33; 11:12.
Ver tb: Mt 16:7, Mt 26:61, Mc 8:16, Mc 14:58, Jo 7:35, Jo 8:52, 1Co 1:18
ESBOÇOS DE ESTUDOS BÍBLICOS
4212 - SETE PROMULGAÇÕES da LEI DIVINA
Estas gravuras ilustram o método que Deus utilizou para a revelação e publicação
gradual de sua lei. Primeiro foi escrita na natureza, logo após na consciência do homem
e em seguida — seus princípios fundamentais — em tábuas de pedra. No devido tempo,
Jesus apareceu como a encarnação perfeita da verdade, ilustrada em sua vida sem
pecado. Mais tarde, vieram todas as Escrituras, a edição escrita mais ampla e completa.
Era propósito de Deus que sua lei também fosse escrita no coração de seu povo e que
seus preceitos pudessem ser “lidos” na vida de cada um.
Ver tb: 2Co 3:2

4213 - PONTE HISTÓRICA

Que une o AT ao NT
Fatores nacionais no plano divino
Proclamação de Ciro (persa) e regresso dos judeus Conquista de Alexandre: expansão
da língua grega
Estabelecimento de um governo mundial estável, leis uniformes e boas estradas pelos
romanos
Dispersão dos judeus, que espalharam as verdades acerca da unidade de Deus, a
esperança messiânica e as Escrituras
GOVERNO
Dominação persa, 400-330 a.C.
Supremacia de Alexandre Magno, 330-323 a.C.
Sucessores de Alexandre
Supremacias egípcia e síria, 323-166 a.C.
Independência judaica sob os macabeus, 166-63 a.C.
SOCIEDADE
Movimento geográfico: Dispersão dos judeus
Partidos religiosos: Fariseus, saduceus, essênios
Literatura: Septuaginta e apócrifos, 270-50 a.C.
Arquitetura: O templo de Herodes começa a ser construído, 19 a.C.
Eventos que precederam de imediato a Jesus
Anúncio a Zacarias sobre o precursor de Jesus, Lc 1:5-17
Anunciação a Maria do Messias vindouro, Lc 1:26-35
A pregação de João Batista, Mt 3:1-6
A HISTÓRIA do intervalo entre o AT e o NT é às vezes considerada trivial, já que
durante esse período nenhum profeta falou inspirado por Deus. Esse período é também
conhecido como os “séculos de silêncio”.
Sem dúvida, o conhecimento dos eventos importantes, bem como o da literatura da
época, é de grande valor porque constitui um pano de fundo para a vinda e a vida de
Cristo.
Após o cativeiro, a província da Judéia permaneceu duzentos anos sob o domínio persa.
A conquista por Alexandre Magno, em 330 a.C., não somente colocou os judeus sob a
dominação helênica como introduziu a língua grega e idéias novas por todo o mundo
antigo.
Após a morte de Alexandre, o reino foi dividido, e começou a luta entre os ptolomeus
do Egito e os monarcas da Síria, resultando na sujeição da Judéia, primeiramente ao
Egito e depois à Síria.
O domínio sírio foi um período sombrio na história judaica, especialmente durante o
reinado de Antíoco Epifânio. Esse rei sírio, entre os muitos crimes cometidos contra os
judeus, tentou estabelecer a idolatria em Jerusalém, profanando o Templo.
A perversidade de Antíoco provocou a revolta dos macabeus, em 166 a.C., na qual o
sacerdote Matatias e seus filhos derrotaram os sírios em uma série de batalhas que
asseguraram a independência da Judéia.
Foi esse o fundamento da dinastia asmoneana, que reinou de 166 a 63 a.C.
4214 - LIVROS APÓCRIFOS

1Esdras
2Esdras
Tobias
Judite
Acréscimos ao livro de Ester
Sabedoria de Salomão
Eclesiástico
Baruque
Epístola de Jeremias
Cântico dos Três Moços
Susana
Bel e o Dragão
Oração de Manassés
1 e 2Macabeus
As origens
O vocábulo “apócrifo”, que significa “escondido” ou “secreto”, aplica-se genericamente
a uma série de livros surgidos no período entre o AT e o NT.
Os livros apócrifos, cujo número varia de onze a dezesseis, chegaram até nós de certo
modo unidos aos livros canônicos, e a história deles é fora do comum.
As opiniões eclesiásticas através de várias épocas diferem quanto ao valor dessa
literatura. Os judeus da dispersão no Egito revelaram alta estima por esses escritos e os
incluíram na tradução do at para o grego, chamada Septuaginta (v. 4215), mas esses
mesmos escritos foram eliminados do cânon hebraico pelos judeus da Palestina.
A Igreja Católica Romana, no Concílio de Trento, em 1546, considerou canônicos onze
desses livros, que aparecem nas edições católicas das Escrituras.
O ponto de vista evangélico
Os evangélicos, ou protestantes, geralmente aceitam os apócrifos como possuindo
material de valor literário e histórico, mas rejeitam sua canonicidade. Por essa razão,
esses escritos foram eliminados das modernas edições evangélicas da Bíblia. Os
argumentos são os seguintes:
1. Nunca foram citados por Jesus, e duvida-se que os apóstolos tenham feito alusão a
eles.
2. A maioria dos primeiros pais da igreja consideravam-nos não inspirados.
3. Não aparecem no cânon hebraico antigo.
4. Quando comparados aos canônicos, por sua qualidade inferior, revelam-se indignos
de ocupar um lugar nas Sagradas Escrituras.
O caráter dos livros
As autoridades divergem quanto à classificação dos apócrifos. Por exemplo, a Epístola
de Jeremias é com freqüência incorporada ao livro de Baruque, enquanto geralmente
são omitidos o terceiro e o quarto livro dos Macabeus.
HISTÓRICOS — 1 e 2Macabeus e 1Esdras.
TRADICIONAIS — Adições ao livro de Ester, Susana, Canção dos Três Jovens, Bel e
o Dragão, Judite e Tobias.
PROFÉTICOS — Baruque e a Oração de Manassés.
APOCALÍPTICOS — 2Esdras e 4Esdras, na Vulgata Latina.
INSTRUTIVOS — Eclesiástico e Sabedoria de Salomão (estilo similar ao de
Provérbios).
4215 - A BÍBLIA EM PORTUGUÊS

O desenho acima mostra a origem e o desenvolvimento da Bíblia em língua portuguesa
e os fundamentos sobre os quais descansa cada versão sucessiva.
Por vivermos em uma época de grande desenvolvimento tecnológico, principalmente na
área da imprensa, temos dificuldades em perceber quanto era difícil reproduzir os livros
bíblicos à época em que foram escritos. Cada cópia tinha de ser feita lenta e
laboriosamente à mão. Foi inevitável que muitos livros antigos se perdessem, o que em
grande parte explica o desaparecimento de todos os manuscritos originais da Bíblia.O
texto das páginas seguintes procura responder à pergunta: “Qual o fundamento literário
da Bíblia?”.
A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Origens
As primeiras traduções
a) A Septuaginta. Como conseqüência dos setenta anos de cativeiro na Babilônia e da
forte influência do aramaico, a língua hebraica enfraqueceu. Todavia, fiéis à tradição de
preservar os oráculos em sua língua, os judeus não permitiam que os livros sagrados
fossem vertidos para outro idioma. Alguns séculos mais tarde, porém, essa atitude
exclusivista e ortodoxa teria de dar lugar a um senso mais prático e liberal. Com o
estabelecimento do império de Alexandre, o Grande, a partir de 331 a.C., a língua grega
popularizou-se a tal ponto que se tornou imprescindível uma tradução das
Sagradas Escrituras nesse idioma.
Segundo o escritor Aresteas, a tradução grega foi feita por 72 sábios judeus (daí o nome
“Septuaginta”), na cidade de Alexandria, a partir de 285 a.C., a pedido de
Demétrio Falário, bibliotecário do rei Ptolomeu Filadelfo. Concluída 39 anos mais
tarde, a nova versão assinalou o começo de uma grande obra que, além de preparar o
mundo para o advento de Cristo, tornaria conhecida de todos os povos a Palavra de
Deus. Na igreja primitiva, era a tradução conhecida de todos os crentes.
b) A Hexapla. Nem todos os livros do AT, infelizmente, foram bem traduzidos na
Septuaginta, razão pela qual Orígenes, por volta de 228 d.C., compôs a Hexapla, ou
“versão de seis colunas”, contendo a Septuaginta e as três traduções gregas do AT
efetuadas por Áquila do Ponto, Teodoro de Éfeso e Símaco de Samaria, feitas
respectivamente em 130, 160 e 218 d.C. Além dessas, constavam nas duas últimas
colunas o texto hebraico e o mesmo texto em grego. Essa grandiosa obra, constituída de
cinqüenta volumes, perdeu-se provavelmente quando os sarracenos saquearam Cesaréia,
em 653 d.C.
c) A Vulgata. Em 382 d.C., o bispo Dâmaso encarregou Jerônimo de traduzir da
Septuaginta para o latim o livro de Salmos e o NT, trabalho concluído em três anos e
meio. Mais tarde, outro bispo assumiu a direção da igreja em Roma e percebeu, com
inveja, a grande cultura e a influência de Jerônimo. Este, perseguido e humilhado,
dirigiu-se para Belém, na Terra Santa, e ali estudou e trabalhou 34 anos na tradução de
toda a Bíblia para a língua latina. Jerônimo escreveu ainda 24 comentários bíblicos, um
conjunto de biografias de eremitas, duas histórias da igreja primitiva e diversos tratados.
Mais tarde, a Bíblia de Jerônimo ficou conhecida por Vulgata [Vulgar], sendo hoje
utilizada pela Igreja Romana como a autêntica versão das Escrituras em latim, apesar de
muitos estudiosos a considerarem pobre e até apontarem falhas graves.
Códices e manuscritos bíblicos
A partir do século IV, os livros cristãos passaram a ser escritos em códex, palavra
derivada de caudex, tabuinha coberta de cera na qual se escrevia com um estilete
metálico (stylus). Reunidos por um cordão que passava por orifícios feitos no alto dos
exemplares, à esquerda, os códices tinham a forma de livro, portanto bem mais práticos
para manusear que os antigos rolos. Os mais importantes códices bíblicos são: Sinaítico,
produzido em cerca de 325 d.C., contém todo o AT grego, além das Epístolas de
Barnabé e parte de O pastor, de Hermas. Foi encontrado pelo sábio alemão Constantino
Tischendorf, em 1844, no Mosteiro de Santa Catarina, situado na encosta do Sinai.
Tischendorf viu 129 páginas do manuscrito em uma cesta de papel, prestes a serem
lançadas ao fogo. Percebendo seu enorme valor, levou-as para a Europa. Em 1859,
voltou ao mosteiro e encontrou as páginas restantes. Doada pelo seu descobridor a
Alexandre II, da Rússia, a preciosidade foi posteriormente comprada pela Inglaterra
pela vultosa quantia de 100 mil libras esterlinas. Está no Museu Britânico desde 1933.
Alexandrino, de meados do século IV, contém o AT grego e quase todo o NT, com
omissões de 24 capítulos de Mateus, cerca de quatro de João e oito de 2Coríntios.
Contém ainda a Primeira epístola de Clemente de Roma e parte da segunda. Está no
Museu Britânico.
Outros famosos códices bíblicos são: o Vaticano, do século IV, contém o AT e o NT,
com omissões, está na Biblioteca do Vaticano; o Efraemi, produzido por volta de 450
d.C., acha-se na Biblioteca Nacional de Paris; o Baza, encontrado por Teodoro Baza no
Mosteiro de Santo Ireneu, na França, em 1581, é datado do século V e encontra-se
atualmente na Biblioteca de Cambridge, Inglaterra; o Washington, produzido nos
séculos IV e V, acha-se no Museu Freer, na capital dos Estados Unidos da
América.Existem, ainda, vários códices de menor importância, expostos em museus e
bibliotecas de várias partes do mundo. Somente de livros do NT, completos ou em
fragmentos, conhecem-se hoje 156.
Os rolos do mar Morto
Em se tratando de manuscritos em rolos, o mais antigo e importante de todos foi
encontrado casualmente em 1947 por um beduíno, em uma bem escondida gruta nas
proximidades de Jericó, junto ao mar Morto. Examinado pelo professor Sukenik, da
Universidade Hebraica de Jerusalém, revelou-se pertencente ao século III a.C.
Contém o livro completo de Isaías e comentários de Habacuque, além de importantes
informações sobre a época em que foi escondido. É mais conhecido como o Rolo do
mar Morto.
A Bíblia em português
Período das traduções parciais
a) Venturoso ou Bem-Aventurado: a despeito de esse título ter sido atribuído a d.
Manuel como o principal incentivador das grandes navegações, mais bem-aventurado
que esse rei português foi um de seus antecessores, d. Diniz (1279-1325), por ter sido o
primeiro a traduzir para a língua portuguesa o texto bíblico, tornando assim possível a
navegação dos leitores de língua portuguesa pelo imenso mar da Palavra de Deus.
Grande conhecedor do latim clássico e leitor da Vulgata, d. Diniz resolveu enriquecer a
língua portuguesa: traduziu as Sagradas Escrituras para nosso idioma, tomando como
base aquela tradução. Embora lhe faltasse perseverança e só conseguisse traduzir os
vinte primeiros capítulos do livro de Gênesis, seu esforço colocou-o em posição
historicamente anterior a alguns dos primeiros tradutores da Bíblia para outros idiomas,
como John Wycliff, por exemplo, que só em 1380 traduziu as Escrituras para o inglês.
b) Fernão Lopes em seu curioso estilo de cronista do século XV, disse que d. João I
(1385-1433), um dos sucessores de d. Diniz no trono português, “fez grandes letrados
tirar em linguagem os Evangelhos, os Atos dos Apóstolos e as epístolas de São Paulo,
para que aqueles que os ouvissem fossem mais devotos acerca da lei de Deus” (Crônica
de d. João I, 2.a Parte). Os “grandes letrados” eram vários padres que também se
utilizaram da Vulgata no trabalho de tradução.
Enquanto esses padres trabalhavam, d. João I, também conhecedor do latim, traduziu o
livro de Salmos, que foi reunido aos livros do Novo Testamento traduzidos pelos
padres. Seu sucessor, d. João II, outro grande apoiador das traduções do texto bíblico,
mandou gravar em seu cetro a parte final do versículo 31 de Romanos 8: “Se Deus é por
nós, quem será contra nós?”, atestando assim quanto os soberanos portugueses
reverenciavam a Bíblia.
Como nessa época a imprensa ainda não havia sido inventada, os livros eram
produzidos em forma manuscrita, fazendo-se uso de folhas de pergaminho. Isso tornava
a circulação extremamente reduzida. Por ser um trabalho lento e caro, era necessário
que a Igreja Romana ou alguém muito rico assumisse os custos do projeto — ninguém
mais indicado que os nobres e os reis.
c) Outras figuras da monarquia de Portugal também realizaram traduções parciais da
Bíblia. A neta do rei d. João I e filha do infante d. Pedro, a infanta d. Filipa, traduziu do
francês Os evangelhos. No século XV, surgiram publicados em Lisboa o Evangelho de
Mateus e porções dos demais evangelhos, trabalho realizado pelo frei Bernardo de
Alcobaça, que pertenceu à grande escola de tradutores portugueses da Real Abadia de
Alcobaça. Ele baseou suas traduções na Vulgata.
d) A primeira harmonia dos evangelhos em língua portuguesa, preparada em 1495
pelo cronista Valentim Fernandes e intitulada De vita Christi, teve seus custos de
publicação pagos pela rainha d. Leonora, esposa de d. João II. Cinco anos após o
descobrimento do Brasil, d. Leonora mandou também imprimir o livro de Atos dos
Apóstolos e as epístolas universais de Tiago, Pedro, João e Judas, traduzidos do latim
vários anos antes por frei Bernardo de Brinega. Em 1566, foi publicada em Lisboa uma
gramática hebraica para estudantes portugueses. Trazia em português, como texto
básico, o livro de Obadias.
Outras traduções
Outras traduções em língua portuguesa realizadas em Portugal são dignas de menção:
a) Os quatro evangelhos, traduzidos em elegante português pelo padre jesuíta Luiz
Brandão.
b) No início do século XIX, o padre Antônio Ribeiro dos Santos traduziu os evangelhos
de Mateus e Marcos, ainda hoje inéditos.
É fundamental salientar que todas essas obras sofreram, ao longo dos séculos,
implacável perseguição da Igreja Romana, e de muitas delas só escaparam um ou dois
exemplares, hoje raríssimos. A Igreja Romana também amaldiçoou a todos os que
conservassem consigo essas “traduções da Bíblia em idioma vulgar”, conforme as
denominavam.
Período das traduções completas
Tradução de Almeida
Coube a João Ferreira de Almeida a grandiosa tarefa de traduzir pela primeira vez para
o português o AT e o NT. Nascido em 1628, em Torre de Tavares, nas proximidades de
Lisboa, João Ferreira de Almeida mudou-se aos doze anos de idade para o sudeste da
Ásia. Após viver dois anos na Batávia (atual Jacarta), na ilha de Java, Indonésia, partiu
para Málaca, na Malásia, e lá, pela leitura de um folheto em espanhol acerca das
diferenças da cristandade, converteu-se do catolicismo à fé evangélica. No ano seguinte,
começou a pregar o evangelho no Ceilão e em muitos pontos da costa de Malabar.
Não tinha ainda dezessete anos de idade quando iniciou o trabalho de tradução da Bíblia
para o português, mas lamentavelmente perdeu o manuscrito e teve de reiniciar a
tradução em 1648.
Por conhecer o hebraico e o grego, Almeida pôde utilizar-se dos manuscritos dessas
línguas, calcando sua tradução no chamado Textus receptus, do grupo bizantino.
Durante esse exaustivo e criterioso trabalho, serviu-se também das traduções holandesa,
francesa (de Baza), italiana, espanhola e latina (Vulgata).
Em 1676, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do NT e no mesmo ano remeteu
o manuscrito para ser impresso na Batávia. Todavia, o lento trabalho de revisão a que a
tradução foi submetida levou-o a retomá-la e enviá-la para ser impressa em Amsterdã.
Finalmente, em 1681, surgiu o primeiro Novo Testamento em português, trazendo no
frontispício os seguintes dizeres, que transcrevemos ipsis litteris: “O Novo Testamento,
isto é, Todos os Sacro Sanctos Livros e Escritos Evangélicos e Apostólicos do Novo
Concerto de Nosso Fiel Salvador e Redentor Iesu Cristo, agora traduzido em português
por João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Sancto Evangelho. Com todas as
licenças necessárias. Em Amsterdam, por Viúva de J. V. Someren. Anno 1681”.
Milhares de erros foram detectados nesse Novo Testamento de Almeida, muitos deles
produzidos pela comissão de eruditos que tentou harmonizar o texto português com a
tradução holandesa de 1637. O próprio Almeida identificou mais de 2 mil erros na
tradução, e outro revisor, Ribeiro dos Santos, afirmou ter encontrado um número bem
maior.
Logo após a publicação do Novo Testamento, Almeida iniciou a tradução do AT. Ao
falecer, em 6 de agosto de 1691, havia traduzido até Ezequiel 41:21. Em 1748, o pastor
Jacobus op den Akker, da Batávia, reiniciou o trabalho interrompido por Almeida, e
cinco anos depois, em 1753, foi impressa a primeira Bíblia completa em português, em
dois volumes. Estava concluído, portanto, o inestimável trabalho de tradução da Bíblia
por João Ferreira de Almeida.
Apesar dos erros iniciais, ao longo dos anos estudiosos evangélicos vêm depurando a
obra de Almeida, tornando-a a preferida dos leitores de fala portuguesa.
A Bíblia de Rahmeyer
Tradução completa da Bíblia, ainda hoje inédita, traduzida em meados do século XVIII
pelo comerciante hamburguês Pedro Rahmeyer, que residiu trinta anos em Lisboa. O
manuscrito dessa Bíblia encontra-se na Biblioteca do Senado de Hamburgo, Alemanha.
Tradução de Figueiredo
Nascido em 1725, em Tomar, nas proximidades de Lisboa, o padre Antônio Pereira de
Figueiredo, partindo da Vulgata, traduziu integralmente o AT e o NT, gastando dezoito
anos nessa laboriosa tarefa. A primeira edição do Novo Testamento saiu em 1778, em
seis volumes. Quanto ao Antigo Testamento, os dezessete volumes da primeira edição
foram publicados de 1783 a 1790. Em 1819, veio à luz a Bíblia completa de Figueiredo,
em sete volumes. E, em 1821, foi publicada pela primeira vez em um único volume.
Figueiredo incluiu em sua tradução os chamados livros apócrifos, que o Concílio de
Trento havia acrescentado aos livros canônicos em 8 de abril de 1546. Esse fato
contribui para que sua Bíblia seja ainda hoje apreciada pelos católicos romanos nos
países de fala portuguesa.
Na condição de exímio filólogo e latinista, Figueiredo pôde utilizar-se de um estilo
sublime e grandiloqüente, e seu trabalho resultou em um verdadeiro monumento da
prosa portuguesa. No entanto, por não conhecer as línguas originais e se haver baseado
tão-somente na Vulgata, sua tradução não suplantou em preferência o texto popular de
Almeida.
A Bíblia no Brasil
Traduções parciais
a) Nazaré. Em 1847, publicou-se, em São Luís do Maranhão, O Novo Testamento
traduzido por frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré, que se baseou na Vulgata. Foi,
portanto, o primeiro texto bíblico traduzido no Brasil. Essa tradução tornou-se famosa
por trazer em seu prefácio pesadas acusações contra as “Bíblias protestantes”, que,
segundo os acusadores, estariam “falsificadas” e falavam “contra Jesus Cristo e contra
tudo quanto há de bom”.
b) Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro publicou a
que ficou conhecida como “a primeira edição brasileira” do Novo Testamento de
Almeida.
Essa versão foi revista por José Manoel Garcia, lente do Colégio D. Pedro II, pelo
pastor M. P. B. de Carvalhosa, da cidade de Campos, RJ, e pelo primeiro agente da
Sociedade Bíblica Americana no Brasil, pastor Alexandre Blackford, ministro do
evangelho no Rio de Janeiro.
c) Harpa de Israel foi o título que o notável hebraísta F. R. dos Santos Saraiva deu à
sua tradução do livro de Salmos, publicada em 1898.
d) Em 1909, o padre Santana publicou sua tradução do Evangelho de Mateus, vertida
diretamente do grego. Três anos depois, Basílio Teles publicou a tradução do Livro de
Jó, com sangrias poéticas. Em 1917 foi a vez de J. L. Assunção publicar O Novo
Testamento, tradução baseada na Vulgata.
e) Traduzido do velho idioma etíope por Esteves Pereira, O Livro de Amós surgiu
isoladamente no Brasil em 1917. Seis anos depois, J. Basílio Pereira publicou a
tradução do Novo Testamento e do Livro dos Salmos, ambos baseados na Vulgata. Por
essa época, surgiu no Brasil (infelizmente, sem indicação de data) a Lei de Moisés (o
Pentateuco), edição bilíngüe hebraico-português, preparada pelo rabino Meir Matzliah
Melamed.
f) O padre Huberto Rohden foi o primeiro católico a traduzir no Brasil o NT
diretamente do grego. Publicada pela instituição católico-romana Cruzada Boa
Esperança em 1930, essa tradução, por estar baseada em textos considerados inferiores,
sofreu severas críticas.
Traduções completas
a) Em 1902, as sociedades bíblicas empenhadas na disseminação da Bíblia no Brasil
patrocinaram nova tradução da Bíblia para o português, baseada em manuscritos
melhores que os utilizados por Almeida. A comissão constituída para tal fim, composta
de eruditos nas línguas originais e no vernáculo, entre eles o gramático Eduardo Carlos
Pereira, fez uso de ortografia correta e vocabulário erudito. Publicado em 1917, o
trabalho ficou conhecido como Tradução Brasileira. Apesar de ainda hoje
apreciadíssima por grande número de leitores, essa Bíblia não conseguiu firmar-se no
gosto do grande público.
b) Coube ao padre Matos Soares realizar a tradução mais popular da Bíblia entre os
católicos na atualidade. Publicada em 1930 e baseada na Vulgata, suas notas entre
parêntesis defendem os dogmas da Igreja Romana. Por esse motivo, recebeu apoio papal
em 1932.
c) Em 1943, as Sociedades Bíblicas Unidas encomendaram a um grupo de hebraístas,
helenistas e vernaculistas competentes a revisão da tradução de Almeida. A comissão
melhorou a linguagem, a grafia dos nomes próprios e o estilo.
d) Em 1948, organizou-se a Sociedade Bíblica do Brasil, destinada a “Dar a Bíblia à
pátria”. Essa entidade fez duas revisões do texto de Almeida, uma mais aprofundada,
que deu origem à Edição Revista e Atualizada no Brasil, e uma menos profunda, que
conservou o antigo nome, “Corrigida”.
e) Em 1967, a Imprensa Bíblica Brasileira, criada em 1940, publicou sua Edição
Revisada de Almeida, cotejada com os textos em hebraico e grego. Essa edição foi
posteriormente reeditada com ligeiras modificações.
f) Em 1988, a Sociedade Bíblica do Brasil traduziu e publicou a Bíblia na Linguagem
de Hoje. O propósito básico dessa tradução era apresentar o texto bíblico em linguagem
comum e corrente. Em 2000, após ampla revisão, foi reeditada como Nova Tradução na
Linguagem de Hoje.
g) Em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição Contemporânea da Bíblia traduzida
por Almeida. Essa edição eliminou arcaísmos e ambigüidades do texto quase
tricentenário de Almeida e preservou, sempre que possível, as excelências do texto que
lhe serviu de base.
h) Uma comissão constituída de eruditos em grego, hebraico, aramaico e português,
coordenada pelo pastor Luiz Sayão, sob o patrocínio da Sociedade Bíblica
Internacional, concluiu em 2001 uma nova tradução das Escrituras, a Nova Versão
Internacional (NVI), texto adotado desde então pela Editora Vida.
i) São também dignas de referência: a Bíblia traduzida pelos monges de Meredsous
(1959); a Bíblia de Jerusalém, traduzida pela Escola Bíblica de Jerusalém (padres
dominicanos) e editada no Brasil por Edições Paulinas em 1981, com notas; a Edição
Integral da Bíblia, trabalho de diversos tradutores sob a coordenação de Ludovico
Garmus, editado pela Editora Vozes e pelo Círculo do Livro, também com notas.
Abraão de Almeida e Jefferson Magno Costa
4216 - ESTRELAS MESSIÂNICAS

4217 - O TEMPLO DA VERDADE — CRISTO E O SERMÃO DO MONTE

4218 - ESBOÇO CONDENSADO da Bíblia — AT
I. O PENTATEUCO (5)
1. Gênesis. O livro das origens. A origem do universo, do gênero humano etc. Em
grande parte, é o registro histórico das origens do povo escolhido. V. 4227.
2. Êxodo. O cativeiro, a libertação e as origens da história de Israel em sua jornada a
Canaã, sob a liderança de Moisés. V. 4228.
3. Levítico. Livro de leis acerca da moralidade, limpeza, alimento etc. Ensina o acesso a
Deus por meio dos sacrifícios. V. 4229.
4. Números. Livro das peregrinações de Israel, a jornada de quarenta anos no deserto.
V. 4230.
5. Deuteronômio. Repetição das leis outorgadas pouco antes da entrada de Israel em
Canaã. V. 4231.
II. LIVROS HISTÓRICOS (12)
1. Josué. Registro da conquista de Canaã sob a liderança de Josué e da divisão da terra
entre as doze tribos. V. 4232.
2. Juízes. História das seis servidões de Israel e das várias libertações da terra por meio
dos quinze juízes. V. 4233.
3. Rute. A bela história de Rute, ascendente de Davi e de Jesus Cristo. V. 4234.
4,5. 1 e 2Samuel. História de Samuel, com as origens e os primeiros anos da monarquia
em Israel sob os reinados de Saul e Davi. V. 4235 e 4236.
6,7. 1 e 2Reis. História das origens do reino de Israel e mais tarde do reino dividido.
Aparecem as personalidades heróicas de Eliseu e Elias. V. 4237 e 4238.
8,9. 1 e 2Crônicas. Em grande parte, é o registro dos reinados de Davi, de Salomão e
dos reis de Judá até a época do cativeiro. V. 4239 e 4241.
10. Esdras. Registro do regresso dos judeus do cativeiro e da reconstrução do Templo.
V. 4242.
11. Neemias. Relato da reconstrução dos muros de Jerusalém e do restabelecimento das
ordenanças sagradas. V. 4243.
12. Ester. Relato de como os judeus foram salvos pela rainha Ester do complô
idealizado por Hamã. Estabelecimento da Festa de Purim. V. 4244.
III. LIVROS POÉTICOS (5)
1. Jó. O problema do sofrimento, mostrando a maldade de Satanás, a paciência de Jó, a
vaidade da filosofia humana, a necessidade da sabedoria divina e a libertação final do
sofrimento. V. 4245.
2. Salmos. Coleção de 150 cânticos espirituais, poemas e orações utilizadas através dos
séculos pelos judeus e pela igreja para adoração e devoção. V. 4246.
3. Provérbios. Coleção de máximas e dissertações sobre sabedoria, temperança, justiça
etc. V. 4247.
4. Eclesiastes. Reflexões sobre a frivolidade da vida, nossos deveres e obrigações
perante Deus. V. 4248.
5. Cântico dos Cânticos. Poema religioso que simboliza o amor mútuo entre Cristo e a
igreja. V. 4249.
IV. LIVROS PROFÉTICOS (17)
Profetas maiores (5)
1. Isaías. O grande profeta da redenção. Livro rico em profecias messiânicas, mesclado
com maldições pronunciadas sobre as nações pecadoras. V. 4250.
2. Jeremias. O profeta chorão. Viveu desde os tempos de Josias até o cativeiro. Tema
principal: a reincidência, o cativeiro e a restauração dos judeus. V. 4251.
3. Lamentações. Série de clamores de Jeremias, lamentando as aflições de Israel. V.
4252.
4. Ezequiel. Livro de impressionantes metáforas que descrevem claramente a triste
condição do povo de Deus e o caminho, a exaltação e a glória futura. V. 4253.
5. Daniel. Livro autobiográfico, contém visões apocalípticas acerca dos acontecimentos
da história secular e sagrada. V. 4254.
Profetas menores (12)
1. Oséias. Contemporâneo de Isaías e Miquéias. Pensamento central: a apostasia de
Israel caracterizada como adultério espiritual. O livro está cheio de impressionantes
metáforas que descrevem os pecados do povo. V. 4255.
2. Joel. Profeta de Judá. Tema principal: o arrependimento da nação e suas bênçãos. “O
dia do Senhor”: o tempo dos juízos divinos pode ser transformado em período de
bênçãos. V. 4256.
3. Amós. Profeta e pastor. Valente reformador que denunciava o egoísmo e o pecado. O
livro contém uma série de cinco visões. V. 4257.
4. Obadias. Tema principal: a condenação de Edom e a libertação formal de Israel. V.
4258.
5. Jonas. História do “missionário relutante”, a quem Deus ensinou, por meio de uma
experiência amarga, a lição da obediência e a profundidade da misericórdia divina. V.
4259.
6. Miquéias. Relato sombrio da condição moral de Israel e de Judá, mas é também a
predição do estabelecimento do reino messiânico, no qual prevalecerá a justiça. V.
4260.
7. Naum. Tema principal: a destruição de Nínive. Deus promete libertar Judá da
opressão assíria. V. 4261.
8. Habacuque. Escrito no período babilônico (caldeu). Os mistérios da providência.
Como pode o Deus justo permitir que uma nação pecadora oprima a Israel? V. 4262.
9. Sofonias. Embora de tom sombrio e cheio de ameaças, termina com a visão da glória
futura de Israel. V. 4263.
10. Ageu. Colega de Zacarias. Repreendeu ao povo por negligenciar a construção do
Segundo Templo, mas prometeu o retorno da glória de Deus depois que o edifício
estivesse concluído. V. 4264.
11. Zacarias. Contemporâneo de Ageu. Ajudou a animar os judeus a reconstruir o
Templo. Teve uma série de oito visões e viu o triunfo final do Reino de Deus. V. 4265.
12. Malaquias. Descrição dos últimos períodos da história do AT, que mostra a
necessidade de reformas antes da vinda do Messias. V. 4266.
ESBOÇO CONDENSADO da Bíblia — NT
I. LIVROS BIOGRÁFICOS (4)
1. Mateus. Autor: um dos doze apóstolos. Narrativa adaptada especialmente para os
judeus, mostra que Jesus era o Rei e Messias das profecias hebraicas. V. 4267.
2. Marcos. Autor: João Marcos. Registro pitoresco e breve que ressalta o poder
sobrenatural de Cristo sobre a natureza, as enfermidades e os demônios. Todo esse
poder divino foi exercitado em benefício do homem. V. 4268.
3. Lucas. Autor: o “médico amado”. Biografia mais completa de Jesus, o Filho do
Homem, cheio de compaixão pelos pecadores e pelos pobres. V. 4269.
4. João. Autor: o “discípulo amado”. Narração que revela a Jesus como o Filho de Deus
e registra seus ensinos mais profundos. Dois termos, “fé” e “vida eterna”, são
ressaltados no livro. V. 4270.
II. LIVRO HISTÓRICO (1)
Atos dos Apóstolos. Autor: Lucas. Continuação do evangelho de Lucas. Tema
principal: a origem e o crescimento da igreja primitiva, desde a ascensão de Cristo até o
encarceramento de Paulo em Roma. Veja 4271.
III. EPÍSTOLAS PAULINAS (13)
1. Romanos. Dirigida aos cristãos de Roma. Parte 1: caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11.
Magistral exposição da necessidade e da natureza do plano de salvação. Parte 2: caps.
12, 13, 14, 15, 16. Na maior parte, exortações acerca dos deveres espirituais, sociais e
cívicos. V. 4272.
2. 1Coríntios. Dirigida à igreja de Corinto. Temas principais: a purificação da igreja de
diversos males e instruções doutrinárias. V. 4273.
3. 2Coríntios. Temas principais: as características do ministério apostólico e o
reconhecimento do apostolado de Paulo. V. 4274.
4. Gálatas. Dirigida à igreja da Galácia. Temas principais: defesa da autoridade
apostólica de Paulo e da doutrina da justificação pela fé, com advertências contra falsos
mestres e contra a volta ao judaísmo. V. 4275.
5. Efésios. Escrita à igreja de Éfeso. Exposição do glorioso plano da salvação. Ressalta
o fato de que foram derrubadas todas as barreiras entre judeus e gentios. V. 4276.
6. Filipenses. Carta de amor à igreja de Filipos. Revela a intensa devoção do apóstolo a
Cristo, sua feliz experiência na prisão e seu profundo interesse em que a igreja esteja
firmada na sã doutrina. V. 4277.
7. Colossenses. Escrita à igreja de Colossos. Tema principal: a glória transcendente de
Cristo como cabeça da Igreja, incentivando o abandono de todas as filosofias mundanas
e do pecado. V. 4278.
8. 1Tessalonicenses. Escrita à igreja de Tessalônica. Contém recomendações
apostólicas, reminiscências, conselhos e exortações. Dá ênfase à esperança consoladora
da futura vinda de Cristo. V. 4279.
9. 2Tessalonicenses. Continuação da primeira carta. Escrita a fim de esclarecer à igreja
a doutrina da segunda vinda de Cristo e alertar os crentes acerca de distúrbios e
desordens sociais. V. 4280.
10. 1Timóteo. Conselhos a um jovem pastor concernentes à sua conduta e suas
atividades ministeriais. V. 4281.
11. 2Timóteo. Última carta de Paulo, escrita pouco antes de sua morte para instruir e
aconselhar seu “verdadeiro filho na fé”. V. 4282.
12. Tito. Carta apostólica de aconselhamento e exortações a um amigo de confiança,
evangelista em um campo difícil. Enfatiza a doutrina das boas obras. V. 4283.
13. Filemom. Carta particular a Filemom, pedindo-lhe que receba e perdoe Onésimo,
escravo fugitivo. V. 4284.
IV. EPÍSTOLAS GERAIS (8)
1. Hebreus. Autor: desconhecido. Tema principal: a glória transcendente de Cristo e as
bênçãos da nova dispensação, comparadas às do AT. V. 4285.
2. Tiago. Autor: possivelmente Tiago, irmão do Senhor. Dirigida aos judeus
convertidos dispersos. Tema principal: a fé prática, manifestada em boas obras, em
contraste com a simples profissão de fé. V. 4286.
3. 1Pedro. Carta de ânimo escrita pelo apóstolo Pedro aos santos dispersos por toda a
Ásia Menor. Tema principal: o privilégio do crente em obter vitória nas provas,
seguindo o exemplo de Cristo, e de viver uma vida santa neste mundo ímpio. V. 4287.
4. 2Pedro. Em grande parte, é uma advertência contra falsos mestres e zombadores. V.
4288.
5. 1João. Profunda mensagem espiritual dirigida pelo apóstolo João às diversas classes
de crentes na igreja. Ressalta o privilégio do conhecimento espiritual do crente, o dever
do companheirismo e o amor fraternal. V. 4289.
6. 2João. Breve mensagem de João acerca da verdade divina e do erro mundano.
Dirigido “à senhora eleita e aos seus filhos”. Adverte contra a heresia e os falsos
mestres. V. 4290.
7. 3João. Carta apostólica de recomendação endereçada a Gaio, a qual contém traços da
personalidade de certos membros da igreja. V. 4291.
8. Judas. Autor: possivelmente o irmão de Tiago. Temas principais: exemplos
históricos da apostasia e o juízo divino sobre os pecadores. Contém advertências contra
os mestres imorais. V. 4292.
V. LIVRO PROFÉTICO (1)
Apocalipse. Autor: o apóstolo João. Constitui-se principalmente de uma série de visões
apocalípticas acerca dos acontecimentos na história religiosa. Descreve o grande
conflito moral entre os poderes divino e satânico, terminando com a vitória do Cordeiro.
V. 4293.
4219 - PERÍODOS DA HISTÓRIA BÍBLICA


4220 - TABELAS DE PESOS E MEDIDAS
A tabela seguinte inclui somente os termos mais comuns mencionados na Bíblia. Os
equivalentes são aproximações gerais, já que os padrões diferiam conforme o lugar e a
época.
ANTIGO TESTAMENTO
Pesos e moedas
Gera 1/20 do siclo 0,57 g prata
Siclo Unidade básica 11,4 g de prata
Libra de prata 50 siclos 570 g de prata
Talento Cerca de 34 kg
4221 – ANTIGO TESTAMENTO
Medidas de comprimento
Palmo menor Largura da mão 7,5
cm
Palmo* Do polegar ao mínimo 22,5
cm
Côvado* Do cotovelo à ponta dos dedos 45 cm
Cana Cerca de 3 m
*No livro de Ezequiel, o palmo é de 26 cm, e o côvado, de 52 cm.
4222- ANTIGO TESTAMENTO
Medidas de capacidade
a) para secos
efa unidade básica 37 l
gômer 1/10 de um efa 3,7 l
seá 1/3 de um efa 12,3 l
Ômer 10 efas 370 l
b) para líquidos
logue 1/12 do him 0,5 l
him 1/6 do bato 6,2 l
bato igual ao efa 37 l
coro 10 batos 370 l
4223 - Tempo
Vigília: Os hebreus tinham três vigílias noturnas, de duração aproximadamente igual.
Hora: Contava-se o dia desde o raiar até o pôr-do-sol. O dia era dividido em doze horas
(Jo 11:9). De igual modo, dividia-se a noite em doze horas, quese contavam desde o
pôr-do-sol até seu nascimento na manhã seguinte (At 23:23). A duração das horas
variava de acordo com as estações do ano.
Vigília: Cada uma das quatro partes em que se dividia a noite. Sua duração variava
com as estações do ano.
4224 - NOVO TESTAMENTO
Pesos e moedas
Moeda (gr. lepton) 1/8 asarion
Centavo, quadrante (gr. kodrantes) 1/4 asarion
Ceitil, asse (gr. asarion) 1/16 dinheiro
Dinheiro (ou denário), representava, em geral, o
salário do trabalhador por um dia de
trabalho
Quase 4 g de prata
Dracma Aproximadamente igual ao dinheiro 3,6 g de prata
Siclo 4 dracmas 14,4 g de prata
Libra de
prata
100 dracmas 360 g de prata
Talento 6000 dracmas 12,6 kg de prata
Arrátel, libra (Jo 12:3) 327,5 g
4225 - NOVO TESTAMENTO
Medidas de comprimento
Côvado 45 cm
Braça 4 côvados 1,80 m
Estádio 400 côvados 180 m
Milha 1480 m
aminho de um sábado Cerca de 1080 m
4226 - NOVO TESTAMENTO
Medidas de capacidade
Alqueire (gr. modio)
(Mt 5:15; Mc 4:21; Lc 11:33)
8,75 l
Medida (gr. sato)
(Mt 13:33; Lc 13:21)
13 l
Medida , barril (gr. bato)
(Lc 16:6)
37 l
Alqueire (gr. koro)
(Lc 16:7)
370 l
Almude (gr. metretes)
(Jo 2:6)
40 l
ANÁLISE DOS LIVROS DA BÍBLIA
4227 - GÊNESIS
O livro das origens
É o registro da origem do universo, do gênero humano, do pecado, da redenção, da vida
em família, da corrupção da sociedade, das nações, dos diferentes idiomas, da raça
hebréia etc.
Os primeiros capítulos têm estado continuamente sob o fogo da crítica moderna, mas os
fatos que apresentam, quando corretamente interpretados e entendidos, jamais puderam
ser negados.
Não é propósito do autor dar o relato detalhado da criação. Ele dedica somente um
capítulo a esse tema (apenas um esboço contendo alguns fatos fundamentais), enquanto
dedica 38 à história do povo escolhido.
Autor: Moisés (comumente aceito).
Tema principal: O pecado do homem e os passos iniciais para sua redenção, mediante
a aliança divina feita com a raça escolhida, cuja história primitiva é descrita no livro.
Palavra-chave: “Começo”.
Primeira promessa messiânica, 3:15.
SINOPSE
I. A história da criação
1. Do universo, 1:1-25
2. Do homem, 1:26-31; 2:18-24
II. A história do homem primitivo
1. A tentação e a Queda, a personalidade e o caráter do tentador, o castigo do pecado
e a promessa do Redentor vindouro, cap. 3
2. A história de Caim e Abel, cap. 4
3. A genealogia e morte dos patriarcas, cap. 5
4. Os fatos relacionados com o Dilúvio, caps. 6, 7, 8
5. A aliança do arco-íris e o pecado de Noé, cap. 9
6. Os descendentes de Noé, cap. 10
7. A confusão das línguas em Babel, cap. 11
III. A história do povo escolhido
1. A vida de Abraão (v. 14 e 4295)
a) O chamado divino, cap. 12
b) A história de Abraão e Ló, caps. 13 e 14
c) As revelações divinas e as promessas a Abraão, particularmente. um filho, a posse
da Terra Santa e grande posteridade, caps. 15, 16, 17
d) Sua intercessão a favor das cidades da planície e a destruição delas, caps. 18 e 19
e) Sua vida em Gerar e o cumprimento da promessa de um filho no nascimento de
Isaque, caps. 20 e 21
f) A prova de sua obediência com a ordem para sacrificar Isaque, cap. 22
g) Sua morte, 25:8
2. A vida de Isaque
a) Seu nascimento, 21:3
b) Seu casamento, cap. 24
c) Nascimento de seus filhos Jacó e Esaú, 25:20-26
d) Seus últimos anos, caps. 26 e 27 (v. outros fatos relacionados com sua vida em 1879)
3. A vida de Jacó
a) Seu ardil para adquirir o direito de primogenitura, 27:1-29
b) A visão da escada celestial, 28:10-22
c) Incidentes relacionados com seu matrimônio e sua vida em Padã-Arã, caps. 29, 30,
31 (v. a história adicional de sua vida em 1910 e 4298)
4. A vida de Esaú como descrita em Gênesis (v. 1270)
5. A vida de José. Os últimos dias de Jacó e a descida da família escolhida ao Egito,
caps. 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50 (v. 2007 e 4299)
Nomes preeminentes correlacionados
Adão e Eva; Caim e Abel; Abraão e Ló; Isaque e Ismael; Esaú e Jacó; José e seus
irmãos.
Cinco grandes personagens
1. Enoque, o homem que “andou com Deus” (v. 1264).
2. Noé, o construtor da arca (v. 4294 e 2826).
3. Abraão, o pai dos fiéis (v. 4295 e 14).
4. Jacó, o homem cuja vida foi transformada pela oração (v. 4298 e 1910).
5. José, o filho de Jacó que de escravo se tornou governador do Egito (v. 4299 e 2007).
A lição das idades
A Bíblia começa com a humanidade arruinada. o paraíso perdido, cap. 3.
A instituição do plano da salvação, 3:15.
A Bíblia termina com a promessa cumprida. o paraíso recuperado (v. Ap 21 e 22).
Ver tb: Mt 11:13, Mt 14:24
4228 - ÊXODO
Nota: Este livro deve ser estudado juntamente com 4319.
Autor e personagem central: Moisés (comumente aceito).
Tema principal: A história de Israel desde a morte de José até a construção do
Tabernáculo.
Palavra-chave: “Libertação”.
SINOPSE
Quatro períodos da história de Israel
I. Período do cativeiro
1. A opressão no Egito, 1:7-22
2. Eventos dos primeiros anos da vida de Moisés
a) Seu nascimento e adoção, 2:1-10
b) Sua intenção de ajudar os irmãos, 2:11-14
c) Sua fuga para Midiã, 2:15
d) Seu casamento, 2:21 (passam-se quarenta anos; v. At 7:30)
II. Período da libertação
1. A chamada de Moisés na sarça em chamas, 3:1-10
2. Sua comissão e capacitação por Deus, 3:12-22; 4:1-9
3. Suas desculpas, 3:11; 4:10-13
4. Arão associa-se com Moisés, e ambos pedem ao faraó que liberte Israel, 4:27-31;
5:1-3
5. A escravidão fica mais severa, 5:5-23
6. Instruções divinas a Moisés e Arão, caps. 6 e 7.
7. Contenda com o faraó e a aplicação das dez pragas, caps. 7, 8, 9, 10, 11
8. A Páscoa, cap. 12
III. Período de disciplina
1. O Êxodo, 12:31-51
2. As experiências no caminho até o monte Sinai, caps. 13, 14, 15, 16, 17, 18 (v. tipos
abaixo)
IV. Período da legislação e da organização
1. A chegada ao Sinai, 19:1-2
2. A aparição do Senhor no monte, cap. 19
3. A promulgação dos Dez Mandamentos, cap. 20
4. Outras leis, caps. 21, 22, 23, 24
5. Orientação acerca da edificação do Tabernáculo, caps. 25, 26, 27
6. Designação do sumo sacerdote, cap. 28
7. A adoração ao bezerro de ouro, cap. 32
8. A preparação e a construção do Tabernáculo, caps. 35, 36, 37, 38, 39, 40
Peregrinação de Israel como tipo da vida cristã (v. 1Co 10:1-11)
A escravidão no Egito — tipo da escravidão do pecado.
Moisés como libertador — tipo de Cristo (v. o paralelo entre Cristo e Moisés, 2558).
O Êxodo — tipo do abandono da vida de pecado.
O cordeiro da Páscoa — tipo de Cristo, o Cordeiro de Deus.
A perseguição de Israel por parte do faraó, 14:8,9 — tipo das forças do mal que
perseguem os crentes.
A divisão do mar Vermelho, 14:21 — parte dos impedimentos é removida.
A coluna de nuvem e fogo, 14:19,20 — tipo da presença divina com os crentes.
O cântico de Moisés, 15:1-19 — tipo dos cânticos de vitória espiritual.
A multidão mista, 12:38 — tipo da gente mundana na igreja.
Mara e Elim, 15:23-27 — tipo das experiências amargas e doces da vida espiritual.
As panelas de carne, 16:3 — tipo dos prazeres sensuais da vida passada.
O maná, 16:4 — tipo de Cristo, o Pão da vida.
A água da rocha, 17:6 — tipo de Cristo, a Água da vida (1Co 10:4).
Sustentar erguidas as mãos de Moisés, 17:12 — tipo da necessidade de cooperação
entre os líderes.
Na estrutura do tabernáculo (utensílios, ordenanças, vestes sacerdotais, arca da aliança
etc.) estão muitos tipos de Cristo e da igreja.
4229 - LEVÍTICO
Título: Derivado do nome da tribo de Levi.
Autor: Moisés (comumente aceito).
Palavras-chave: “Acesso” e “santidade”.
Conteúdo: Um compêndio das leis divinas.
Personagem central: O sumo sacerdote.
Tema principal: Como pode o pecador aproximar-se do Deus santo? A palavra “santo”
ocorre mais de oitenta vezes no livro.
Livro afim: Hebreus.
SINOPSE
I. O acesso a Deus
1. Por meio de sacrifícios e ofertas
a) Holocausto, que significava expiação e consagração, 1:2-9
b) Oblação, que significava ação de graças, 2:1,2
c) Oferta pelo pecado, que significava reconciliação, cap. 4
d) Oferta pela culpa, que significava limpeza de transgressão, 6:2-7
e) Oferta de comunhão (ou de paz), 7:11-15
2. Pela mediação sacerdotal
O sacerdócio humano. seu chamado, 8:1-5; sua limpeza, 8:6; seus ornamentos,
8:7-13; sua expiação, 8:14-34; exemplos de sua vida pecaminosa, cap. 10
II. Leis especiais que governam Israel
1. Quanto ao alimento, cap. 2
2. Quanto à limpeza, higiene, costumes, moral etc., todas enfatizavam a pureza de vida
como condição para obter o favor divino, caps. 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20
3. Pureza dos sacerdotes e das ofertas, caps. 21 e 22
III. As cinco festas anuais
1. Páscoa
Em comemoração ao Êxodo, começava no dia 14 de abril, 23:5.
2. Pentecoste (Semanas)
Seis de junho, em comemoração à promulgação da Lei, 23:15.
3. Trombetas
Primeiro de outubro, 23:23-25.
4. Dia da Expiação
Dez de outubro. o sacerdote entrava no Lugar Santíssimo e fazia expiação pelos
pecados do povo, cap. 16; 23:26-32.
5. Tabernáculos
Começava no dia 15 de outubro, comemorava a vida no deserto e agradecia a Deus
pela colheita, 23:39-43.
IV. Leis e instruções gerais
1. O ano sabático
Um ano em cada sete a terra era deixada sem cultivo, 25:2-7 (v. 318).
2. O ano do Jubileu
Um ano em cada cinqüenta era designado para que os escravos fossem libertados, as
dívidas perdoadas e uma restituição geral tivesse lugar, 25:8-16 (v. 317).
3. Condições para as bênçãos e advertências acerca do castigo, cap. 26
4. A lei dos votos, cap. 27
4230 - NÚMEROS
O livro das peregrinações de Israel (v. 4319).
Título: Derivado dos censos de Israel.
Autor: Moisés (comumente aceito).
Lição principal: A incredulidade impede a entrada à vida abundante, Hb 3:7-19.
Temas e eventos principais
1. Organização e legislação, caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
2. A partida do monte Sinai, 10:11-12.
3. O povo despreza o maná, 11:4-6.
4. O desânimo de Moisés, 11:10-15.
5. A designação dos setenta anciãos, 11:16-25.
6. O envio das codornizes, 11:31-34.
7. O zelo de Miriã e de Arão, cap. 12 (v. 1 e 2513).
O fracasso em Cades: quase entram na Terra Prometida
8. O envio dos espias e seu relatório, cap. 13.
9. A rebelião do povo e a maldição pronunciada contra eles, cap. 14. Toda a geração é
sentenciada, v. 29.
10. Os eventos relacionados com os quarenta anos de peregrinação no deserto, caps.
15, 16, 17, 18, 19.
11. O regresso a Cades, o pecado de Moisés e a morte de Arão, cap. 20.
12. A serpente de bronze, cap. 21.
13. Balaão, o profeta mercenário (v. 558), e a corrupção de Israel, caps. 22, 23, 24, 25.
14. O censo da nova geração, cap. 26.
15. Leis acerca de herança, ofertas, festas, votos etc., caps. 27, 28, 29, 30.
16. Juízo contra os midianitas, cap. 31; a distribuição da terra a leste do Jordão, cap. 32.
17. As cidades de refúgio, cap. 35.
Tipos messiânicos
Moisés fere a rocha, 20:7-11 (v. 1Co 10:4).
A serpente de bronze, 21:6-9 (v. Jo 3:14).
As cidades de refúgio, cap. 35 (v. Hb 6:18).
As sete queixas
1. Acerca do caminho, 11:1-3.
2. Acerca dos alimentos, 11:4-6.
3. Acerca dos gigantes, 13:33—14:2.
4. Acerca de seus líderes, 16:3.
5. Acerca dos juízos divinos, 16:41.
6. Acerca do deserto, 20:2-5.
7. Acerca do maná (segunda vez), 21:5.
4231 - DEUTERONÔMIO
Título: Derivado das palavras gregas, deuteros, “segunda”, e nomos, “lei”.
Autor: Moisés (comumente aceito).
Contexto histórico: A geração anterior de Israel havia perecido no deserto. Era
fundamental, então, que a Lei fosse repetida e exposta à nova geração antes que
entrassem na Terra Prometida.
Conteúdo: Série de discursos e exortações de Moisés nas planícies de Moabe, antes da
travessia do Jordão, 1:1.
Tema principal: Repetição das leis proclamadas no Sinai, com um chamado à
obediência mesclado com a lembrança das experiências da geração passada.
Pensamento-chave: O requisito divino da obediência, 10:12,13.
SINOPSE
I. Lembrança do relacionamento de Deus com Israel no passado, caps. 1, 2, 3, 4
II. Repetição do Decálogo e referências à eleição de Israel como povo separado,
obediente aos mandamentos divinos, caps. 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
III. Código de leis para a vida em Canaã, caps. 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21,
22, 23, 24, 25, 26
IV. Bênçãos pronunciadas sobre a obediência e maldições sobre a desobediência; a
morte e a vida expostas perante o povo, caps. 27, 28, 29, 30
V. Palavras finais de Moisés, seu cântico, bênção etc., caps. 31, 32, 33
VI. Lembrança adicional da última visão e da morte de Moisés, cap. 34
Palavra-chave: “Lembra-te”, repetida ao longo de todo o livro.
Lembra-te...
Da promulgação da lei, 4:9,10.
Da aliança, 4:23.
Do cativeiro passado, 5:15.
Da grande libertação, 7:18.
Da liderança e da provisão divina, 8:2-6.
Dos pecados do passado, 9:7.
Dos juízos divinos, 24:9.
Dos dias passados, 32:7.
Passagens notáveis
O grande mandamento e a importância de não esquecer a Palavra de Deus, 6:4-12.
As riquezas da provisão divina e os perigos de esquecê-la; a idolatria, cap. 8.
As bênçãos da obediência e a maldição do pecado, cap. 28.
4232 - JOSUÉ
Autor: Indeterminado, provavelmente Josué.
Tema principal: A conquista e a divisão da terra de Canaã.
Pensamento-chave: Como obter êxito nas lutas da vida, 1:8,9.
SINOPSE (análise histórica)
I. A invasão da terra, caps. 1, 2, 3, 4, 5
II. A queda de Jericó, cap. 6
III. A batalha em Ai; Israel em Ebal e Gerizim, caps. 7 e 8
IV. A conquista do sul, cap. 10
V. A conquista do norte e a lista dos reis mortos, caps. 11 e 12
VI. A divisão da terra; a designação das cidades de refúgio etc., caps. 13, 14, 15, 16,
17, 18, 19, 20, 21, 22
VII. Palavras de despedida e morte de Josué, caps. 23 e 24
Lição principal: A certeza do cumprimento dos propósitos divinos. Vê-se isto...
Nos juízos sobre os cananeus devido aos seus grandes pecados.
Nos descendentes de Abraão, pelo fato de possuírem a terra de acordo com a
promessa de Deus, Gn 12:7.
Tipos
De acordo com uma concepção comum, a travessia do Jordão representa a morte, e
Canaã, o céu. Damos, a seguir, melhor analogia.
Canaã — tipo da vida cristã mais elevada, que deve ser ganha por meio de luta
espiritual, Rm 7:23.
Os cananeus — tipo de nossos inimigos espirituais, Ef 6:12.
A luta de Israel — tipo da luta da fé, 1Tm 6:12.
O descanso de Israel após a conquista (Js 11:23) — tipo do descanso da alma,
Hb 4:9.
Os cananeus parcialmente subjugados — tipo dos pecados persistentes ainda não
vencidos, Hb 12:1.
Passagens notáveis
Deus anima Josué, 1:1-9.
Palavras de despedida de Josué, 23:1-16; 24:1-27.
Ver tb: Êx 17:9, Êx 24:13
4233 - JUÍZES
O livro descreve uma série de quedas do povo de Deus na idolatria, seguidas por
invasões da Terra Prometida e servidão aos inimigos.
Tendo como centro a personalidade dos juízes levantados como libertadores de Israel, a
narrativa ressalta especialmente o lado obscuro do panorama.
O estudo das datas parece mostrar que o povo manteve lealdade exterior ao Senhor
durante um período de tempo maior do que poderia indicar a leitura casual do livro.
Autor: Desconhecido. A tradição atribui o livro a Samuel.
Tema principal: A história de Israel durante o tempo dos catorze juízes.
SINOPSE
Três períodos em que se pode dividir o livro:
I. Período imediatamente após a morte de Josué, 1:1—2:10
II. Período das sete apostasias, dos seis períodos de servidão e da guerra civil, caps.
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16
1. Primeira servidão, à Mesopotâmia (juiz: Otoniel), 3:5-9
2. Segunda servidão, a Moabe (juízes: Eúde e Sangar), 3:12-31
3. Terceira servidão, a Jabim e Sísera (juízes: Débora e Baraque), 4:1-23
4. Quarta servidão, aos midianitas (juiz: Gideão), caps. 6 e 7
5. A guerra civil (juízes: Abimeleque, Tolá e Jair), 8:33, 9, 10:1-5
6. Quinta servidão, aos filisteus e aos amonitas (juízes: Jefté, Ibsã, Elom e Abdom),
caps. 10, 11, 12
7. Sexta servidão, aos filisteus (juiz: Sansão), caps. 13, 14, 15, 16
III. Período de confusão e anarquia, caps. 17, 18, 19, 20, 21
Mensagens espirituais
O fracasso humano e a misericórdia e libertação divinas.
O poder da oração que, nas emergências, se converte em verdadeiro clamor a Deus.
Observe a repetida declaração de que os israelitas “clamaram” ao Senhor (v. 4089).
Livro afim: Gálatas. Compare a nova queda de Israel na idolatria com a reincidência da
igreja da Galácia no cerimonialismo.
Estudo de personagens
Débora, a patriota (v. 1059).
Gideão, o valente poderoso (v. 1592 e 4301).
Jefté, o homem do voto precipitado (v. 1922).
Sansão, o forte fraco (v. 3497).
4234 - RUTE
A bela história de Rute é considerada uma gema literária. É um dos dois livros da Bíblia
em que uma mulher é a personagem principal — Rute, moabita que se casou com um
hebreu, e Ester, judia que se casou com um rei não-judeu.
Autor: Desconhecido, possivelmente Samuel.
Período: A época dos juízes.
Tema principal: Como a vida de uma jovem moabita foi enriquecida...
Por meio da constância e de uma sábia eleição, 1:16.
Por meio de um trabalho humilde, 2:2-3.
Ao aceitar o conselho de uma amiga mais idosa, 3:1-5.
Por meio de uma aliança providencial, 4:10,11.
Por sua exaltação à linhagem real, 4:13-17.
Propósito: Como uma mulher gentia se converteu em ascendente de Cristo.
SINOPSE (análise histórica)
I. Sua permanência em Moabe, 1:1-5
II. Seu triste regresso a casa, 1:6-22
II. Rute respiga nos campos de Boaz, cap. 2
IV. Seu casamento com Boaz, 4:13
V. Nascimento de seu filho, avô de Davi, 4:13-16
VI. Genealogia de Davi, 4:18-22
4235 - 1SAMUEL
Autor: Desconhecido.
A história: Gira ao redor de três pessoas.
1. Samuel, o último dos juízes (v. 3488 e 4302).
2. Saul, o primeiro rei de Israel (v. 3563).
3. Davi, o rei modelo de Israel (v. 1058 e 4303).
Período: De transição — final do tempo dos juízes e estabelecimento da monarquia.
SINOPSE (temas e eventos principais)
I. Nascimento e dedicação de Samuel, cap. 1
II. Fracasso de Eli como juiz e pai, 2:12-36
III. Chamado de Samuel e sua infância maravilhosa, cap. 3
IV. Captura e retorno da arca da aliança, caps. 4, 5, 6
V. Derrota dos filisteus por meio da oração de Samuel, cap. 7
VI. Clamor de Israel por um rei, cap. 8
VII. Saul é escolhido e ungido rei, caps. 9 e 10
VIII. Primeira batalha de Saul, cap. 11
IX. Samuel proclama a monarquia e adverte o povo acerca da presunção de pedir
um rei, cap. 12
X. Obstinação de Saul e a profecia de Samuel, cap. 13
XI. Libertação de Israel por Jônatas, 14:1-16
XII. A obediência é melhor que o sacrifício, 15:1-23
XIII. Davi é ungido rei, cap. 16
XIV. Davi mata o gigante Golias, cap. 17
XV. A amizade de Davi e Jônatas, cap. 18
XVI. Saul persegue Davi, 18:9, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27:4
XVII. Últimos anos do reinado de Saul e seu suicídio, caps. 26, 27, 28, 29, 30, 31
Mensagem espiritual: A oração, elemento dominante na vida de Samuel.
Nascido em resposta à oração, 1:10-28.
Seu nome significa “pedido a Deus”, 1:20.
Sua oração trouxe libertação em Mispá, 7:2-13.
Sua oração quando Israel insistiu em ter um rei, 8:21.
Sua oração incessante pelo povo, 12:23.
Cinco desvios da lei divina que resultaram em sofrimento
1. Poligamia, 1:6.
2. Indulgência paterna, 2:22-25; 8:1-5.
3. Confiança em objetos sagrados, 4:3.
4. Impaciência, 13:8,9.
5. Obediência parcial, cap. 15.
4236 - 2SAMUEL
Autor: Desconhecido.
Tema principal: O reinado de Davi (v. 1058 e 4303).
SINOPSE
I. Primeiro período
Os primeiros anos do reinado. Nesse período, o rei, embora tomasse parte em
campanhas militares, comuns na época, manifestou disposição espiritual.
1. Eventos preliminares
a) Execução do amalequita que matou o rei Saul, 1:2-16
b) O lamento de Davi por Saul e Jônatas, 1:17-27
2. Davi é ungido rei de Judá, 2:4
3. A batalha entre os seguidores de Davi e os servos de Is-Bosete, 2:8-32
4. Fatos que indicam a devoção do rei
a) Sua busca por direção divina, 2:1
b) Castigo aos que buscaram ganhar seu favor assassinando seu rival, 4:5-12
c) Seu discernimento, depois de exaltado à posição de rei de Israel, ao reconhecer que
sua elevação viera de Deus, 5:1-12
d) Sua humildade ao atribuir seu êxito militar ao poder divino, 5:20
e) Seu entusiasmo pela volta da arca da aliança a Jerusalém, 6:1-5
f) Seu desejo de erigir um templo ao Senhor e a dedicação de grande riqueza para sua
construção, caps. 7 e 8
g) Sua amabilidade para com o filho de Jônatas, cap. 9
II. Período médio
1. O grande êxito militar do rei, cap. 10
2. Sua queda e castigo
a) Sua tentação, 11:1,2
b) Destrói um lar e assassina Urias, cap. 11
c) O juízo divino o alcança: a denúncia do profeta Natã, 12:1-14; a morte da criança,
12:15-19; o crime de seu filho Amnom, 13:1-20; a rebelião de seu filho Absalão,
caps. 15, 16, 17, 18
III. Período final
Os últimos anos de Davi, caps. 20, 21, 22, 23, 24 (v. outras referências à carreira de
Davi em 1058 e 4303).
Passagens notáveis
Generosidade de Davi para com Mefibosete, cap. 9.
A parábola de Natã, 12:1-6.
O salmo de ação de graças de Davi, cap. 22.
4237 - 1REIS
Título: No texto hebraico, 1 e 2Reis aparecem como um só livro. A divisão pode ter
sido feita para conveniência dos leitores gregos.
Autor: Desconhecido.
SINOPSE
I. A história do reinado de Salomão
1. Eventos iniciais
A morte de Davi e a ascensão de Salomão, seu filho, caps. 1 e 2.
2. Primeiros anos do reinado de Salomão, a idade de ouro de Israel, famosa...
a) Pela sábia escolha do rei, 3:5-14
b) Por seu sábio juízo, 3:16-28
c) Por sua sobressalente sabedoria, 4:29-34
d) Pelo crescimento de seus domínios, 4:21
e) Pelo esplendor de sua corte e de seus palácios, 4:22-28; 7:1-12
f) Pela edificação do Templo, caps. 5 e 6
g) Pelos outros edifícios e por sua grande riqueza, 9:17-23; 10:14-29
h) Pela visita da rainha de Sabá, 10:1-13
3. Os últimos anos de seu reinado. Decadência provocada...
a) Por seu luxo extravagante, 10:14-29
b) Por sua notória sensualidade, 11:1-3
c) Por sua apostasia, 11:4-8
d) Pelos inimigos que o Senhor levantou contra ele, 11:14-40
II. A história dos reinos de Judá e Israel
Da morte de Salomão à elevação de Jorão, em Judá, e da elevação de Jeroboão ao
reinado de Acazias, em Israel.
1. Divisão do reino devido à insensatez de Roboão, filho de Salomão, 11:43—12:19
2. Rebelião das dez tribos e elevação de Jeroboão a rei de Israel, 12:20
3. História comparativa dos dois reinos
a) Os reinados em Judá de Roboão, Abias, Asa e Josafá, 12:1, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22:50
b) Os reinados perversos em Israel de Jeroboão, Nadabe, Baasa, Elá, Zinri, Onri,
Acabe e Acazias, 12:20, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20,21, 22:53
Personagem heróico: O profeta Elias.
1. Resumo de sua vida (v. 1245 e 4305).
2. Suas profecias (v. 1246).
3. Seus milagres (v. 2496).
Passagens notáveis
A sábia escolha de Salomão, 3:5-14.
A oração de Salomão na dedicação do Templo, 8:22-53.
O ministério de Elias, caps. 17, 18, 19; 21.
Chamada de Eliseu, 19:19-21.
4238 - 2REIS
Continuação de 1Reis.
Autor: Desconhecido.
Tema principal: A história dos reinos de Israel e Judá, desde a última parte do reinado
de Acazias em Israel, e de Jorão em Judá, até o tempo dos cativeiros.
Quanto à história de Israel, é um quadro sombrio de governantes degenerados e de gente
pecadora, que resultou na escravidão.
O reino de Judá também se estava degradando, mas o juízo não o atingiu tão depressa
devido à influência de alguns reis bons que reinaram nesse período (v. 4241).
A maior parte do livro é dedicada à vida dos profetas Elias e Eliseu.
Mensagem espiritual: A influência poderosa dos governantes sobre a nação.
SINOPSE
I. Últimos dias de Elias
1. Pede fogo do céu para destruir os inimigos, 1:9-12
2. A divisão do rio Jordão, 2:8
3. Seu traslado, 2:11 (v. 1245 e 4305)
II. A história de Eliseu
1. Pede uma porção dobrada de graça, 2:9
2. Divide o Jordão, 2:14
3. Sara as águas, 2:19-22
4. Amaldiçoa os rapazes que zombaram dele, 2:23,24
5. Consegue água para um exército, 3:15-20
6. Aumenta o azeite da viúva, 4:1-7
7. Ressuscita um menino, 4:18-37
8. Purifica o alimento nocivo, 4:38-41
9. Alimenta a multidão, 4:42-44
10. Cura Naamã, o leproso, 5:5-15
11. Faz Geazi ficar leproso, 5:20-27
12. Faz flutuar o ferro de um machado, 6:1-7
13. Revela os planos do rei da Síria, cap. 6:8-17
14. Provoca cegueira nos sírios, 6:18-20
15. Profetiza abundância a uma cidade açoitada pela fome, 7:1-18
16. Garante à mulher sunamita a restituição de suas terras, 8:3-6
17. Profetiza a exaltação de Hazael, 8:7-15
18. Ordena a unção de Jeú como rei, 9:1-6
19. Conserva o poder profético até em seu leito de morte, 13:14-19
20. O poder divino manifesta-se em seu túmulo, após sua morte, 13:20-21
O segredo de seu poder — seu desejo de receber porção dobrada de graça capacitou-o
a viver em atitude de contínua vitória. V. 1250 e 4306.
III. Outros eventos notáveis na história de Judá e de Israel
1. Execução do juízo divino de Jeú sobre Jorão, Acazias, Jezabel, setenta filhos de
Acabe e os adoradores de Baal, caps. 9 e 10
2. O bom reinado de Joás, caps. 11 e 12
3. Os reinados de reis perversos em Israel, seguidos pelo cativeiro das dez tribos, caps.
13, 14, 15, 16, 17
4. O bom reinado de Ezequias, caps. 18, 19, 20
5. O perverso reinado de Manassés, cap. 21
6. Josias, o último dos reis bons, caps. 22 e 23
7. Uma série de reis perversos em Judá conduzem ao cativeiro da nação e à destruição
de Jerusalém, cap. 25
4239 - 1CRÔNICAS
Autor: Indeterminado. Crê-se que tenha sido revisado por Esdras. No texto hebraico, 1
e 2Crônicas são um só livro.
Período: Provavelmente foi escrito durante ou logo após o Exílio. Pode ser considerado
um suplemento aos livros de 1 e 2Samuel e 1 e 2Reis. Algumas descrições históricas
são quase idênticas às dos livros anteriores.
Tema principal: A soberania de Deus, 4:9,10; 5:20; 11:14; 12:18; 14:2,10,14,15.
Personagem central: Davi (v. a história de sua vida em 1058 e 4303).
Particularidades: Os livros de Samuel e de Reis referem-se a eventos de ambos os
reinos, enquanto Crônicas se ocupa quase exclusivamente da história de Judá.
SINOPSE
I. Genealogias e morte de Saul
1. Genealogias, caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
2. Derrota e morte de Saul, cap. 10
II. O reinado de Davi
1. Sua ascensão ao trono; a tomada de Jerusalém; seus homens e seu poderoso exército,
caps. 11 e 12
2. O erro de tentar transportar a arca em um carro novo, cap. 13
3. Vitória sobre os filisteus, cap. 14
4. A arca trazida a Jerusalém, cap. 15
5. A grande festa de regozijo, cap. 16
6. O desejo de construir um templo para o Senhor não lhe é concedido, cap. 17
7. As grandes vitórias militares, caps. 18, 19, 20
8. O censo pecaminoso, cap. 21
9. Os materiais para a construção do Templo, a cargo de Salomão, cap. 22
10. A organização dos assuntos do reino, caps. 23, 24, 25, 26, 27
11. Últimas instruções de Davi ao povo e a Salomão; Salomão torna-se rei, caps. 28 e
29; morte de Davi, 29:28
Passagens notáveis
A oração de Jabez, 4:10.
Davi derrama a água do poço de Belém, 11:17-19.
O salmo de Davi, 16:7-36.
Descrição do coro e da orquestra de Davi, cap. 25.
Última bênção e oração de Davi, 29:10-19.
4240 - CAUSAS PRINCIPAIS DO CATIVEIRO BABILÔNICO

O diagrama mostra o nível moral da vida dos reis de Judá, cujo exemplo foi seguido
pelo povo — levando o reino à queda. Reis como Davi, Asa, Jeosafá, Joás, Jotão,
Ezequias e Josias foram gigantes espirituais, apesar de seus defeitos.
Devido a esses governantes, a nação ficou a salvo da destruição por um longo período.
A grande maioria dos reis, no entanto, como revela o desenho, não viveu no plano
elevado da justiça, mas desceu a pecados graves e à idolatria, trazendo o juízo divino
que resultou no cativeiro babilônico.
4241 - 2CRÔNICAS
Este livro é a continuação de 1Crônicas e um suplemento aos livros de Reis.
A história de Judá narrada aqui é, em termos gerais, um quadro sombrio de instabilidade
e apostasia, mesclada com períodos de reforma espiritual.
Particularidades: O elemento espiritual é mais destacado em Crônicas que em Reis.
Veja abaixo “Os cinco períodos de reforma”.
Outros fatos que somente 2Crônicas apresenta:
O piedoso discurso de Abias, 13:5-12.
Asa esquece-se de Deus, 16:12.
Alianças insensatas de Josafá, 20:35.
A causa da lepra de Uzias, 26:16-21.
Cativeiro e libertação de Manassés, 33:11-13.
Cinco períodos de reforma
1. Sob o rei Asa, cap. 15.
2. Sob o rei Josafá, 17:6-10.
3. Sob o sacerdote Joiada e o rei Joás, 23:16-19.
4. Sob o rei Ezequias, caps. 29, 30, 31.
5. Sob o rei Josias, caps. 34 e 35.
SINOPSE
I. O reinado de Salomão
1. Os sacrifícios de Salomão em Gibeom e sua sábia escolha, cap. 1
2. A construção do Templo, caps. 2, 3, 4
3. A glória do Senhor enche a casa, cap. 5
4. A oração de Salomão na dedicação do Templo, cap. 6
5. O Senhor aparece de novo a Salomão de noite, cap. 7
6. A prosperidade e a fama de Salomão, cap. 8
7. A visita da rainha de Sabá e a morte de Salomão, cap. 9
II. A insensatez de Roboão, que causou a divisão do reino, cap. 10
III. A história de vários reinados, de Roboão a Zedequias
Abias, cap. 13; Asa, caps. 14 e 16; Josafá, caps. 17, 18, 19, 20; Jorão, cap. 21;
Acazias, 22:1-9; Atalia (rainha), 22:10—23:15; Joás, cap. 24; Amazias, cap. 25;
Uzias, cap. 26; Jotão, cap. 27; Acaz, cap. 28; Ezequias, caps. 29, 30, 31, 32;
Manassés, 33:1-20; Amom, 33:21-25; Josias, caps. 34 e 35; Jeoacaz, 36:1-3;
Jeoaquim, 36:4-8; Joaquim, 36:9-10; Zedequias, 36:11-13.
Mensagem espiritual: O poder da oração para obter êxito e vitória, 11:16; 13:13-18;
14:11; 15:12; 17:4; 20:3; 26:5; 27:6; 30:18-20; 31:21; 32:20; 34:3.
Lições espirituais
A preeminência da sabedoria, 1:7-12.
A glória do Senhor enche o Templo, 5:13,14.
O espírito de louvor torna invencível o povo de Deus, 20:20-25.
4242 - ESDRAS
Autor: Desconhecido. Crê-se que Esdras, embora não seja o autor de todo o livro, tenha
compilado as partes que não escreveu. Esdras, de descendência sacerdotal, foi judeu
exilado na Babilônia, 7:1-6 (v. 1286).
Temas principais: O regresso dos judeus do cativeiro na Babilônia; a reconstrução do
Templo; início de reformas sociais e religiosas.
Mensagem espiritual: O poder da Palavra de Deus na vida humana. Referido como a
Palavra de Deus, 1:1; 9:4; Lei (Livro) de Moisés, 3:2; 6:18; 7:6; mandamentos, 6:14;
10:3; Lei do Senhor, 7:10,14.
SINOPSE
I. O regresso da primeira colônia de judeus sob a liderança de Zorobabel, caps. 1,
2, 3, 4, 5, 6
1. Autorizado pelo rei Ciro, 1:1-4
2. Nome dos remanescentes que voltaram, os sacerdotes, os levitas, os descendentes
dos servos de Salomão e suas possessões e ofertas, cap. 2
II. Suas construções
1. Constroem o altar e estabelecem o culto, 3:1-6
2. Lançam os alicerces do Templo, 3:8-13
3. O povo da terra deseja unir-se à obra, 4:1-2
4. Quando sua oferta é rejeitada, opõem-se violentamente, causando a paralisação da
obra, 4:4-24
5. Após longa demora, reiniciam a obra, graças a um decreto de Dario, caps. 5 e 6
6. Término e dedicação do Templo; observância dos ritos antigos, 6:15-22
III. Regresso da segunda colônia sob a direção de Esdras, autorizado pelo rei
Artaxerxes, caps. 7, 8, 9, 10
1. Lista dos exilados que regressaram em companhia de Esdras e sua chegada a
Jerusalém, cap. 8.
2. A correção dos males sociais realizada por Esdras, cap. 9 e 10
A obra literária e religiosa de Esdras
Atribui-se a ele a autoria de vários salmos, especialmente o salmo 119.
Antiga tradição atribui a Esdras a autoria de 1 e 2Crônicas, mas isso não se pode
provar.
Associou-se com Neemias para iniciar um avivamento pelo estudo das Escrituras, Ne 8.
Acredita-se que seja ele o criador da sinagoga e o compilador da maioria dos livros do
AT.
Passagens notáveis
A sublime confiança de Esdras na proteção divina, quando chamado a levar valiosos
tesouros através de lugares perigosos, 8:21-32.
A oração e confissão de Esdras pelo povo, 9:5-15.
4243 - NEEMIAS
Nos manuscritos hebraicos, os livros de Esdras e Neemias aparecem como um só livro.
Autor (ou compilador): Indeterminado. Muitos estudiosos consideram grande parte do
livro uma autobiografia de Neemias.
Texto-chave: 6:3.
Temas principais: A reconstrução dos muros de Jerusalém; a repetição de certas leis
divinas; a restauração das ordenanças antigas.
SINOPSE
I. Estudo dos tipos
1. Tema. A reconstrução dos muros de Jerusalém considerada um tipo do crescimento
do Reino de Deus na terra
a) Os muros derrubados (1:3) — tipo das defesas debilitadas do Reino de Deus
b) A temporada preliminar de jejum e oração (1:4-11) — tipo da atitude mental que
deve preceder todos os grandes empreendimentos espirituais
c) O sacrifício de Neemias de seu importante posto pelo bem da causa (2:5) — tipo do
serviço sacrificial necessário sempre que se leva a cabo uma grande obra
d) A inspeção da cidade à noite (2:15,16) — tipo da necessidade de enfrentar os fatos
antes de iniciar o trabalho
e) A procura por cooperação (2:17,18) — tipo do elemento essencial à toda obra
bem-sucedida
f) Recrutamento de todas as classes (cap. 3) — tipo da importância da organização
completa
2. Podemos empregar os mesmos métodos para vencer obstáculos na obra espiritual
a) O escárnio (2:19), vencido pela confiança em Deus, 2:20
b) A ira e o desprezo (4:3), vencidos pela oração e pelo trabalho árduo, 4:4-6
c) A conspiração (4:7,8), vencida pela vigilância e pela oração, 4:9
d) O desânimo dos amigos (4:10-12), vencido com a coragem constante, 4:13,14
e) A ganância (5:1-5), vencida pela repreensão e pelo exemplo de abnegação, 5:6-17
f) A obra é concluída, e os inimigos ficam perplexos pelo constante esforço, 6:1-15
II. Eventos finais
1. Repetição e exposição do Livro da Lei, cap. 8
2. Confissão dos sacerdotes e dos levitas e a confirmação da aliança, caps. 9 e 10
3. Convocação do povo para habitar Jerusalém, cap. 11
4. Dedicação do muro, cap. 12
5. Reformas sociais e religiosas, cap. 13
ASSUERO (Veja)
4244 - ESTER
Autor: Desconhecido.
Caráter canônico: A inclusão do livro no cânon das Escrituras tem sido muito
contestada. O nome de Deus não aparece nele, enquanto um rei pagão é mencionado
mais de 150 vezes. Não há referência à oração nem a qualquer tipo de serviço espiritual,
com a possível exceção do jejum.
Mensagem espiritual: Sem dúvida, ocupa lugar na Palavra de Deus pelo ensino velado
da providência protetora para com o povo de Deus e a certeza da retribuição que alcança
os inimigos.
Tema principal: A libertação dos judeus por meio da rainha Ester (v. análise de sua
vida em 1338).
Texto-chave: 4:14.
SINOPSE
Os eventos principais da história giram em torno de três festas.
I. A festa de Xerxes (Assuero)
1. No sétimo dia, quando o rei está alegre devido ao vinho, a rainha Vasti desobedece à
ordem de comparecer perante os príncipes reunidos, 1:1-12
2. O rei, furioso, aceita o conselho de seus sábios e destrona a rainha, 1:13-22
3. Depois de procurarem por todo o reino a nova rainha, Ester, judia, foi escolhida,
2:1-17
II. A festa de Ester
1. Mardoqueu, judeu, pai adotivo da rainha, salva a vida do rei, 2:7,21,23
2. Ascensão de Hamã e a recusa de Mardoqueu em honrá-lo; a fúria de Hamã e sua
decisão de destruir todos os judeus, 3:1-15
3. Luto dos judeus por causa do complô de Hamã, 4:1-4
4. A determinação heróica de Ester de comparecer perante o rei com um plano que
pode frustrar o complô, 4:5-17
5. Ester, ao ser recebida, convida o rei e Hamã para uma festa, 5:1-8
6. Hamã prepara uma forca para Mardoqueu, 5:9-14
7. Em uma noite de insônia, o rei examina os registros da corte e descobre que
Mardoqueu não havia sido recompensado por salvar a vida do rei, 6:1-3
8. A vaidade de Hamã resulta na própria humilhação e em grande honra para
Mardoqueu, 6:4-11
9. A festa de Ester; descoberto o complô de Hamã, que é pendurado na forca que havia
preparado para Mardoqueu, cap. 7
III. A Festa de Purim
1. Eventos preliminares
a) O rei autoriza a vingança dos judeus contra os inimigos, cap. 8
b) A vingança executada, cap. 9
2. A festa instituída, 9:20-31
3. A exaltação de Mardoqueu, cap. 10
4245 - JÓ
Autor: Desconhecido.
Data: É objeto de grande discussão. Considerado por muitos estudiosos o livro mais
antigo da Bíblia; outros o colocam em data tão recente quanto a época do Exílio.
Lugar: A terra de Uz.
Tema principal: O problema da aflição de Jó.
SINOPSE
O livro é poético e pictórico em suas descrições, podendo ser dividido em doze cenas.
Cena 1
Jó e sua família antes da aflição. Jó aparece como pai piedoso, não prejudicado pela
prosperidade, ministrando como sacerdote de sua numerosa família, 1:5.
Cena 2
Satanás entra na presença divina e insinua que Jó serve a Deus por causa de favores
especiais, 1:9-11.
Deus permite a Satanás provar Jó com a perda das possessões e dos filhos, 1:12-20.Jó
retém sua integridade, 1:21,22.
Cena 3
Satanás volta à presença divina, declarando que Jó amaldiçoaria a Deus se fosse afligido
no próprio corpo, 2:1-5.
Deus permite que Satanás atinja Jó com horrível enfermidade, 2:7,8.
O conselho blasfemo da esposa e a submissão triunfante de Jó, 2:9,10.
Cena 4
A chegada dos três amigos de Jó e os sete dias de silenciosa condolência, 2:11-13.
Cena 5
A paciência de Jó começa a acabar, e ele expressa sua queixa, cap. 3.
Cena 6
Amargas e infrutíferas discussões acerca das aflições de Jó entre este e seus três amigos.
Os amigos sustentam que o sofrimento é resultado de pecado pessoal. Jó defende sua
inocência, caps. 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24,
25, 26, 27, 28, 29, 30, 31.
Cena 7
Eliú entra na discussão, caps. 32, 33, 34, 35, 36, 37.
Cena 8
De um redemoinho, o Senhor responde a Jó com palavras de luz e repreensão, caps. 38
e 39.
Cena 9
A confissão de Jó, 40:3-5.
Cena 10
O Senhor fala pela segunda vez, 40:7—41:34.
Cena 11
A segunda confissão de Jó, 42:1-6.
O Senhor repreende Elifaz, Bildade e Zofar por suas palavras insensatas e ordena-lhes
que ofereçam sacrifícios, 42:7-9.
Cena 12
Jó ora pelos amigos; sua própria prosperidade é restaurada, e ele morre em avançada
idade, 42:10-17.
Lições espirituais
O poder maligno de Satanás sobre a vida humana.
O uso do sofrimento no plano divino como meio de aperfeiçoar o caráter.
Passagem notável
O discurso de Jó sobre a sabedoria, cap. 28.
Ver tb: Et 10:3
4246 - SALMOS
São 150 cânticos e poemas espirituais usados em cultos e devocionais da igreja em
todas as épocas: Compunham o hinário do Segundo Templo.
Os temas predominantes são a oração e o louvor, mas o livro de Salmos cobre grande
variedade de experiências religiosas.
São citados no NT mais que qualquer outro livro, exceto Isaías.
São com freqüência chamados Salmos de Davi porque esse rei foi o autor de grande
número deles.
Autores: Não se sabe quem é o autor de grande parte dos salmos: É provável que, em
alguns casos, a autoria atribuída a certos salmos refira-se ao compilador.
A seguinte lista de autores foi extraída de várias versões das Escrituras: atribuídos a
Davi, 73; aos coraítas, 11; a Asafe, 12; a Hemã, 1; a Etã, 1; a Salomão, 2; a Moisés, 1; a
Ageu, 1; a Zacarias, 1; a Ezequias, número incerto; a Esdras, 1. Os restantes são
anônimos.
Salmos messiânicos
Damos a seguir alguns dos salmos que contêm referências diretas ou simbólicas a
Cristo.
Cristo como Rei, 2; 45; 72; 110; 132:11.
Seus sofrimentos, 22; 41; 55:12-14; 69:20,21.
Sua ressurreição, 16.
Sua ascensão, 68:18.
Ordem quanto ao tema
Cada salmo está anotado abaixo sob o tema a que se refere.
O homem
Sua exaltação, 8.
Sua condição de pecador, 10; 14; 36; 55; 59, entre outros.
O mundano e o ímpio
Em contraste com o piedoso, 1; 4; 5.
A demora de seu castigo, 10.
Sua prosperidade, 37; 73.
Seu destino, 9; 11,
A confiança nas riquezas, 49.
Experiências espirituais
Arrependimento, 25; 38; 51; 130.
Perdão, 32.
Conversão, 40.
Consagração, 116.
Confiança, 3; 16; 20; 23; 27; 31; 34; 42; 61; 62; 91; 121.
Capacidade de ser ensinado, 25.
Aspiração, 42; 63; 143.
Oração, 55; 70; 77; 85; 86; 142; 143.
Louvor, 96; 98; 100; 103; 107; 136; 145; 148; 149; 150.
Adoração, 43; 84; 100; 122; 132.
Aflição, 6; 13; 22; 69; 88; 102.
Velhice, 71.
Vida fugaz, 39; 49; 90.
O lar, 127.
Nostalgia, 137.
A igreja (simbolizada)
Sua segurança, 46.
Sua glória, 48; 87.
O amor para com ela, 84; 122.
A unidade nela, 133.
A Palavra de Deus, 19; 119.
Missionários, 67; 72; 96; 98.
O dever dos governantes, 82; 101.
Atributos divinos
Sabedoria, majestade e poder, 18; 19; 29; 62; 66; 89; 93; 97; 99; 118; 147.
Misericórdia, 32; 85; 136.
Conhecimento infinito, 139.
Poder criativo, 33; 89; 104.
As experiências de Israel
Incredulidade, 78.
Sua desolação e aflição, 79; 80.
Sua reincidência, 81.
A providência divina, 105; 106; 114.
Ver tb: Lc 20:42
4247 - PROVÉRBIOS
Coleção de máximas morais e religiosas que instruem acerca da maneira correta de
viver. Também contêm discursos breves sobre sabedoria, justiça, temperança, trabalho,
pureza etc.
Nesses ditos concretos e expressivos, descreve-se o grande contraste entre a sabedoria e
a insensatez, entre a justiça e o pecado.
Autores: Acredita-se que Salomão escreveu grande número dos provérbios, ainda que
talvez os que componham o livro não sejam originariamente seus. Os capítulos 30 e 31
trazem as palavras de Agur e de Lemuel.
Propósito: Dar instrução moral, especialmente aos jovens.
Texto-chave: 1:4.
Expressão-chave: “O temor do Senhor”. Ocorre cerca de catorze vezes.
SINOPSE
I. Conselhos paternais e advertências, com exortações acerca da obtenção de
sabedoria, caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7
II. Chamado da sabedoria, caps. 8 e 9
III. Provérbios de Salomão — contraste entre o bem e o mal, a sabedoria e a
insensatez, caps. 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20
IV. Máximas proverbiais e conselhos, caps. 21, 22, 23, 24
V. Provérbios de Salomão, copiados por homens do rei Ezequias, caps. 25, 26, 27,
28, 29
VI. Palavras de Agur, o profeta, cap. 30
VII. Palavras do rei Lemuel. conselho de uma mãe, 31:1-9; descrição da esposa
ideal, 31:10-31
Passagens notáveis
Sabedoria: seu chamado, 1:20-23; cap. 8; sua fonte, 2:6; sua preciosidade, 3:13-26; a
coisa principal, 4:5-13; o tesouro mais valioso, 8:11-36; sua festa, 9:1-6.
Tópicos abordados
Ira, 14:17,29; 15:18; 16:32; 19:11.
Generosidade, 3:9,10; 11:24-26; 14:21; 19:17; 22:9.
Correção dos filhos, 13:24; 19:18; 22:6,15; 23:13,14.
Os tentadores, 4:14; 9:13; 16:29.
O temor do Senhor, 1:7; 3:7; 9:10; 10:27; 14:26,27; 15:16,33; 16:6; 19:23; 23:17; 24:21.
Insensatos: caluniadores, 10:18; de vida curta, 10:21; desordeiros, 10:23;
hipócritas, 12:15; irritáveis, 12:16; zombam do pecado, 14:9; falam insensatez, 15:2;
insensíveis, 17:10; perigosos, 17:12; iludidos, 17:24; intrometidos, 20:3; desprezam
a sabedoria, 23:9; estúpidos, 27:22; autoconfiantes, 14:16; 28:26; incautos, 29:11.
Amizade, 17:17; 18:24; 19:4; 27:10,17.
Conhecimento divino, 15:11; 21:2; 24:12.
Diligência, 6:6-11; 10:4,5; 12:27; 13:4; 15:19; 18:9; 19:15,24; 20:4,13; 22:13; 24:30-34;
26:13-16.
Opressão, 14:31; 22:22; 28:16.
Orgulho, 6:17; 11:2; 13:10; 15:25; 16:18,19; 18:12; 21:4,24; 29:23; 30:13.
Prudência, 12:23; 13:16; 14:8,15,18; 15:5; 16:21; 18:15; 27:12.
Zombadores, 3:34; 9:7; 14:6; 19:25; 24:9.
Contenda, 3:30; 10:12; 15:18; 16:28; 17:1,14,19; 18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Temperança, 20:1; 21:17; 23:1-3,20; 23:29-35; 25:16; 31:4-7.
A língua, 4:24; 10:11-32; 12:6,18,22; 13:3; 14:3; 15:1-7,23; 16:13,23,27; 17:4;
18:7,21; 19:1; 20:19; 21:23; 26:28; 30:32.
Ganho injusto, 10:2; 13:11; 21:6; 28:8.
Riqueza, 10:2,15; 11:4,28; 13:7,11; 15:6; 16:8; 18:11; 19:4; 27:24; 28:6,22.
Mulheres más, 2:16-19; 5:3-14,20,23; 6:24-35; 7:5-27; 9:13-18.
Mulheres virtuosas, 5:18,19; 31:10-31.
Lição espiritual
Salomão foi guia mais que exemplo. Mostrou o caminho da sabedoria, mas na última
parte de sua vida não andou por ele. Seu filho, Roboão, seguiu seu exemplo, em vez de
seus conselhos, tornando-se um governante insensato e mau.
4248 - ECLESIASTES
Título: Emprestado da Septuaginta (v. 4215). Na Bíblia hebraica, é chamado Kohelet.
Embora o significado da palavra seja incerto, tem sido traduzida em português por
“pregador”, ou alguém que dirige uma reunião.
Autor: Indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão, 1:1,2.
A julgar pelo que a Bíblia conta sobre sua vida, muitas das experiências relatadas em
Eclesiastes parecem corresponder às desse rei.
Texto-chave: 12:13.
Expressões-chave: “Inutilidade” e “debaixo do sol”, cada uma ocorrendo mais de 25
vezes.
Conteúdo: O livro contém as reflexões e experiências de um filósofo cuja mente estava
em conflito sobre os problemas da vida.
Após discorrer sobre as próprias desilusões, apresenta o enfoque do materialismo —
epicurista não há nada melhor que o gozo carnal dos prazeres da vida.
À medida que essa idéia aparece repetidamente ao longo do livro, é evidente que o
escritor luta contra ela, ao mesmo tempo em que expressa verdades profundas acerca do
dever e das obrigações do homem para com Deus.
Finalmente, parece sair de suas especulações e dúvidas até alcançar a conclusão nobre
de 12:13. “Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos, porque isso é o essencial
para o homem”.
SINOPSE
I. Cap. 1 e 2
1. Introdução
Reflexões sobre a rotina monótona da vida, 1:1-11.
2. A busca de satisfação e felicidade pelo homem natural
a) Não se encontra na aquisição de sabedoria, 1:12-18
b) Não se encontra no prazer mundano, 2:1-3
c) Não se encontra na arte ou na agricultura, 2:4-6
d) Não se encontra nas grandes possessões, 2:7-11
3. Conclusões
a) O sábio é superior ao insensato, 2:12-21
b) Do epicurista. não há nada melhor do que comer, beber e gozar a vida, 2:24-26
II. Cap. 3
O ponto de vista do homem natural acerca da cansativa rotina da vida.
1. Há um tempo para tudo, v. 1-8
2. A conclusão do materialista, v. 13-22
III. Cap. 4
1. O estudo dos males sociais afasta da fé, v. 1-15
2. Conclusão. tudo é sem sentido e inútil, v. 16
IV. Cap. 5
1. Conselhos acerca dos deveres religiosos, v. 1-7
2. A insignificância das riquezas, v. 9-17
3. A conclusão é. comer, beber e gozar a vida, v. 18-20
V. Cap. 6
A falta de sentido de uma vida longa, v. 3-12
VI. Cap. 7
1. Série de ditos sábios, v. 1-24
2. Conclusões acerca da mulher má, v. 25-28
VII. Cap. 8
1. Deveres civis, v. 1-5
2. A incerteza da vida, v. 6-8
3. A certeza do juízo divino e as injustiças da vida, v. 10-14
4. A conclusão epicurista, v. 15
5. A obra de Deus e o homem, v. 16,17
VIII. Cap. 9
1. Coisas similares sucedem aos justos e aos maus; o túmulo é a meta da vida, o
homem é uma criatura de circunstâncias. Conclusão epicurista. “Comamos e bebamos,
porque amanhã morreremos”, v. 1-9
2. A sabedoria é preeminente, ainda que às vezes não seja apreciada, v. 13-18
IX. Cap. 10
Vários ditos sábios, o contraste entre a sabedoria e a insensatez etc.
X. Cap. 11
1. Conselhos acerca da generosidade, v. 1-6
2. Conselhos ao jovem, v. 9,10
XI. Cap. 12
1. Descrição poética da velhice, v. 1-7
2. Últimas palavras do mestre (ou pregador) e conclusão final acerca do dever
primordial do homem, v. 8-14
4249 - CÂNTICO DOS CÂNTICOS
Esse livro tem sido severamente criticado por causa de sua linguagem sensual. Seu
direito a um lugar na Bíblia é defendido por religiosos de todas as épocas. Muitos o
consideram uma alegoria espiritual do afeto que existe entre Deus e seu povo escolhido,
ou entre Cristo e a igreja.
O livro é um poema oriental. As expressões ardentes só podem ser devidamente
interpretadas pela mente espiritual madura.
Autor: Salomão, de acordo com a tradição.
SINOPSE
O noivo representa a Cristo; a noiva representa a igreja.
I. Comunhão espiritual entre a noiva e o Noivo celestial, 1:1—2:7
II. A noiva perde seu companheiro e o busca, 2:8—3:5
III. Discursos ardentes do noivo e da noiva acerca do amor mútuo e os elogios de
um ao outro, 3:6, 4, 5, 6, 7, 8:14
Expressão-chave: “O meu amado”, título que os crentes dão a Cristo, 2:16.
Texto afim: Sl 45.
Ilustrações complementares
O Noivo celestial
Seu amor cobre todos os defeitos da noiva, Ct 4:7.
Seu regozijo por ela, Is 62:5.
Deu sua vida por ela, Ef 5:25.
Virá reclamá-la, Mt 25:6.
A noiva
Ama o noivo, Ct 2:16.
Sente a própria indignidade, Ct 1:5.
Purificada e vestida com vestes imaculadas, Ap 19:8.
Adornada com as jóias da graça divina, Is 61:10.
Convida para as bodas, Ap 22:17.
O banquete do casamento
Preparado pelo Pai, Mt 22:2.
Preparativos caros, Mt 22:4.
O convite é uma grande honra, Ap 19:9.
O convite, desprezado por muitos, Mt 22:5.
O convite estende-se a todas as classes, Mt 22:10.
O convidado que não usar as vestes nupciais pode ser excluído, Mt 22:11-13.
4250 - ISAÍAS
Autor: Isaías
Filho de Amoz. Profetizou nos reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, 1:1.
Sua chamada e unção, 6:1-8.
Sua família, 7:3; 8:3,4.
Considerado o maior profeta do AT 1) por ser preeminentemente o profeta da redenção
e 2) porque muitas das passagens de seu livro estão entre as mais formosas da
literatura.
Alguns eruditos modernos estudam sua profecia poética do mesmo modo que o
botânico analisa minuciosamente as flores. Por esse método, a beleza e a unidade do
livro, como em uma rosa, ficam quase esquecidas, à medida que as diferentes partes são
divididas para exame.
SINOPSE
I. Seção I. 1—39
Refere-se principalmente a eventos que conduziram ao cativeiro.
1. Exortações e advertências do juízo divino, mescladas com predições de dias
melhores e da vinda do Messias, caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12
2. Profecias acerca das nações vizinhas — Assíria, Babilônia, Moabe, Egito, Filístia,
Síria, Edom, Tiro etc., caps. 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23
3. Escritos acerca dos pecados e do sofrimento do povo, promessas de salvação, um
cântico de confiança em Deus e o cuidado deste por sua vinha, caps. 24, 25, 26, 27
4. Maldições contra Efraim e Jerusalém, especialmente por confiarem nas alianças com
estrangeiros, caps. 28, 29, 30, 31
5. Promessas de um rei justo e do derramamento do Espírito, a exaltação do justo e a
transformação do deserto em jardim do Senhor, caps. 32, 33, 34, 35
6. A libertação de Ezequias das mãos dos assírios e o prolongamento de sua vida,
caps. 36, 37, 38, 39
II. Seção II
A segunda parte do livro contém predições, advertências e promessas referentes a
eventos posteriores ao Exílio, os quais se estendem por séculos, através da dispensação
cristã. Essa parte da profecia é especialmente rica em referências messiânicas.
Palavra-chave: “Salvação” — o nome Isaías significa “salvação do Senhor”.
Salvação
Sua fonte, 12:3.
Alegria por causa dela, 25:9.
Seus muros, 26:1.
Eterna, 45:17.
Seu dia, 49:8.
Os pés de seus atalaias, 52:7.
Sua difusão, 52:10.
Seu braço, 59:16.
Seu capacete, 59:17.
Suas vestes, 61:10.
Sua luz, 62:1.
Sete coisas perduráveis
1. A Rocha, 26:4.
2. Os juízos, 33:14.
3. A alegria, 35:10.
4. A salvação, 45:17.
5. A compaixão, 54:8.
6. A aliança, 55:3.
7. A luz, 60:19.
V. 4310.
Ver tb: Lc 4:17, Jo 1:23, At 8:30, At 28:25, Rm 15:12
4251 - JEREMIAS
Contém a biografia e a mensagem do “profeta chorão”.
Período: Os dias obscuros do reino de Judá, a partir do décimo terceiro ano de Josias (o
último dos reis bons) até vários anos após o Exílio.
Temas principais: A reincidência, a escravidão e a restauração dos judeus.
Vida de Jeremias
Sua família, 1:1.
Seu nascimento e sua eleição divina como profeta, 1:5.
A chamada na juventude, nos dias do rei Josias, 1:2-6.
Cheio do poder divino, 1:9.
Sua comissão, 1:10.
A promessa da presença divina, 1:19.
Pressionado pelo dever, 20:9.
Sustentado pela Palavra de Deus, 15:16.
Sua perseguição profetizada, 1:19.
Colocado no tronco, 20:2.
Colocado em uma cisterna cheia de lama, 38:6.
Levado ao Egito, 43:5-7.
SINOPSE
I. A chamada do profeta, cap. 1
II. Repreensões, advertências e promessas aos judeus, caps. 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20
III. Denúncia de governantes e também de falsos pastores e falsos profetas, caps.
21, 22, 23
IV. Predições de juízos divinos, a destruição de Jerusalém e os setenta anos de
cativeiro, caps. 25, 26, 27, 28, 29
V. Promessas de restauração dos judeus, caps. 30, 31, 32, 33
VI. Profecias ocasionadas pelos pecados de Zedequias e Jeoaquim, caps. 34, 35, 36,
37, 38, 39
VII. A condição miserável dos que ficaram em Judá e as profecias contra eles, caps.
40, 41, 42, 43, 44
VIII. Consolo a Baruque, cap. 45
IX. Profecias acerca das nações hostis, caps. 46, 47, 48, 49, 50, 51
Mensagem espiritual
Pontos importantes
A fonte e a cisterna, 2:13.
A indelével mancha do pecado, 2:22.
Deus busca um homem, 5:1.
Os caminhos antigos são melhores, 6:16.
A oportunidade perdida, 8:20.
O chamado com lágrimas ao arrependimento, 9:1.
A depravação do coração humano, 17:9.
O barro e o oleiro, cap. 18.
Os falsos pastores, cap. 23.
Como encontrar a Deus, 29:13.
A nova aliança, 31:31-34.
A mutilação da Palavra de Deus, 36:21-24.
Jeremias rejeitado
Por seus vizinhos, 11:19-21.
Pela própria família, 12:6.
Pelos sacerdotes e profetas, 20:1,2.
Por seus amigos, 20:10.
Por todo o povo, 26:8.
Pelo rei, 36:23.
4252 - LAMENTAÇÕES
É a continuação do livro de Jeremias.
Na Septuaginta (v. 4215), encontram-se as palavras introdutórias “E sucedeu”, depois
que Jerusalém foi levada cativa e que Jeremias se sentou a chorar e a lamentar sobre a
cidade.
Nas Escrituras hebraicas, os capítulos 1, 2, 4 e 5 contêm cada um 22 versos, e cada
verso começa com uma das 22 letras do alfabeto hebraico, em ordem.
No capítulo 3, os primeiros três versos começam com a letra alef, os três segundos, com
a letra bet, e assim por diante.
O capítulo 5 contém 22 versos, mas não em forma de acróstico.
Tema principal: É uma série de elegias em forma de acróstico, como se fossem escritas
para um funeral nacional — descrevem a tomada e a destruição de Jerusalém.
Texto-chave: 1:12.
SINOPSE
I. Ruína de Jerusalém e sofrimento dos exilados, devido aos seus pecados, cap. 1
II. O Senhor, defensor de Israel desde os tempos antigos, abandonou seu povo ao
terrível destino, cap. 2
III. Dor de Jeremias pelas aflições de seu povo, sua confiança em Deus e
perseguição que enfrentou, cap. 3
IV. A glória passada de Israel em contraste com a aflição presente, cap. 4
V. Oração pedindo misericórdia, cap. 5
4253 - EZEQUIEL
A exemplo de Daniel e Apocalipse, pode ser considerado um livro de mistério. Contém
muita linguagem figurada, difícil de interpretar. Muitos de seus ensinos, porém, são
claros e de grande valor.
Autor: Seu nome significa “Deus fortalece”.
Expressão-chave: “Eu sou o Soberano, o Senhor”.
SINOPSE
I. A preparação e a chamada do profeta, caps. 1, 2, 3
1. Era filho de sacerdote, 1:3
2. Foi levado cativo para a Babilônia, 1:1 (v. 2Rs 24:11-16)
3. Visão de Deus, cap. 1
4. Sua chamada, 1:3
5. Sua comissão e sua capacitação com poder, caps. 2 e 3
6. Alimento espiritual, 3:1-3 (v. Ap 10:10)
7. Sua tarefa, ser atalaia espiritual, 3:4-11,17-21
8. Ezequiel recebeu o mais alto grau de inspiração. a expressão “Assim diz o Soberano,
o Senhor” repete-se ao longo do livro
II. Descrição da condição apóstata de Judá antes do Exílio
1. Referências a visões, advertências e predições acerca da culpabilidade do povo e da
destruição de Jerusalém, caps. 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19,
20, 21, 22, 23, 24
2. O juízo divino sobre as sete nações vizinhas, caps. 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32
III. Predições e promessas acerca dos meios pelos quais a glória da nação será
restaurada, caps. 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48
1. Ao escutar as advertências dos guardas espirituais e arrepender-se do pecado, cap. 33
2. Pela remoção dos falsos pastores e vinda do Bom Pastor, que alimentará o rebanho,
cap. 34
3. Pelo avivamento e pela ressurreição espiritual no vale dos ossos secos, caps. 36 e 37
4. Pela destruição dos inimigos da nação, caps. 38 e 39
5. Pela edificação de um novo santuário, caps. 40, 41, 42
6. Pela volta da glória do Senhor, 43:4,5; 44:4
7. Pelo ministério de um sacerdócio leal, 44:9-31
8. Pelas águas vivificantes que emanam do santuário, cap. 47 (v. Ap 22:1,2)
Outros eventos relatados no livro
A glória do Senhor retira-se do Templo, 10:16-18; 11:23.
A queda de Jerusalém, 33:21.
Profetizada a volta da shekinah, 44:4.
Passagens notáveis
O coração novo, 11:19; 36:25-28.
Responsabilidade pessoal, 18:20-32.
A argamassa fraca, 13:10-15.
Deus busca um homem íntegro, 22:30 (v. Jr 5:1).
Os ouvintes sentimentais, 33:30-32.
Capítulos para ministros, caps. 13, 33 e 34.
O avivamento, cap. 37.
4254 - DANIEL
Livro afim: Apocalipse.
Autor: Daniel. Tal como Ezequiel, esteve cativo na Babilônia. Foi trazido perante o rei
Nabucodonosor na juventude e instruído na língua e nas ciências babilônicas
(caldaicas), 1:17,18 (v. 4307).
Vida similar à de José: Foi elevado ao cargo mais alto no reino, 2:48; manteve sua vida
espiritual em meio a uma corte pagã, 6:10.
Tema principal: A soberania de Deus sobre os assuntos dos homens em todas as
épocas. As confissões do rei pagão quanto a esse fato constituem os versículos-chave do
livro, 2:47; 4:37; 6:26.
SINOPSE
I. Narrativa autobiográfica e história local
Contém eventos comovedores e incomparáveis de intervenções divinas no AT. O livro
faz referência a seis conflitos morais dos quais participaram Daniel e seus
companheiros.
1. Primeiro conflito. entre a intemperança pagã e a abstinência escrupulosa a bem da
saúde
A abstinência é vitoriosa, 1:8-15
2. Segundo conflito. entre a magia pagã e a sabedoria celestial na interpretação de
sonhos
A sabedoria divina é vitoriosa, 2:1-47
3. Terceiro conflito. a idolatria pagã confrontada com a lealdade a Deus
A lealdade a Deus é vitoriosa, 3:1-30
4. Quarto conflito. o orgulho de um rei pagão confrontado com a soberania divina
Deus é o vencedor — o rei é lançado fora a comer erva, 4:4-37
5. Quinto conflito. o grande sacrilégio contra as coisas sagradas
A reverência é vitoriosa. A escrita na parede. Belsazar é destronado, 5:1-30
6. Sexto conflito. entre o complô perverso e a providência de Deus para com os santos
A providência é vitoriosa. Deus fecha a boca dos leões, 6:1-28
II. Visões e profecias
Relatam como a poderosa mão de Deus muda o cenário no panorama da história,
caps. 7, 8, 9, 10, 11, 12
Interpretação: Daniel e Apocalipse contêm muita linguagem figurada, de difícil
interpretação. A adaptação das profecias de Daniel e Apocalipse aos fatos da história
humana tem produzido ilimitado conflito de opiniões. A verdadeira interpretação dos
detalhes das visões nem sempre é clara.
Dois fatos reconhecidos pela maioria dos estudiosos
1. As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da
história secular e sagrada.
2. As visões assinalam o triunfo final do Reino de Deus sobre todos os poderes
satânicos e do mundo.
No capítulo 7, para muitos comentaristas, as quatro bestas representam os quatro
grandes impérios. Babilônico, Medo-Persa, Grego e Romano (v. 1-7), seguidos da visão
do Messias prometido.
No capítulo 8, revela-se outro período da história medo-persa e grega sob a figura de
uma besta.
O capítulo 9 contém a oração de Daniel e uma profecia velada do tempo da chegada do
Messias.
Os capítulo 10, 11 e 12 contêm predições adicionais de longo alcance e revelações de
acontecimentos futuros. Esses três capítulos têm sido campo de batalha de
controvérsia teológica, com muitas e variadas interpretações.
Passagens notáveis
O propósito de Daniel, 1:8.
A pedra da montanha, 2:44,45.
A resposta dos três jovens hebreus, 3:16-18.
A festa de Belsazar, cap. 5.
Daniel na cova dos leões, 6:1-24.
A visão do juízo, 7:9-14.
Promessa aos ganhadores de almas, 12:3.
4255 - OSÉIAS
Autor: Oséias, filho de Beeri, 1:1. Contemporâneo de Isaías e Miquéias. Sua mensagem
é dirigida ao Reino do Norte.
Apto para sua tarefa
Acredita-se que fosse natural do norte e que por isso conhecia as más condições
existentes em Israel. Isso deu peso especial à sua mensagem.
Casou-se, ao que parece, com uma mulher que lhe foi infiel. Alguns estudiosos
duvidam da existência desse casamento, mas, se realmente aconteceu, o capacitou a
descrever vividamente a atitude de Deus para com Israel, sua “mulher adúltera”,
1:2,3; 2:1-5. O estilo, porém, é figurado, e a narrativa das experiências com a esposa
pode ser alegórica.
Mensagem espiritual: A apostasia equivale ao adultério espiritual.
1. Deus, o esposo, 2:20; Is 54:5.
2. Israel, a esposa infiel, 2:2.
SINOPSE
I. A apostasia de Israel
Simbolizada pela experiência do profeta em seu matrimônio, caps. 1, 2, 3
II. Discursos proféticos
1. Descrição da reincidência e da idolatria do povo, mesclada com ameaças e
exortações, caps. 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13
2. Chamada formal ao arrependimento e promessas de bênçãos futuras, cap. 14
Ilustrações da deplorável condição de Israel
O vale de Acor, por uma porta de esperança, 2:15 (v. Js 7:24-26).
“Aliou-se a ídolos”, 4:17.
“Mistura-se com as nações” (já não é a nação separada e santa), 7:8.
“Um bolo que não foi virado” (farinha de um lado, expressando tibieza de coração), 7:8.
“Estrangeiros sugam sua força” (debilitado pelas más companhias), 7:9.
“Seu cabelo vai ficando grisalho” (velhice prematura e deterioração inconsciente), 7:9.
“Israel é devorado” (perda da identidade nacional), 8:8.
“Como algo sem valor” (vaso sem serventia e inútil ao Senhor), 8:8.
“Gostam muito de extorquir” (falta de honradez nos negócios), 12:7.
Passagem notável
O arrependimento e suas bênçãos, cap. 14.
4256 - JOEL
Autor: Joel, profeta de Judá. Muito pouco se sabe acerca dele, 1:1. Seu nome significa
“o Senhor é Deus”.
Período: Indeterminado.
Estilo: Elevado. O livro está escrito de maneira enérgica e elegante.
Tema principal: O arrependimento nacional e suas bênçãos.
Contexto histórico: Uma praga de gafanhotos e uma seca severa. Vistas como castigos
pelos pecados do povo. A praga era uma profecia das invasões vindouras dos exércitos
dos inimigos de Judá.
Expressão-chave: “O dia do Senhor”, 1:15; 2:1,11,31; 3:14.
SINOPSE
O dia do Senhor
I. Tempo de juízo sobre o povo por causa de seus pecados
1. A praga de gafanhotos, 1:4-9
2. A seca severa, 1:10-20
3. A invasão dos inimigos, 2:1-10
II. Chamado ao arrependimento e à oração, 2:12-17
III. Promessas de libertação futura, 2:18-20
IV. Será uma época de grande bênção
1. Na natureza, copiosas chuvas garantirão abundantes colheitas, 2:23,24
2. O derramamento do Espírito Santo promoverá um grande avivamento, 2:28-32
(v. At 2)
V. No vale de Josafá
1. As nações gentias serão julgadas, 3:1-16
2. Sião receberá uma bênção gloriosa, 3:17-21
Passagens notáveis
O arrependimento de todo o coração, 2:12-17.
Promessas do derramamento do Espírito nos últimos dias, 2:28-32.
4257 - AMÓS
Autor: Amós
Era cidadão de Tecoa, na tribo de Judá. Seu nome significa “carga” ou “carregador”.
Foi boiadeiro e recolhedor de figos silvestres, 7:14.
Sua chamada, 7:15.
A intenção de fazê-lo calar, 7:10-13.
Período: Profetizou durante os reinados de Jeroboão II, de Israel, e Uzias, de Judá.
Estilo: Simples, porém pictórico. O livro contém metáforas chocantes.
Ilustrações
A fadiga da misericórdia de Deus para com os pecadores comparada a uma carroça
sobrecarregada, 2:13.
A pressão do dever do profeta comparada ao rugido do leão, 3:8.
O escape difícil do remanescente de Israel comparado ao pastor que livra da boca do
leão as pernas ou um pedaço da orelha, 3:12.
A escassez da Palavra de Deus comparada ao homem no mundo natural, 8:11,12.
Amós comparado a Cristo
Em sua ocupação, um trabalhador, 7:14.
Em sua humildade, reconhecendo sua origem humilde, 7:15.
Em seu método de ensino por meio de ilustrações.
Ao afirmar sua inspiração divina — a expressão “Assim diz [ou declara] o Senhor”
ocorre quarenta vezes em sua profecia.
Ao ser acusado de traição, 7:10; Jo 19:12.
Na pressão do dever que estava sobre ele, 3:8; Jo 9:4.
Ao denunciar o egoísmo dos ricos, 6:4-6; Lc 12:15-21.
SINOPSE
I. Juízos vindouros sobre as nações vizinhas, 1:3-15; 2:1-3
II. Discursos ameaçadores
1. Contra Judá, 2:4,5
2. Contra Israel, 2:6-16
III. O convite a Israel para que busque a Deus com sinceridade, cap. 5
IV. A condenação da vida na opulência, 6:4-14
V. Série de cinco visões
1. A visão dos gafanhotos, 7:1-3
2. A visão do fogo, 7:4,5
3. A visão do prumo, 7:7-9
4. A visão do cesto de frutas maduras, 8:1-3
5. A visão do santuário derrubado, 9:1-10
VI. Visões interrompidas pela intenção de intimidar o profeta, 7:10-13
VII. Predição da dispersão e da restauração de Israel, 9:9-15
4258 - OBADIAS
Profecia que gira em torno de antiga disputa entre Edom e Israel. Os edomitas,
descendentes de Esaú, tinham má vontade para com Israel pelo fato de Jacó haver
adquirido de seu irmão o direito de primogenitura, Gn 25:21-34; 27:41.
Autor: Nada se sabe acerca dele.
Texto-chave: 10. Os edomitas não permitiram que Israel passasse pelo seu país,
Nm 20:14-21, e regozijaram-se pela tomada de Jerusalém, Sl 137:7.
SINOPSE
I. A sentença de Edom
Causada por seu orgulho e por sua maldade contra Jacó, 1-16
II. A libertação do povo escolhido
Inclusão de Edom no reino futuro, 17-21; Nm 24:18
Lição espiritual: O especial e providencial cuidado de Deus para com os judeus e a
certeza do castigo para os que os perseguem.
4259 - JONAS
Essa narrativa tem sido ridicularizada como mito pelos incrédulos e é considerada lenda
ou parábola por alguns estudiosos.
Os judeus a aceitavam como histórica (v. Josefo, Antiguidades IX.10:2).
Jesus Cristo assegurou a veracidade de Jonas, Mt 12:39-41; Lc 11:29,30.
Autor: Natural da Galiléia, foi um dos primeiros profetas, 2Rs 14:25.
Ao ser enviado como missionário a Nínive a fim de admoestar os inimigos de seu país,
obedeceu com muita relutância (v. 1997).
Caráter de Jonas (v. 1997)
Consagrado em parte, estranha mistura de força e fraqueza.
Obstinado, 1:1-3.
Piedoso, 1:9.
Valoroso, 1:12.
Dedicado à oração, 2:1-9.
Obediente após o castigo, 3:3,4.
Fanático e egoísta, decepcionado com o arrependimento dos ninivitas, 3:4-10; 4:1.
Demasiadamente preocupado com a própria reputação, 4:2,3.
SINOPSE
I. O profeta desobedece à ordem divina; sua fuga e castigo, cap. 1
II. Sua oração e libertação, cap. 2
III. Obedece à segunda comissão, cap. 3
IV. Sua queixa infantil; grande revelação da misericórdia divina combinada com a
repreensão ao profeta, cap. 4
Lições espirituais
O perigo de fugir ao dever.
A tentação do patriotismo egoísta e do fanatismo religioso.
Deus emprega homens imperfeitos como canais da verdade.
A vasta misericórdia de Deus.
4260 - Miquéias
Autor: Miquéias, natural de Moresete, em Judá, profetizou durante os reinados de
Jotão, Acaz e Ezequias.
Foi contemporâneo de Isaías, 1:1.
Pertencia a Judá, mas falou tanto a Judá quanto a Israel.
Seu nome significa “o que é como o Senhor”.
Sua unção, 3:8.
SINOPSE
I. Divisões gerais
1. Ameaças de juízos vindouros, caps. 1, 2, 3
2. Promessas proféticas de libertação, caps. 4 e 5
3. Exortações e confissões de pecados nacionais; ao mesmo tempo, promessas de
restauração, caps. 6 e 7
II. Pecados específicos são condenados
1. Idolatria, 1:7; 5:13
2. Planos perversos e artimanhas, 2:1
3. Cobiça, 2:2
4. Ganância dos príncipes, dos profetas e dos sacerdotes, 3:2-11
5. Feitiçaria, 5:12
6. Falta de honradez, 6:10-12
7. Corrupção universal, 7:2-4
8. Traição, 7:5,6
III. Esperança futura
1. O estabelecimento de um reino justo, 4:1-8
2. A vinda do Messias, 5:2
3. Reforma e restauração da nação, 7:7-17
4. O triunfo completo da graça divina, 7:18-20
Livro citado...
Pelos anciãos, salvando assim a vida de Jeremias, Jr 26:16-19; Mq 3:12.
Pelo Sinédrio, a Herodes, o Grande, por ocasião do nascimento de Cristo, Mt 2:5,6;
Mq 5:2.
Por Cristo, ao enviar os discípulos, Mt 10:35,36; Mq 7:6.
Passagens notáveis
Definição da verdadeira religião, 6:8.
Anúncio do lugar do nascimento de Cristo, 5:2.
Deus se esquece dos pecados dos crentes, 7:18,19.
4261 - NAUM
Considerado por alguns estudiosos a continuação do livro de Jonas.
Autor: Muito pouco se conhece acerca dele. Seu nome significa “compassivo” ou
“cheio de consolação”.
Período: Anterior à queda de Nínive.
Tema principal: A destruição de Nínive.
Contexto histórico: Parece que os assírios, após o arrependimento produzido pela
pregação de Jonas, voltaram a cair em grande idolatria. Eles saquearam outras nações, e
sua capital foi comparada a uma caverna de leões cheia de presas, 2:11,12.
Propósito: Pronunciar vingança divina sobre a sanguinária cidade e consolar Judá com
promessas de libertação futura, 3:1; 1:13-15.
SINOPSE
I. Visão da majestade do invencível poder de Deus, que romperá o jugo dos assírios
e libertará Judá, cap. 1
II. Emocionante descrição do assédio de Nínive, cap. 2
III. Maldição contra a sanguinária cidade e predição de sua completa ruína, cap. 3
Nota: Alguns expositores consideram 2:4 uma alusão ao automóvel moderno, mas essa
interpretação é forçada.
4262 - Habacuque
Autor: Por causa de sua oração-salmo (cap. 3) e da instrução ao “mestre de música”,
alguns deduzem que o profeta era um dos cantores do Templo. Contudo, não passa de
conjectura.
Período: Indeterminado. O profeta evidentemente viveu no período babilônico (caldeu).
Muitos estudiosos situam a profecia no reinado de Jeoaquim.
Tema principal: Os mistérios da providência.
Texto-chave: 1:3.
SINOPSE
O livro começa com o profeta em estado de perplexidade devido ao mistério da
maldade não castigada do mundo. Os primeiros dois capítulos compõem-se
principalmente de um diálogo entre Habacuque e o Senhor.
I. O profeta queixa-se perante Deus da violência pecaminosa em toda parte —
nenhum castigo é infligido aos maus, 1:1-4
II. Recebe a resposta, que revela o plano divino de utilizar os babilônios (caldeus)
como instrumento de juízo contra as nações perversas, 1:5-11
III. O problema moral não é esclarecido ao profeta. Como pode o Deus santo usar
pagãos perversos para destruir gente mais justa que eles? A maldade e a violência
continuarão para sempre?, 1:12-17
IV. O profeta ascende à sua fortaleza para observar o mundo. Recebe a resposta
de que o propósito do Senhor será cumprido em breve e é animado a esperar esse
cumprimento, 2:1-3; segue-se uma frase que tem sido lema da igreja cristã, 2:4
V. Contente com a nova luz recebida, o profeta profere uma série de cinco
maldições contra a falta de honradez (2:6), a ganância (2:9), os empreendimentos
de edificação sanguinários (2:12), a libertinagem (2:15) e a idolatria (2:18-20), de
que é objeto a grande potência mundial
VI. Finalmente, pronuncia uma oração sublime (salmo de louvor), no qual fala da
majestade e da glória do Senhor e declara firme confiança nos planos divinos,
3:1-19
Passagens notáveis
A estrela da manhã da Reforma, 2:4 (v. Rm 1:17; Hb 10:38).
O triunfo das missões, 2:14.
Maldição contra os que embriagam a outros, 2:15.
A fé que conquista tudo, 3:17,18.
4263 - Sofonias
Autor: Sofonias
Descendente direto do rei Ezequias, 1:1.
Profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá, 1:1.
Crê-se que profetizou por volta do início do reinado de Josias, antes do avivamento
religioso que se estendeu sobre o reino nesse período (v. 2Rs 22 e 23).
A tradição diz que Sofonias estava associado com a profetisa Hulda e com Jeremias no
início da reforma do reino.
Tema principal: Os perscrutadores juízos de Deus.
Texto-chave: 1:12.
Conteúdo: O livro é extremamente sombrio em sua linguagem e está cheio de ameaças e
denúncias. Mas o sol irrompe através das nuvens: no último capítulo, o profeta prediz a
vinda de um dia de alegria, em que os judeus se converterão em louvor entre as nações
da terra.
SINOPSE
I. Anúncio dos juízos vindouros sobre Judá, cap. 1
II. Chamado ao arrependimento, 2:1-3
III. Ameaças de juízo sobre as nações vizinhas, 2:4-15
IV. “Ai” pronunciado sobre os pecadores de Jerusalém devido à corrupção e à
cegueira espiritual deles, pois insistem na maldade, apesar de todos os juízos
executados sobre as nações pagãs, 3:1-8
V. Predição de um juízo universal, do qual só escapará um remanescente piedoso,
3:8-13
VI. A futura glória de Israel, quando o Senhor libertar seu povo e o tornar famoso
em toda a terra, 3:14-20
4264 - AGEU
Autor: O “profeta do Templo”, nascido provavelmente durante os setenta anos do
cativeiro na Babilônia. Talvez tenha regressado a Jerusalém com Zorobabel. Era colega
de Zacarias, Ed 5:1; 6:14.
Tema principal: Fortes repreensões por causa do descuido para com a construção do
Templo, unidas a alentadoras exortações e promessas aos que estavam comprometidos
com a obra.
Texto-chave: 2:4.
Contexto histórico: O remanescente que havia regressado do Exílio estava mais
preocupado com assuntos próprios e com o embelezamento de suas casas que com a
reconstrução da casa de Deus. A obra estava parada havia anos, 1:4.
SINOPSE
I. Repreensão cortante, mostrando que Deus havia retido suas bênçãos materiais
porque o Templo fora deixado em ruínas, 1:3-11
II. Palavras de ânimo por ocasião da retomada da obra de reconstrução do
Templo, 1:12-15
III. Promessas inspiradoras aos idosos que se entristeciam por causa da
inferioridade da estrutura que edificavam comparada à do Templo de Salomão,
2:3. (O profeta apontou-lhes a manifestação vindoura do poder divino e a aparição do
Messias, quando a glória do Senhor encheria a casa, 2:7-9.)
IV. Recordação de que o povo era indigno de erigir uma casa ao Senhor dos
exércitos, 2:10-14
V. Predições da condenação das nações pagãs e palavras de louvor a Zorobabel,
instrumento escolhido de Deus, 2:20-23
Passagens notáveis, 2:4-9
A presença divina, fortalecedora, v. 4.
O poder divino, que faz estremecer, v. 6.
A glória divina, consoladora, v. 7.
A paz divina, vindoura, v. 9.
4265 - Zacarias
Autor: Zacarias
O filho de Baraquias, 1:1.
Pouco se sabe acerca desse profeta. Foi contemporâneo de Ageu e uniu-se a ele para
animar os judeus a reconstruir o Templo, Ed 6:14.
Ainda era jovem quando começou a profetizar, 2:4.
Na Septuaginta (v. 4215), muitos salmos são atribuídos a Zacarias e Ageu.
Período: Dois meses após a profecia de Ageu (comp. Ag 1:1 com Zc 1:1).
Estilo: Figurativo.
O profeta de visão ampla
Tal como Ageu, viu a condição pecadora e a indiferença espiritual do povo, contra as
quais dirigiu comovedoras exortações, que ajudaram na reconstrução do Templo.
Sua profecia, porém, teve alcance maior. Olhando através dos tempos, viu a chegada do
Messias soberano e o amanhecer de um dia mais brilhante para Sião.
Textos-chave: 1:3; 4:6.
Esperança futura: “Mesmo depois de anoitecer, haverá claridade”, 14:7.
SINOPSE
I. Exortação inicial, 1:1-6
II. Seção I: Série de oito visões, 1:7, 2, 3, 4, 5, 6:15
1. O homem entre as murteiras e os cavalos, 1:7-17
2. Os quatro chifres e os quatro artesãos, 1:18-21
3. O homem com a corda de medir, cap. 2
4. A purificação do sumo sacerdote, cap. 3
5. O candelabro de ouro e as duas oliveiras, cap. 4
6. O pergaminho que voava, 5:1-4
7. A mulher no cesto, 5:5-11
8. As quatro carruagens, 6:1-8; a coroação do sumo sacerdote, 6:10-15
III. Seção II: Resposta à delegação de Betel acerca dos jejuns — ao final, os jejuns
converter-se-ão em festa, caps. 7 e 8
IV. Seção III: Predições acerca de um período da história dos judeus e visão final
do Reino de Deus, caps. 9, 10, 11, 12, 13, 14
Elemento messiânico — o Messias soberano
A primeira vinda, em humildade, 9:9.
O Príncipe de paz, 9:10.
Crucificado, 12:10.
O Pastor esquecido por suas ovelhas, 13:7.
Passagens notáveis
O segredo do êxito em empreendimentos espirituais, 4:6-10.
A vinda do Príncipe de paz, 9:9,10.
A fonte de purificação, 13:1.
4266 - MALAQUIAS
Autor: Nada se sabe acerca da vida desse profeta, exceto o que se encontra no livro.
Talvez tenha sido contemporâneo de Neemias. as condições descritas na profecia
correspondem àquela época.
Estilo: Enérgico e fora do comum. O Senhor é representado como se dialogasse com
seu povo. “Mas vocês perguntam” contrasta com “diz o Senhor dos Exércitos” nos três
primeiros
capítulos.
Tema principal: Descrição vívida do período final da história do AT, que mostra a
necessidade de grandes reformas que preparem o caminho para a vinda do Messias.
Texto-chave: 3:8.
SINOPSE
I. O lado obscuro do panorama
Os pecados de um povo sem honra e ingrato e de um sacerdócio infiel.
1. Roubar a Deus
a) Ao deixar de corresponder ao amor divino, 1:2
b) Ao desonrar o nome de Deus, 1:6
c) Ao apresentar ofertas impuras, 1:7,8,13,14
d) Por causa do mau exemplo, os sacerdotes tornaram-se pedras de tropeço, em vez
de líderes espirituais, 2:1-8
e) Ao honrar pecadores, 2:17; 3:15
f) Ao não dar os dízimos, 3:8
g) Ao justificar a impiedade, 3:14
2. Pecados sociais
a) Tratos enganosos, 2:10
b) Casamentos com incrédulos, 2:11
c) Deslealdade para com a esposa, 2:14-16
d) Feitiçaria, impureza, opressão, 3:5
II. O lado brilhante do panorama
1. Promessas gloriosas
a) A vinda do mensageiro da aliança, 3:1-4
b) O derramamento de uma grande bênção, 3:10-12
c) Os santos serão o tesouro pessoal do Senhor, 3:16-18
d) Ao amanhecer de um novo dia, a justiça triunfará, 4:2,3
e) A aparição de um reformador espiritual antes da vinda do dia do Senhor, 4:5,6
Passagens notáveis, cap. 3
O mensageiro purificador da aliança, v. 1-4.
As bênçãos superabundantes, v. 10.
O tesouro pessoal de Deus, v. 16,17.
4267 - MATEUS
Autor: Mateus
Mateus (também chamado Levi), um dos doze apóstolos, Mc 2:14.
Sem dúvida era judeu e também publicano a serviço de Roma, Mt 10:3.
Quando foi chamado por Jesus, deixou tudo e o seguiu, Lc 5:27,28.
Preparou um grande banquete para Cristo, ao qual o Mestre compareceu, apesar de os
publicanos serem desprezados, Lc 5:29.
Destinatários: Principalmente os judeus. Esse ponto de vista é confirmado pelas
referências às profecias hebraicas, cerca de sessenta, e pelas cerca de quarenta citações
do AT. Ressalta especialmente a missão de Cristo aos judeus, Mt 10:5,6; 15:24.
Palavras-chave: “Cumprimento”, repetida com freqüência para indicar que as profecias
do AT cumpriram-se em Cristo, e “Reino”, que aparece cinqüenta vezes (“Reino dos
céus”, trinta vezes). Jesus como Rei, 2:2; 21:5; 22:11; 25:34; 27:11,37,42.
Propósito: Mostrar que Jesus de Nazaré era o Rei-Messias da profecia hebraica.
Particularidades
Genealogia completa de Cristo, 1:1-17
Incidentes e discursos encontrados somente nesse evangelho
Cap. 2: a visita dos magos, v. 1; a fuga para o Egito, v. 13,14; a matança dos meninos,
v. 16; o retorno a Nazaré, v. 19-23.
Os fariseus e os saduceus vêm a João Batista, 3:7.
O Sermão do Monte (completo), caps. 5, 6, 7.
“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados”, 11:28.
Pedro caminha sobre a água, 14:28-31.
Jesus denuncia os fariseus em longo discurso, cap. 23.
As trinta moedas de prata aceitas por Judas, 26:15.
Cap. 27: a devolução das trinta moedas de prata, v. 3-10; o sonho da esposa de
Pilatos, v. 19; aparição dos santos ressuscitados, v. 52; a guarda no túmulo, v. 64-66.
Cap. 28: o suborno dos soldados, v. 12,13; o terremoto, v. 2; a Grande Comissão, v.
19,20.
Milagres encontrados somente no livro de Mateus
A cura dos dois cegos, 9:28-30.
O dinheiro do tributo, 17:24-27.
Parábolas encontradas somente em Mateus
Cap. 13: o joio, v. 24; o tesouro escondido, v. 44; a pérola de grande valor, v. 45; a
rede, v. 47.
Cap. 18: o servo impiedoso, v. 23.
Cap. 20: os trabalhadores na vinha, v. 1-16.
Cap. 21: os dois filhos, v. 28-32.
Cap. 22: o banquete de casamento, v. 1-14.
Cap. 25: as dez virgens, v. 1-13; os talentos, v. 14-30; as ovelhas e os bodes, v.
31-46.
SINOPSE (do ponto de vista do Reino de Cristo)
O Rei — a história do Messias
Linhagem e nascimento, Cap. 1; busca por ele, 2:2; adoração a ele, 2:11; anúncio de sua
chegada, 3:1-12; sua vitória espiritual, 4:1-11; sua proclamação, 4:17; o chamado dos
seguidores, 4:18-22; suas leis e mandatos, Caps. 5, 6, 7; suas palavras e obras, caps. 8,
9, 10, 11, 12; suas parábolas, cap. 13; o assassinato de seu precursor, 14:1-12; seu poder
sobre as forças da natureza e sobre a doença, 14:14-36; 15:32-39; sua revelação da
insensibilidade do homem e de seus sofrimentos e glória futuros, caps. 16 e 17; sua
instrução acerca dos princípios do Reino, caps. 18, 19, 20; sua entrada triunfal na
capital, rejeição, parábolas e profecias, 21:12—2:14; sua capacidade de frustrar os
complôs dos fariseus e dos saduceus, 22:15-46; sua denúncia contra os líderes, cap. 23;
suas profecias e parábolas relacionadas com o futuro, caps. 24 e 25; eventos que levarão
à sua traição, 26:1-46; seu juízo, 26:75—27:31; sua crucificação, 27:31-50; eventos
imediatos à sua morte, 27:51-56; sua reaparição na terra e comissão aos seus seguidores,
cap. 28.
V. 3695.
4268 - MARCOS
Autor: Marcos
Marcos, filho de Maria, de Jerusalém, At 12:12.
Referido como João Marcos em At 12:25.
Parente de Barnabé, Cl 4:10.
Uniu-se a Paulo e a Barnabé em sua primeira viagem missionária, At 12:25; 13:5.
Afastou-se temporariamente de Paulo, At 13:13; 15:37-39.
Sua amizade com Paulo foi depois restaurada, 2Tm 4:11.
A tradição afirma que Marcos foi companheiro de Pedro, razão por que esse livro é
chamado “O evangelho de Pedro” por alguns escritores antigos.
É geralmente aceito que Pedro tenha proporcionado ou sugerido grande parte do
material encontrado no livro.
Destinatários: Acredita-se que o escritor, ao preparar o livro, tinha em mente os cristãos
gentios. Parece claro que não foi adaptado aos leitores judeus pelo fato de conter poucas
referências às profecias do AT. Ademais, a explicação de palavras e costumes judaicos
indica que o autor visava aos gentios (v. 3:17; 5:41; 7:1-4,11,34).
Tema principal: Cristo, o incansável Servo de Deus e do homem.
A vida de Jesus é descrita como sendo cheia de boas obras. Seu tempo de oração era
interrompido, 1:35-37. Algumas vezes não tinha tempo nem para comer, 3:20. Pelo fato
de atender a contínuos chamados para o serviço, seus amigos diziam que ele estava fora
de si, 3:21. As pessoas o buscavam quando ele queria descansar, 6:31-34.
Palavra-chave: “Imediatamente”, repetida ao longo do livro.
Particularidades
É o mais curto dos quatro evangelhos.
O estilo é vivo e pitoresco. Grande parte do tema também está presente em Mateus e
Lucas, mas não se trata de simples repetição, pois Marcos contém muitos detalhes que
não aparecem nos outros evangelhos.
Tal como o evangelho de João, Marcos também começa com uma declaração da
divindade de Jesus Cristo, sem, contudo, se estender nessa doutrina.
O cuidadoso estudo do livro revelará, sem dúvida, que o objetivo do autor é ressaltar as
obras maravilhosas de Jesus, em vez de testificar sua deidade com afirmações repetidas.
Detalhes singulares encontrados nesse evangelho. “Estava com os animais selvagens”,
1:13; “... aos quais deu o nome de Boanerges”, 3:17; Jesus “ficou indignado”, 10:14;
“Os discípulos estavam admirados”, 10:32; “A grande multidão o ouvia com prazer”,
12:37 etc.
Embora ressalte o poder divino de Cristo, o autor alude com freqüência aos sentimentos
humanos de Jesus. sua decepção, 3:5; seu cansaço, 4:38; seu assombro, 6:6; seus
gemidos, 7:34; 8:12; seu afeto, 10:21.
Mateus olha para trás e ocupa-se principalmente das profecias, visando aos leitores
judeus, e dá muito espaço aos discursos do Senhor.
Marcos é mais condensado. Diz pouco acerca das profecias e apresenta um resumo dos
discursos, mas enfatiza as obras poderosas de Jesus.
Os dezenove milagres registrados em seu curto livro demonstram o poder sobrenatural
do Senhor. Oito provam seu poder sobre as enfermidades, 1:31,41; 2:3-12; 3:1-5; 5:25;
7:32; 8:23; 10:46; cinco demonstram seu poder sobre a natureza, 4:39; 6:41,49; 8:8,9;
11:13,14; quatro demonstram sua autoridade sobre os demônios, 1:25; 5:1-13; 7:25-30;
9:26; dois demonstram sua vitória sobre a morte, 5:42; 16:9.
SINOPSE
I. Eventos introdutórios e preliminares que conduzem ao ministério público de
Cristo, 1:1-13
Já no primeiro capítulo, Marcos submerge abruptamente nesse tema. Começa com o
anúncio de que Jesus é o Filho de Deus, v. 1. Então passa às cinco etapas preparatórias
de sua obra.
1. A vinda do precursor, v. 2-8
2. Seu batismo em água, v. 9
3. Seu enchimento com o poder do Espírito, v. 10
4. O testemunho divino de sua condição de Filho, v. 11
5. O conflito com seu arquiinimigo, v. 12,13
II. Seu ministério inicial na Galiléia, 1:14, 2, 3, 4, 5, 6, 7:23
Marcos omite inteiramente o ministério inicial na Judéia (v. Jo 2:13, 3, 4:2).
III. Fatos ocorridos em Tiro e Sidom, 7:24-30
IV. Ensino e obra de Cristo no norte da Galiléia, 7:31, 8, 9:50
V. Ministério final na Peréia e viagem a Jerusalém, 10:1-52
VI. Acontecimentos da Semana da Paixão, 11:1, 12, 13, 14, 15, 16:8
4269 - LUCAS
Autor: Lucas, o “médico amado” (v. Cl 4:14). Também é o autor de Atos. Ambos os
livros são dirigidos à mesma pessoa.
Lucas foi amigo íntimo e companheiro de viagem de Paulo, como se percebe nas
alusões pessoais encontradas no registro das viagens do apóstolo. No livro de Atos, o
autor às vezes muda o pronome para a primeira pessoa do plural, indicando que estava
presente aos eventos, At 16:10; 20:6; 27:1; 28:16.
Muitos estudiosos enxergam parte da doutrina de Paulo no evangelho de Lucas. A data
é desconhecida. Porém, caso tenha sido escrito depois de Lucas estar sob a influência de
Paulo, seria natural que este contribuísse com algum colorido à narração.
Destinatário: Teófilo, cuja identidade é desconhecida. A evidência interna indica que o
livro foi escrito especialmente para os gentios. Isso se deduz pelo fato de o escritor
esforçar-se para explicar os costumes judaicos e algumas vezes substituir nomes
hebraicos por gregos.
Propósito: Oferecer uma narração coordenada e ordenada da vida de Cristo com base
em testemunhas oculares, 1:1-4.
Texto-chave: 1:4.
Particularidades
É o evangelho da graça universal de Deus, 2:32; 3:6; 24:47
É o evangelho do “Filho do Homem”
Ressalta a amável atitude de Cristo para com os pobres, os humildes e os
marginalizados: os discípulos pobres, 6:20; a mulher pecadora, 7:37; Maria Madalena,
8:2; os samaritanos, 10:33; os publicanos e pecadores, 15:1; os mendigos abandonados,
16:20,21; os leprosos, 17:12; o ladrão na cruz, 23:43 etc.
É o evangelho devocional, que ressalta especialmente a oração Contém três parábolas
sobre a oração que não se encontram nos outros evangelhos: o amigo à meia-noite,
11:5-8; o juiz injusto, 18:1-8; o fariseu e o publicano, 18:9-14.
Contém as orações de Cristo: em seu batismo, 3:21; no deserto, 5:16; antes de escolher
os discípulos, 6:12; na transfiguração, 9:29; antes de dizer a oração do pai-nosso, 11:1;
por Pedro, 22:32; no jardim do Getsêmani, 22:44; na cruz, 23:46 etc.
Os primeiros capítulos expressam alegria e louvor
Alguns dos grandes hinos cristãos foram baseados nesse evangelho: Ave Maria
(palavras do anjo a Maria, 1:28-33); Magnificat (o cântico de Maria, 1:46-55);
Benedictus (de Zacarias, 1:68-79); Gloria in excelsis (dos anjos, 2:13,14); Nunc dimitis
(o regozijo de Simeão, 2:29-32).
Honra à mulher
A mulher tem lugar preeminente na narrativa de Lucas. No capítulo 1, Maria e Isabel;
no capítulo 10, Maria e sua irmã Marta; as “filhas de Jerusalém”, 23:27. Também
menciona muitas viúvas, 2:37; 4:26; 7:12; 18:3; 21:2.
A biografia mais completa de Cristo
Cerca de metade do material do livro é inédito. Muitos dos mais importantes discursos
de nosso Senhor e dos impressionantes incidentes de sua vida estão registrados nesse
evangelho.
Exemplos: a pesca milagrosa, 5:6; a ressurreição do filho da viúva, 7:11-15; os dez
leprosos, 17:12; a cura de Malco, 22:51. (Quanto às parábolas narradas somente em
Lucas, v. 2996.)
Outros incidentes e relatos que somente Lucas registra. Cristo chora sobre Jerusalém,
19:41; referência a Moisés e Elias falando com Cristo no monte da Transfiguração,
9:30,31; o suor como gotas de sangue, 22:44; Cristo perante Herodes, 23:8; palavras de
Cristo às mulheres de Jerusalém, 23:28; o ladrão arrependido, 23:40; o caminho para
Emaús, 24:13-31.
SINOPSE
I. Introdução, 1:1-4; nascimento de Jesus e os incidentes relacionados com seus
primeiros anos de vida até seu batismo e a tentação, 1:5, 2, 3, 4:13
II. Início de seu ministério público, principalmente na Galiléia, 4:14, 5, 6, 7, 8, 9:50
III. Viagem a Jerusalém, através de Samaria e da Peréia; ministério na Peréia,
9:51, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19:28
IV. Seus últimos dias, incluindo os eventos da Semana da Paixão e a crucificação,
19:29, 20, 21, 22, 23:55
V. Eventos relacionados com sua ressurreição e ascensão, 24:1-51
4270 - JOÃO
Autor: João, o apóstolo (v. 1985).
Data: Incerta, provavelmente na última parte do século I.
Propósito: Inspirar a fé em Jesus Cristo como Filho de Deus.
Texto-chave: 20:31.
Particularidades
É considerado o livro mais profundo e espiritual da Bíblia
Nele, Cristo dá a revelação mais completa de si mesmo e de Deus Pai, sem paralelo nos
sinóticos
De sua pessoa e seus atributos (v. “Os eu sou de Cristo”, 4180).
De sua divindade, 1:1; 10:30-38; 12:45; 14:7-9; 16:15.
Da obra do Espírito Santo (v. 4159).
De sua comissão. Por exemplo, no capítulo 5, declara seis vezes consecutivas ter sido
enviado por Deus (v. 23,24,30,36-38).
Da paternidade de Deus. Cristo fala de Deus como “o Pai” mais de cem vezes. Deus é o
Pai espiritual, 4:23; o Pai é o doador da vida, 5:21; a mensagem é do Pai, 7:16; o Pai é
“maior do que todos”, 10:29; as obras são do Pai, 14:10; Deus é o Pai interior, 14:23; o
Pai eterno, 17:5; o Pai santo, 17:11; o Pai justo, 17:25 etc.
Talvez a mais notável das características
O evangelho de João distingue-se pelo fato de que mais da metade do livro seja
dedicada a eventos da vida de Cristo e suas palavras nos seus últimos dias.
Discursos e conversas encontrados somente em João
A conversa com Nicodemos, 3:1-21; com a mulher de Samaria, 4:1-26.
O discurso aos judeus na Festa dos Tabernáculos, 7:14-39; 8:3-58; a parábola do bom
pastor, cap. 10; instruções privadas aos discípulos, palavras de consolo e a oração
intercessora, caps. 14, 15, 16, 17; o encontro com os discípulos no mar da Galiléia, cap.
21 etc.
João registra oito milagres de Cristo (além do milagre da ressurreição) para provar sua
divindade.
Seis desses milagres encontram-se apenas nesse evangelho: a água transformada em
vinho, 2:1-11; a cura do filho do oficial do rei, 4:46-54; a cura do homem no tanque,
5:1-9; o cego de nascimento, 9:1-7; a ressurreição de Lázaro, cap. 11; a segunda pesca
milagrosa, 21:1-6.
Duas grandes correntes de pensamento fluem através do livro, as quais é proveitoso
seguir
1. Fé, 3:16-18; 5:24; 6:29,40; 7:38; 8:24; 10:37,38; 11:25-27; 12:46; 14:12.
2. Vida eterna, 3:15,16,36; 4:14; 5:24; 6:27,51; 11:26; 12:50; 17:3; 20:31.
SINOPSE
I. Prólogo
O Verbo eterno encarna-se, 1:1-18
II. Manifestação da divindade de Cristo ao mundo, acompanhada de seis
testemunhos. o de João Batista, o do Espírito Santo, o dos discípulos, o das obras
poderosas de Cristo, o do Pai e o das Escrituras, 1:19, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,
12:50
III. Revelação particular e instruções aos discípulos, caps. 13, 14, 15, 16, 17
IV. Sua humilhação e seu triunfo sobre a morte, caps. 18, 19, 20
V. Epílogo, 21:1-23
V. 4312 e 4327.
4271 - ATOS DOS APÓSTOLOS
(V. 4339.)
O livro é, em certo sentido, uma continuação do Evangelho de Lucas e está dirigido à
mesma pessoa, Teófilo, 1:1.
Autor: Lucas, o “médico amado” (v. 2297).
Tema principal: A história do desenvolvimento da igreja primitiva desde a ascensão de
Cristo até o encarceramento de Paulo em Roma e o início de seu ministério ali. Muitos
estudiosos vêem nesse livro o início formal da era do Espírito Santo. Ao partir, Cristo
anunciou uma grande campanha de missões por todo o mundo com a mediação humana
sob o poder do Espírito, 1:8.
SINOPSE
O livro pode ser dividido em duas partes. o período das missões locais e o período das
missões estrangeiras.
I. Período das missões locais
Jerusalém é o centro. A obra concentra-se principalmente na Palestina, entre os judeus,
sendo o apóstolo Pedro a figura preeminente.
1. Os acontecimentos preparatórios
a) A comissão divina, 1:4-8
b) A ascensão do Senhor, 1:10,11
c) A descida do Espírito, 2:1-4
d) O equipamento dos obreiros, 2:4; 4:31
2. Os ministérios
a) De Pedro, no Pentecoste, 2:14-40; o segundo sermão de Pedro, 3:12-26; Pedro no
Sinédrio, 4:5-12
b) De Estêvão, 7:1-60
c) De Filipe e Pedro, 8:5-25
d) De Filipe, 8:26-40
3. Atos acerca da igreja
a) Seu crescimento (v. 1769)
b) Sua plenitude do Espírito Santo, 4:31
c) Sua unidade e benevolência, 4:32-37
d) Seu poder espiritual, 5:12-16
e) A eleição dos diáconos, 6:1-6
4. As perseguições à igreja, 4:1-3,17-22; 5:17,18,40; 6:8-15
Perseguições sob Saulo de Tarso, 8:1-3; 9:1
II. O período das missões estrangeiras
O centro de operações, inicialmente em Jerusalém, é transferido pouco depois para
Antioquia da Síria.
1. Acontecimentos preliminares que levaram às missões por todo o mundo
a) O ministério de Filipe em Samaria, em companhia de Pedro e João, 8:5-25
b) A conversão de Paulo, que veio a ser o grande missionário e a figura preeminente da
igreja nesse período, 9:1-30
c) A ampliação dos pontos de vista de Pedro por causa de sua visão em Jope, resultando
em seu ministério entre os gentios de Cesaréia, 10:1-43
d) O derramamento do Espírito Santo sobre os gentios de Cesaréia e a defesa do
ministério de Pedro ali, 10:44—11:18
e) Ratificação da obra em Antioquia por Barnabé, representante da igreja de Jerusalém,
11:22-24
f) Saulo de Tarso levado por Barnabé a Antioquia. Os dois cooperam no
estabelecimento da igreja, no lugar em que os discípulos foram chamados cristãos pela
primeira vez, 11:25,26
g) Parêntese. Perseguição à igreja de Jerusalém por Herodes; morte de Tiago;
encarceramento e libertação de Pedro, 12:1-19
2. O acontecimento da época na história das missões estrangeiras Sob a direção do
Espírito Santo, Paulo e Barnabé são enviados como missionários pela igreja de
Antioquia; João Marcos os acompanha, 13:1-5
3. Primeira viagem missionária de Paulo
a) Missionários: Paulo, Barnabé e João Marcos, 13:4—14:26
b) Lugares visitados e eventos principais: ilha de Chipre, onde o procônsul se converte e
o nome de Saulo é mudado para Paulo no livro de Atos, 13:4-12; Perge e Panfília, onde
João Marcos abandona o grupo, 13:13; Antioquia da Pisídia, onde Paulo prega um
grande sermão na sinagoga, 13:14-41; oposição dos judeus e a obra entre os gentios,
13:44-49; expulsos da cidade pelos judeus, os missionários vão para Icônio, onde
trabalham algum tempo — mas surge uma perseguição, e eles fogem para Listra e
Derbe, 14:6; a cura de um paralítico em Listra leva o povo a querer adorar Paulo e
Barnabé, mas os judeus levantam oposição, e Paulo é apedrejado — imperturbáveis, os
dois heróis escapam para Derbe, onde pregam o evangelho e ensinam a muitos, 14:8-20;
desse ponto, os missionários retornam pela mesma rota, visitando e organizando as
igrejas, e em Antioquia da Síria apresentam o relatório da viagem, 14:21-28
4. O Concílio de Jerusalém
a) O assunto em pauta, 15:5,6
b) O argumento de Pedro a favor da liberdade cristã, 15:7-11
c) Paulo e Barnabé relatam suas experiências, 15:12
d) Palavras de Tiago e a decisão do concílio a favor de eximir os gentios das regras da
Lei, 15:13-29; os apóstolos enviam Judas e Silas a Antioquia como portadores da carta
do concílio à igreja, 15:27-30
5. Segunda viagem missionária de Paulo
a) Eventos preliminares: desacordo entre Paulo e Barnabé acerca de João Marcos; Silas
é escolhido por Paulo para acompanhá-lo na viagem, 15:36-40
b) Lugares visitados e principais eventos: visita às igrejas da Síria e Cilícia, 15:41; em
Listra, Timóteo une-se aos missionários, que visitam várias cidades da Ásia Menor,
fortalecendo as igrejas, 15:41—16:5; o Espírito guia-os a Trôade, onde Deus os
convoca à Europa por meio de uma visão, 16:7-10; em Filipos, as autoridades
encarceram Paulo e Silas — o carcereiro se converte, e os apóstolos estabelecem uma
igreja, 16:12-34; o acontecimento mais importante a seguir é a fundação da igreja em
Tessalônica, onde se levanta a perseguição, e eles vão para Beréia, 17:1-10; em Beréia,
os missionários encontram alguns fiéis estudantes da Palavra, que são receptivos,
17:11,12; uma tormenta de perseguições abate-se novamente sobre eles, e Paulo vai
para Atenas, deixando o estabelecimento da igreja a cargo de Silas e Timóteo, 17:13-15;
em Atenas, Paulo encontra a cidade cheia de ídolos e prega um sermão na colina de
Marte, mas poucos se convertem à fé, 17:15-34; em Corinto,
Silas e Timóteo unem-se a Paulo e fundam uma igreja — a obra é levada a cabo em
meio a perseguições que duram dezoito meses, 18:1-17; após um tempo considerável,
Paulo despede-se dos irmãos e parte para a Síria, fazendo breve escala em Éfeso, e
termina a viagem em Antioquia, 18:18-22
6. Terceira viagem missionária de Paulo
Lugares visitados e eventos principais: visita às igrejas na Galácia e na Frígia, 18:23;
parêntese. Apolo em Éfeso, 18:24-28; Paulo regressa a Éfeso e encontra um grupo de
discípulos ainda não perfeitamente instruídos e dirige-os à vida plena do Espírito, 19:1-
7;continua a obra em Éfeso durante dois anos, 19:8-10; o Senhor mostra-lhe que aprova
o trabalho, outorgando-lhe o dom de curar, 19:11,12; os pecadores convertem-se, e
muitos queimam seus livros de magia, 19:11-20; logo se levanta um alvoroço entre os
artífices, pois estes temem que os ensinos de Paulo arruínem a indústria dos ídolos,
19:23-41; Paulo sai de Éfeso e, depois de visitar as igrejas da Macedônia, vai para a
Grécia, 20:1,2; depois de três meses na Grécia, regressa à Macedônia e vai para Trôade,
onde prega, 20:3-12; de Trôade, vai para Mileto e manda chamar os anciãos efésios; em
Mileto, entrega uma mensagem de despedida aos anciãos, 20:17-38; de Mileto, inicia a
viagem de regresso a Jerusalém, advertido pelo Espírito dos sofrimentos que ali o
aguardam, 21:1-17
7. Paulo em Jerusalém e em Cesaréia
a) Relato à igreja das experiências de seu ministério entre os gentios, 21:18-20
b) Para evitar suspeitas, faz um voto, 21:20-26
c) Os judeus lançam mão dele no Templo, mas os soldados romanos o resgatam,
21:27-40
d) Sua defesa diante da multidão, 22:1-21
e) Declara sua cidadania romana a fim evitar ser açoitado, 22:25-30
f) Comparece perante o Sinédrio, 23:1-10
g) O Senhor aparece-lhe de noite com uma mensagem de ânimo, 23:11
h) A conspiração de alguns judeus para matá-lo provoca seu envio a Cesaréia,
23:12-33
i) Acusação contra ele pelos judeus e sua defesa perante o governador Félix, 24:1-21
j) Discurso perante Félix acerca de sua fé em Cristo, 24:24-26
k) Defesa perante Festo e o apelo a César, 25:1-12
l) Discurso perante Agripa, 26:1-29
8. A viagem de Paulo, como prisioneiro, a Roma
a) Primeira etapa da viagem, 27:2-13
b) A tempestade e a fortaleza espiritual de Paulo, 27:14-36
c) O naufrágio e o livramento, 27:38-44
d) As experiências na ilha de Malta, 28:1-10
e) A chegada a Roma e seu ministério ali, 28:16-31
4272 - ROMANOS
Autor: O apóstolo Paulo.
Destinatários: Os cristãos romanos, 1:7.
Textos-chave: 1:16; 5:1.
Temas principais: O plano da salvação — a justificação pela fé e a santificação por
meio do Espírito Santo (caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11); exortações, principalmente
acerca dos deveres cristãos (caps. 12, 13, 14, 15, 16).
Um argumento poderoso
O apóstolo prova que o ser humano está rodeado de três muros insuperáveis.
1. O muro da culpabilidade universal, caps. 1, 2, 3.
2. O muro das tendências pecaminosas e das concupiscências carnais, 7:15-24.
3. O muro da eleição soberana de Deus, 9:7-18.
Contudo, em meio ao argumento de que é terrível a situação do homem natural, ele
acentua as portas da misericórdia divina mediante a provisão do plano de salvação,
através das quais todos os que desejam podem escapar dos iminentes juízos de Deus.

Cadeia-chave: Para mostrar a corrente de pensamento, 1:16; 3:22,23,28; 4:3; 5:1,18;
9:31,32; 10:3,4,6-9.
O desenho mostra os muros de separação e as portas de escape, segundo o argumento
do apóstolo.
SINOPSE
I. O plano da salvação
1. Sua necessidade, fundamentada na culpabilidade universal da humanidade
a) Do mundo dos gentios, 1:18—2:16
b) Do mesmo modo os judeus, sob a condenação da Lei, 2:17—3:20
c) Todos são pecadores, 3:23
2. Seu método, justificação ou justiça pela fé, 3:21-28
a) É universal, 3:29,30
b) Honra a Lei, 3:31
3. Ilustrado na vida de Abraão, cap. 4
a) Independente das obras, v. 1-6
b) Independente das ordenanças, v. 9-12
c) Separado da lei, v. 13-25
4. Suas bênçãos tornam-se efetivas por meio do amor de Deus, manifestado no
sacrifício de Cristo, 5:1-11
5. Explica o alcance do dom gratuito da salvação, 5:12-21
6. O dom gratuito não estimula a prática do pecado, pelo contrário, requer a crucificação
da natureza corrupta do homem e uma vida de serviço santo a Deus, 6:1-23
7. Luta com as tendências pecaminosas e os desejos da carne, cap. 7
Se Paulo se refere às próprias experiências antes ou depois de sua conversão, é uma
questão que divide os estudiosos da Bíblia. Todos, entretanto, concordam em que o
texto descreve vividamente o que ocorre no coração humano, 7:7-24.
8. Descrição culminante do plano da salvação, cap. 8
A nova vida espiritual de liberdade e justiça por meio da fé em Cristo. Esse é um dos
grandes capítulos espirituais da Bíblia — o Espírito Santo é mencionado dezenove
vezes.
9. Parêntese. A grande preocupação de Paulo pelo seu povo, 9:1-5
10. O mistério da eleição divina e o trato de Deus com Israel
a) Privilégios especiais de Israel, 9:4,5 (v. 3:1,2)
b) Distinção entre os descendentes naturais e espirituais de Abraão, 9:6-13
c) O mistério da soberania divina, 9:14-24
d) Os profetas predisseram o fracasso dos judeus em viver de acordo com seus
privilégios; o chamado aos gentios e sua aceitação ao plano divino de justificação pela
fé, 9:25-33
11. A má interpretação que os judeus fizeram do plano divino resultou na justiça
própria, 10:1-3
12. Explicação do plano de salvação pela fé e promulgação de sua aplicabilidade
universal, 10:4-18
13. Relacionamento entre Deus e Israel, 10:19—11:12
14. Os gentios são advertidos a não se gabar de seus privilégios e a cuidar para não cair
em condenação, 11:13-22
15. Profecia da restauração de Israel e declaração de que os mistérios de Deus são
insondáveis, 11:23-36
II. Parte prática
Contém principalmente exortações e instruções acerca dos deveres cristãos, caps. 12,
13, 14, 15, 16.
1. Cap. 12
Esse capítulo apresenta um dos melhores resumos dos deveres cristãos encontrados nas
Escrituras. Pode-se obter um estudo mais completo consultando os temas à margem
desse capítulo nesta Bíblia.
2. Cap. 13
a) Deveres cívicos e sociais, v. 1-10
b) O dever de viver na luz, v. 11-14
3. Deveres para com o fraco, 14:1—15:7
a) Não devemos julgá-lo, 14:1-13
b) Devemos ter cuidado em não ofendê-lo, 14:15-23
c) Devemos ajudá-lo, e não agradar a nós mesmos, 15:1-7
4. Pensamentos finais, experiências pessoais e saudações
a) Razões para dar graças da parte dos gentios e a propagação do ministério do apóstolo
entre eles, 15:8-21
b) O desejo de Paulo de visitar Roma e suas saudações a vários amigos cristãos,
15:22—16:16
c) Palavras finais e bênção, 16:17-27
MUROS DE SEPARAÇÃO
4273 - 1Coríntios
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Contexto histórico: A igreja de Corinto foi fundada por Paulo em sua segunda viagem
missionária. Essa igreja havia sido contaminada com os males que a rodeavam, pois
Corinto era uma cidade licenciosa. Os gregos estavam orgulhosos de seus
conhecimentos e de sua filosofia, mas ao mesmo tempo eram muito imorais. Eram
especialmente amantes da oratória.
É evidente que Apolo, judeu cristão eloqüente que chegara a Corinto, havia conquistado
a admiração dos cristãos gregos, At 18:24-28.
Esse fato levou-os a fazer comparações entre Apolo, com sua eloqüência e persuasão, e
outros líderes religiosos — especialmente com Paulo, cuja aparência física, ao que
parece, não era impressionante (v. 2Co 10:10). Talvez tenha sido essa a causa das
divisões na igreja, 1Co 1:11-13.
O desejo de purificar a igreja das facções espirituais e da imoralidade foi o que motivou
Paulo a escrever a carta.
Tema principal: A purificação da igreja de falsos conceitos do ministério, de orgulho
intelectual, de males sociais e outras irregularidades, caps. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11.
Cadeia-chave: Os falsos conceitos de ministério, 1:12-17; 3:4-7,21,22; 4:6,7.
SINOPSE
I. A purificação da igreja
1. Saudação, 1:1-9
2. A necessidade de purificar a igreja das divisões parciais, do culto aos homens e do
gloriar-se na sabedoria mundana, 1:10-31
3. O ministério exemplar de Paulo Ele não tentava mostrar sabedoria mundana,
simplesmente declarava a sabedoria de Deus em mensagens reveladas pelo Espírito
Santo, 2:1-16
4. A disputa por causa dos líderes é sinal de imaturidade e carnalidade, 3:1-8
5. O verdadeiro ministério
O ministro deve ser visto:
a) Como despenseiro da verdade, 3:1,2
b) Como jardineiro, 3:6-8
c) Como colaborador de Deus, 3:9
d) Como formador de caráter, 3:10
e) Como servo confiável, 4:1,2
f) Como sofredor por causa do nome de Cristo, 4:9-13
g) Como exemplo, 4:16,17
h) Como administrador da disciplina, 4:18-21
6. O dever de purificar a igreja
a) Da imoralidade, 5:1-13
b) Das disputas, 6:1-8
c) Os crentes, como membros do corpo de Cristo e templo do Espírito Santo, devem
purificar-se de toda sensualidade, 6:9-20
7. A santificação do matrimônio e de todas as relações sexuais e as supremas aspirações
da vida espiritual, 7:1-40
8. Os ideais cristãos exigem o sacrifício de certos direitos e privilégios para o bem do
ignorante e do fraco (p. ex., comer carne que tenha sido oferecida a ídolos, 8:1-13)
9. O exemplo de Paulo, ao renunciar a certos direitos e liberdades para ganhar as
pessoas para Cristo, 9:1-27
10. O exemplo de infidelidade de Israel é uma advertência para a igreja, 10:1-15
11. A comunhão nos elementos da ceia do Senhor requer separação de associações
mundanas, 10:16-21
12. A influência cristã deve ser cautelosa quanto a comidas e bebidas, 10:23-33
13. Os costumes sociais devem ser observados quanto às vestes, 11:1-16
14. A purificação da igreja quanto a desordens acerca da ceia do Senhor e a observância
devida, 11:17-34
II. Instrução doutrinária e conselhos
1. Acerca da diversidade dos dons espirituais, 12:1-31
2. A preeminência do amor, 13:1-13
3. A preeminência da profecia sobre o dom de línguas e a importância da ordem nas
reuniões públicas, 14:1-40
4. A doutrina da ressurreição, 15:1-58
5. Instruções finais e saudações, 16:1-24
4274 - 2CORÍNTIOS
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Tema principal: Embora pareça oculto, infere-se do texto que Paulo tinha em mente,
enquanto escrevia, a pretensão de defender seu apostolado.
Ambas as cartas aos coríntios indicam a existência nessa igreja de alguém que pretendia
desacreditar o ministério e a autoridade de Paulo. Percebe-se essa tendência nos textos
da cadeia-chave (v. abaixo).
Conteúdo: É uma das cartas mais pessoais de Paulo, na qual ele fala principalmente de
seu ministério e abre o coração, revelando seus motivos, sua paixão espiritual e seu
entranhável amor pela igreja.
Cadeia-chave: 3:1; 5:12; 7:2; 10:2,3; 11:5,6; 12:11; 13:3.
SINOPSE
Não há divisões definidas de pensamento na carta, mas o tema pode ser classificado sob
três títulos.
I. As características do ministério do apóstolo
1. Consolador, 1:4-7; 7:7,13
2. Sofrido, 1:5-9; 4:8-12; 5:4; 6:4-10; 7:5; 11:24-28; 12:7-10
3. Sincero, 1:12; 2:17; 4:2; 7:2
4. Constante, 1:17-19; 4:1,16
5. Interessado, 2:3,4; 7:7,8; 11:2,3; 12:20,21
6. Triunfante, 2:14; 4:8,9; 12:10
7. Abnegado, 4:5,11,15; 5:13; 11:7,9
8. O amor a Cristo é o motivo predominante, 4:11; 5:14
9. Espiritual, 4:18; 5:16; 10:4
10. Persuasivo, 5:11,20; 6:1; 10:1,2
11. Reconciliador, 5:19-21
12. Demonstrado em seriedade, nas aflições e nas boas obras, 5:13; 6:4-10; 12:12
13. Autoritário, 10:1-11
14. Auto-sustentado, 11:9 (v. 2262).
II. Exortações e instruções acerca da generosidade, caps. 8 e 9
III. O apostolado de Paulo
1. Desacreditado por alguém da igreja, 10:7-10; 12:11; 13:3
2. Sua autoridade, 2:9; 13:2
3. Autenticado
a) Pelo Senhor, 1:1,21,22; 3:5,6; 4:6
b) Por um sofrimento sem igual pela causa de Cristo, 6:4-10; 11:23-27
c) Pelas revelações maravilhosas que recebeu, 12:1-5
d) Pelas grandes obras que realizou, 12:12
Passagens notáveis
O ministério ideal, 4:1-18.
O triunfo sobre a morte, 5:1-9.
O chamado à separação do mundo, 6:14-18.
A lista dos sofrimentos que Paulo suportou, 11:24-33.
4275 - Gálatas
A carta magna da igreja
Essa carta é chamada assim por alguns escritores. O principal argumento é a defesa da
liberdade cristã em oposição ao ensino dos judaizantes. Esses falsos mestres insistiam
em que a observância das cerimônias da Lei era parte essencial do plano de salvação.
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente 55-60 a.C.
Destinatários: As igrejas da Galácia, região da Ásia Menor, cujos limites não podem
ser determinados com segurança.
Temas principais: A defesa da doutrina da justificação pela fé, advertências contra a
reversão ao judaísmo e a vindicação do apostolado de Paulo.
Texto-chave: 5:1.
Cadeia-chave: Para mostrar a corrente de pensamento, 1:6; 2:11-16; 3:1-11; 4:9-11;
5:1-7; 6:15.
Palavras-chave: “Fé”, “graça”, “liberdade” e “cruz”.
SINOPSE
I. Saudação e introdução, 1:1-9
II. Narrativa das experiências de Paulo em apoio à alegação de ser detentor do
verdadeiro apostolado
1. O evangelho que prega foi recebido diretamente de Cristo, por revelação, quando ele
era judeu fervoroso e perseguia a igreja, 1:10-16
2. Por vários anos, permaneceu longe da igreja em Jerusalém e trabalhou
independentemente dos outros apóstolos, 1:17-23
3. Esteve sob a direção divina em seu labor entre os gentios, e no caso de Tito, um
grego, havia insistido em que ficasse livre da observância da lei cerimonial, 2:1-5
4. A igreja em Jerusalém respaldou seu apostolado e seu trabalho entre os gentios, 2:7-
10
5. Não vacilou em repreender Pedro, Barnabé e outros judeus cristãos quando viu que
estavam cedendo a tendências cerimoniais, 2:11-14
III. A defesa da doutrina da justificação pela fé sem as obras da Lei
1. Ao mostrar a insensatez dos judeus cristãos que abandonavam a nova fé e sua luz e
regressavam ao legalismo, 2:15-21
2. Ao apelar para as anteriores experiências espirituais dos gálatas, 3:1-5
3. Ao mostrar que Abraão foi justificado pela fé, 3:6-9
4. Ao mostrar que a Lei, além de não ter poder de redenção, trouxe uma maldição ao
desobediente, da qual Cristo redimiu os crentes, 3:10-14
5. Ao provar que a Lei não cancelava o pacto da salvação pela fé, 3:15-18
6. Ao indicar que a Lei, como guia, tinha o propósito de conduzir a Cristo, 3:19-25
7. Ao mostrar os prejuízos dos que renunciam à fé em Cristo e voltam ao legalismo
a) Perda da bênção de sua herança como filhos de Deus e retorno ao cativeiro do
cerimonialismo, 3:26—4:11
b) Perda do sentido da apreciação das obras realizadas a favor deles, 4:11-16
c) Risco de se converterem em filhos de Abraão segundo a carne, em vez de se tornarem
filhos da promessa, 4:19-31
d) Perda da liberdade espiritual. também tornam sem efeito o sacrifício de Cristo por
eles, 5:1-6
IV. Advertências, instruções e exortações
1. Advertências acerca dos falsos mestres e do mau uso da liberdade, 5:7-13
2. Exortações acerca da vida espiritual
a) O conflito entre a carne e o espírito, 5:17,18
b) As obras da carne excluem do Reino de Deus, 5:19-21
c) O fruto do Espírito deve manifestar-se na vida cristã, 5:22-26
3. Características da vida espiritual
a) Ajudar e levar as cargas, 6:1,2
b) Humildade, exame de consciência, confiança em si mesmo e benevolência, 6:3-6
c) A lei da semeadura e da colheita também se aplica no reino moral, 6:7,9
4. Contraste entre a doutrina dos falsos mestres e a de Paulo
A primeira gloria-se nos ritos cerimoniais e nas marcas da carne; a segunda, na cruz e
nas marcas do Senhor Jesus, 6:12-17
4276 - EFÉSIOS
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente escrita em Roma entre 60 e 64 d.C.
O ministério de Paulo em Éfeso
Sua primeira visita, At 18:18-21; em sua segunda visita, o Espírito Santo foi dado aos
crentes, At 19:2-7; continua seu trabalho com êxito extraordinário, At 19:9-20; seu
conflito com os artífices, At 19:23-41; sua palavra aos anciãos efésios, At 20:17-35.
Contexto histórico: Os judeus convertidos nas igrejas primitivas inclinavam-se ao
exclusivismo e à separação dos irmãos gentios. Essa situação pode ter motivado o
apóstolo a escrever essa carta, cuja idéia fundamental é a unidade cristã.
Texto-chave: 4:13.
Cadeia-chave: Para mostrar a corrente de pensamento, 1:10; 2:6,14-22; 4:3-16.
Tema principal: A unidade da igreja, especialmente entre os crentes judeus e gentios.
Percebe-se essa intenção pela ocorrência...
Das palavras “com” e “juntos”, 1:10; 2:6; 2:22.
Da palavra “um” — “um novo homem”, 2:14,15; “em um corpo”, 2:16; “um só
Espírito”,
2:18; “a esperança [...] é uma só”, 4:4; “um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só
Deus e Pai de todos”, 4:5,6.
Outras palavras e frases repetidas
“Em Cristo/ Jesus”, 1,3,12,20; 2:10,13; 3:11; 4:21.
“Nas regiões/ Nos lugares celestiais”, 1:3,20; 2:6; 3:10.
“Riqueza(s)” da graça, 1:7; 2:7; gloriosa(s), 1:18; 3:16; de Cristo, 3:8.
SINOPSE
I. A igreja e o plano de salvação
Nota: Ao discutir o plano de salvação nas diferentes epístolas, Paulo varia a ênfase. Em
Romanos, ele o faz firmado sobre a fé sem as obras; em Gálatas, sobre a fé sem as
observâncias cerimoniais; em Efésios, sobre a unidade dos crentes.
1. Saudação, 1:1,2
2. A origem divina da igreja, 1:3-6
3. O plano de salvação
a) Por meio da obra redentora de Cristo, 1:7,8
b) Seu alcance é universal, 1:9,10
c) Garante rica herança espiritual, 1:11-14
d) Oração para que os crentes sejam iluminados quanto às riquezas de suas provisões,
1:15-23
e) Ressurreição espiritual longe do pecado e exaltação do crente aos lugares celestiais
2:1-6
f) Essa exaltação depende inteiramente da graça, não das obras, 2:7-10
g) Inclui os gentios, que estavam separados de Deus, mas foram aproximados por
causa do sangue de Cristo, 2:11-13
h) Remove todas as barreiras entre judeus e gentios, unindo-os em um corpo para
habitação do Espírito Santo, 2:14-22
i) Os mistérios do propósito divino são revelados a Paulo; sua designação como
apóstolo aos gentios, 3:1-12
j) Segunda oração de Paulo pela plenitude espiritual da igreja e sua iluminação acerca
do amor incomparável de Cristo, 3:14-21
II. Aplicação prática
Propósito do plano divino no que se refere à igreja
1. A unidade dos crentes
a) No Espírito, 4:1-3
b) As sete unidades mencionadas, 4:4-6
c) A diversidade de dons e a unidade do corpo de Cristo, 4:7-16
2. A vida cristã conseqüente, o andar dos crentes
a) Não como os pecadores, 4:17-21
b) Em uma nova vida, abandonando os pecados passados, 4:22-32
c) Andar em amor e pureza, 5:1-7
d) Andar na luz, 5:8-14
e) Andar com cuidado, cheios do Espírito, 5:15-21
3. A vida no lar
a) Deveres do esposo e da esposa, 5:22,23
b) Deveres dos filhos, dos pais, dos servos, e dos senhores, 6:1-9
4. A luta espiritual
a) A fonte de fortaleza, 6:10
b) A armadura e os inimigos, 6:11-18
5. Palavras finais e bênção, 6:19-24
Passagens notáveis
Orações de Paulo pela igreja, 1:16-23; 3:14-21.
A unidade cristã, 4:3-16.
A armadura espiritual, 6:10-17.
4277 - FILIPENSES
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente escrita em Roma entre 60 e 64 d.C.
A igreja: A igreja filipense era ideal em muitos sentidos. Era também agradecida e
bondosa (v. 4:15,16; 2Co 8:2).
Foi fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária, em meio a uma tempestade
de perseguições. No início, a obra limitava-se a umas poucas mulheres que se reuniam
perto do rio. Lídia, vendedora de púrpura, foi a primeira convertida, mas logo se uniram
a ela o carcereiro de Filipos e sua família. Estes, e talvez uns poucos mais, formavam o
núcleo da igreja (v. At 16:12-40).
Características: Expressa amor espiritual à igreja e é plena de carinho e gratidão.
Escrita em circunstâncias difíceis, enquanto Paulo estava prisioneiro. Ressalta a vitória
e a alegria na oração, 1:4; no evangelho, 1:18; na comunhão cristã, 2:1,2; nos sacrifícios
pela causa, 2:17,18; no Senhor, 3:1; no cuidado pela igreja, 4:10.
Mensagem central: Jesus Cristo.
Como a fonte do fruto espiritual, 1:11.
Como o tema da pregação, 1:18.
Como a motivação maior do serviço cristão, 1:20,21.
Como exemplo perfeito, 2:5-11.
Conhecê-lo é o prêmio supremo pelo qual devemos lutar, 3:7-14.
Aparência: o corpo dos crentes será semelhante ao dele, 3:20,21.
Seu poder é ilimitado na vida do crente, 4:13.
O canal da provisão divina para cada necessidade, 4:19.
SINOPSE
I. Saudação 1:1-7
II. Declaração pessoal
O apóstolo revela sua vida interior e sua atitude perante a igreja.
1. Seu interesse profundo pelo desenvolvimento espiritual, 1:8-11
2. A certeza de que suas cadeias são uma bênção para muitos, 1:12-19
3. Sua esperança e o desejo de que, qualquer que seja o resultado de seu
encarceramento, Cristo será exaltado, pela sua vida ou pela sua morte, 1:20
4. Sua compreensão da bênção da morte para o crente Não obstante, ao sentir que sua
obra não está terminada, espera visitar a igreja filipense uma vez mais, 1:21-25.
5. Seu interesse principal é que a igreja permaneça fiel em meio à perseguição, 1:27-30
III. Exortações acerca da vida e do caráter cristãos
1. A unidade, a humildade e o esquecimento de nós mesmos, 2:1-4
2. Buscar a mente de Cristo, 2:5-13
3. Cooperar com Deus, ocupando-nos de nossa salvação pessoal e vivendo como seus
filhos irrepreensíveis num mundo de maldade, 2:12-16
IV. Recomendação do apóstolo e de seus mensageiros, Timóteo e Epafrodito,
2:19-30
V. Advertências contra os judaizantes, 3:1-3
VI. Narrativa das experiências do apóstolo
1. Judeu privilegiado e fervoroso, considerava agora esterco todos os valores da justiça
da Lei, a fim de aceitar a justiça pela fé em Cristo, 3:4-9
2. Sua ambição suprema era conhecer a Cristo, participar de sua ressurreição e alcançar
o alvo final. o caráter semelhante ao de Cristo, 3:10-14
VII. Outras exortações à igreja
1. Seguir o exemplo apostólico, 3:15-17
2. Ter cuidado dos inimigos da cruz, 3:18,19
3. Ser cidadãos do céu e esperar a grande transformação na vinda do Senhor, 3:20,21
4. Manter a firmeza, a unidade, a ajuda, a gentileza; estar livres do afã, orar e elevar a
maneira de pensar, 4:1-8
VIII. Palavras finais de apreço, promessa de provisão divina para cada
necessidade, saudações e bênção, 4:10-23
4278 - COLOSSENSES
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente escrita em Roma entre 60 e 64 d.C.
Destinatário: A igreja em Colossos, cidade da Ásia Menor.
Propósito: Geral — mensagem de boa vontade, para exortar e ensinar os crentes;
específico — contestar erros doutrinários que surgiam da mescla de ensinos do
judaísmo com a especulação oriental e filosófica. Essas heresias tendiam a obscurecer a
glória de Cristo.
Características: A carta apresenta considerável semelhança com Efésios, tanto nos
conceitos quanto na linguagem. Mas, sem dúvida, tem mensagem própria. Em Efésios,
Paulo enfatiza a igreja como o corpo de Cristo. Em Colossenses, ressalta a Cristo como
cabeça da igreja.
A advertência contra a confiança na sabedoria mundana, presente em 1Coríntios,
aparece também aqui.
SINOPSE
I. Seção introdutória, 1:1-14
1. Saudação apostólica e recomendações, v. 1-8
2. Oração pela igreja
a) Para que adquira conhecimento, frutifique em toda boa obra e seja fortalecida com o
poder divino, v. 9-11
b) Dando graças pela herança espiritual, pela grande libertação e pela redenção dos
pecados, v. 12-14
II. A seção doutrinária, 1:15—2:7
Tema principal: a glória da pessoa e a obra de Cristo.
1. Sua preeminência gloriosa, 1:15-29
a) Como a imagem de Deus, v. 15
b) Ele é o Criador de todas as coisas, v. 16 (v. 1950)
c) Sua preexistência, v. 17 (v. 1194)
d) Como cabeça da igreja, v. 18 (v. 1771)
e) Sua plenitude divina, v. 19 (v. 2851)
f) Sua obra reconciliadora, v. 20-23
g) O mistério da habitação de Cristo nos crentes é proclamado no ministério de Paulo, v.
24-29
2. Preocupação de Paulo com o estado da igreja, 2:1-7
a) Para que os membros possam estar unidos em amor, tendo conhecimento mais
completo dos mistérios espirituais do Pai e de Cristo, v. 1-3
b) Advertência contra falsas doutrinas e exortação à fé constante em Cristo, v. 4-7
III. Seção doutrinária e polêmica, 2:8-23
1. O perigo da filosofia mundana e do legalismo, v. 8
2. A glória transcendente de Cristo e o poder de suas ordenanças espirituais, em
contraste com as do sistema cerimonial, v. 4-13
3. O poder libertador da cruz de Cristo para abolir o antigo cerimonialismo, v. 14-17
4. Advertências acerca do culto aos anjos e o misticismo falso, que não reconhece a
Cristo como cabeça da igreja, v. 18,19
5. Advertências contra o cerimonialismo e o ascetismo, v. 20-23
IV. Seção de exortações, 3:1-17
1. Aspirações e inclinações celestiais, v. 1-4
2. Subjugação dos desejos carnais, v. 5-7
3. Abandono das paixões e vícios mundanos e revestimento com a graça e as virtudes
cristãs, v. 8-14
4. A ser governados por um espírito de paz, unidade e gratidão, v. 15
5. A buscar a verdade para ser ajudados mutuamente na instrução, na admoestação e no
louvor e a fazer todas as coisas em nome de Cristo, v. 16,17
V. Seção familiar, 3:18—4:1
Deveres dos diferentes membros do lar cristão. esposa, esposo, filhos, pais, escravos e
senhores.
VI. Seção do companheirismo, 4:2-18
1. Pedido de Paulo para que orem por ele e seus conselhos sobre conduta social, v. 3-6
2. Saudações finais e recomendação de obreiros, v. 7-18
4279 - 1Tessalonicenses
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: O ano e o lugar não podem ser determinados com segurança. Acredita-se que seja
a primeira de todas as cartas de Paulo, provavelmente escrita em Corinto entre 49 e 54
d.C.
A igreja: Foi fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária. Encontrou
oposição violenta à sua obra, mas ganhou alguns judeus e numerosos gregos, o que lhe
permitiu estabelecer uma igreja fiel (v. At 17:1-10).
Contexto histórico: Timóteo havia sido enviado por Paulo a fim de animar e fortalecer
a igreja. Aquele, em seu regresso, fez um relato que aparentemente inspirou o apóstolo a
escrever a carta, 3:6.
Temas principais: Essa é uma das cartas mais pessoais de todas as de Paulo. Não é tão
doutrinária ou polêmica como outras. O corpo da carta consiste principalmente de
recomendações, reminiscências pessoais, conselhos e exortações. A verdade central,
ressaltada amplamente, é a esperança da vinda de Cristo.
SINOPSE
I. Seção de elogios, cap. 1
1. Saudação, v. 1
2. Elogio à igreja
a) Por sua fé e seu serviço dedicado, v. 2-4
b) Por sua receptividade espiritual, v. 5,6
c) Por sua influência exemplar, v. 7,8
d) Por abandonarem a idolatria e por sua esperança espiritual, v. 9,10
II. Seção de reminiscências, cap. 2
Paulo recorda as características de seu ministério.
1. Como valoroso, sincero, temente a Deus, veraz e abnegado, v. 2-5
2. Como humilde, amável, afetuoso, trabalhador, irrepreensível e paternal, v. 6-12
3. Referência à docilidade e aos sofrimentos da igreja, v. 13,14
4. Referência ao seu desejo de visitar a igreja e ao fato de se gloriar neles, v. 17-20
III. Seção do mensageiro, cap. 3
1. Envia Timóteo para fortalecer a igreja, v. 1-5
2. O informe favorável do mensageiro e seu efeito reconfortante, v. 6-9
3. A oração sincera de Paulo para que possa visitar a igreja e ajudá-la a
desenvolver-se espiritualmente, v. 10-13
IV. Seção de exortação, 4:1-12
1. Exortações à pureza pessoal e social, v. 1-8
2. Exortações ao amor fraternal e ao trabalho, v. 9-12
V. Seção da esperança futura, 4:13—5:11
A vinda do Senhor.
1. Esperança consoladora para os que perderam um ente querido, 4:13,14
2. A ordem das ressurreições, 4:15
3. Ocorrências relacionadas com a aparição de Cristo, 4:16-18
4. O dia de sua vinda é desconhecido, 5:1,2 (v. 1539)
5. Será inesperada para os incrédulos, 5:3
6. Os filhos da luz devem estar preparados, 5:4-8 (v. 1542)
7. A segurança do crente nesse dia, 5:9-11
VI. Seção do dever, 5:12-28
1. Exortações acerca dos deveres práticos da vida cristã, v. 12-22
2. Conclusão e bênção, v. 23-28
Passagens notáveis
A segunda vinda de Cristo, 4:13—5:11.
Deveres práticos, 5:12-22 (passagem paralela. Rm 12).
4280 - 2TESSALONICENSES
É a continuação de 1Tessalonicenses.
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente escrita em Corinto pouco depois da primeira carta. Contexto
histórico: É evidente que certas expressões da primeira carta foram mal interpretadas.
Ao referir-se à incerteza do dia da vinda de Cristo, isso foi entendido
como se Paulo ensinasse que o dia do Senhor estava perto. Esse mal-entendido causou
desnecessária comoção. Os convertidos estavam perturbados e alarmados, 2:2. A
convicção equivocada da proximidade da vinda do Senhor transtornou a vida deles.
Alguns acreditam, com base nos versículos 2 e 3 do capítulo 2, que uma carta falsa,
recebida pela igreja, havia agravado o problema, mas isso não passa de conjectura.
Não há dúvida de que a carta de Paulo foi escrita para ajudar a estabilizar essa
confundida e preocupada igreja.
Tema principal: A segunda vinda de Cristo.
Texto-chave: 3:5.
SINOPSE
I. Cap. 1
1. Saudação e ação de graças v. 1-3
2. [Consolo]
a) Palavras de consolo à igreja perseguida, v. 4-6
b) O grande contraste entre o destino glorioso dos crentes, na vinda de Cristo, e o
destino dos ímpios não arrependidos, v. 7-12
II. Cap. 2
1. Advertências contra o desassossego causado por idéias erradas acerca da vinda do
Senhor, v. 1,2
2. Anúncio dos acontecimentos que precederão o advento
a) A chegada da apostasia, v. 3
b) A auto-exaltação do homem do pecado, v. 3,4
c) O iníquo manifestar-se-á no devido tempo, acompanhado de sinais e prodígios
enganadores, v. 5-9
d) O iníquo será destruído na vinda de Cristo, v. 8
e) Os ímpios serão enganados, v. 10-12
3. Convite afetuoso aos crentes que desfrutaram os grandes privilégios do evangelho a
que retenham a boa doutrina, v. 13-15
4. Bênção consoladora, v. 16,17
III. Cap. 3
1. A confiança do apóstolo na igreja
a) Pede oração, v. 1,2
b) Crê que serão guardados do mal e permanecerão obedientes às suas instruções, v. 3,4
c) Ordena que esperem pacientemente a vinda de Cristo e que se separem dos irmãos
que andam desregradamente, v. 5,6
2. O exemplo apostólico
a) De viver regradamente, v. 7
b) De manter-se com recursos próprios, a fim de dar bom exemplo, v. 8,9
c) De insistir em que os crentes trabalhem, v. 10
3. Admoestações finais
a) Acerca dos preguiçosos e dos intrometidos, v. 11,12
b) Acerca do trabalho persistente e do desobediente obstinado, v. 13,14
4. Bênção e saudação, v. 16-18
4281 - 1TIMÓTEO
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Indeterminada.
Temas principais: Conselhos e exortações a um jovem evangelista acerca de sua
conduta pessoal e de seu ministério.
Texto-chave: 3:15.
SINOPSE
I. Conselhos doutrinários e experiências pessoais, cap. 1
1. Saudação, v. 1,2
2. Conselhos acerca do trato com os mestres legalistas
a) Os que ressaltam doutrinas não fundamentais, em vez de verdadeira piedade —
doutrinas que, em vez de edificar o caráter, causam disputas, v. 3-6
b) Os que desejam ser mestres da lei sem entender seu significado, v. 7-11
3. A experiência de Paulo
a) Seu chamado ao ministério quando era enérgico opositor do evangelho, v. 12,13
b) Seu reconhecimento da graça divina e sua confissão de indignidade, v. 14,15
c) Sentiu a paciência de Cristo, v. 16
4. O primeiro encargo solene a Timóteo, v. 18-20
II. Oração e conselhos aos homens e às mulheres, cap. 2
1. Intercessão por todos os homens, v. 1-4
2. Cristo, o Mediador, v. 5,6
3. Paulo, apóstolo dos gentios, v. 7
4. Deveres dos homens e das mulheres, v. 8-15
III. Vigilância espiritual, cap. 3
Requisitos dos bispos e diáconos:
1. Requisitos dos bispos
a) Caráter pessoal e hábitos, v. 2,3
b) Atitude perante a família, v. 4,5
c) Experiência e boa reputação, v. 6,7
2. Requisitos dos diáconos
a) Caráter, hábitos e experiência cristã, v. 8,9
b) Devem ser provados por um tempo, v. 10
c) Devem ter esposas fiéis e exercer a devida autoridade em casa, v. 11,12
d) A bênção de ser diácono, v. 13
3. O propósito da carta, v. 15
4. O mistério da encarnação de Cristo, v. 16
IV. Predições e conselhos, cap. 4
1. Predições da apostasia futura e do predomínio de doutrinas satânicas que
debilitarão o lar e resultarão no ascetismo ímpio, v. 1-4
2. Conselhos acerca do ensino, da conduta ministerial, do exemplo etc.
a) Características do bom ministro de Cristo, v. 6
b) A preeminência da piedade, v. 7,8
c) A importância do exemplo piedoso, v. 12
d) O dever da diligência quanto à leitura e ao ensino; o exercício dos dons pessoais, v.
13,14
e) A importância da meditação e da dedicação completa, unidas ao cuidado com a
conduta pessoal, visando à influência salvadora, v. 15,16
V. Conselhos referentes à administração ministerial, caps. 5 e 6
1. Cortesia perante os anciãos, 5:1,2
2. Atitude da igreja para com as viúvas, 5:3-16
Nota: Essa passagem deve ser estudada com conhecimento das condições sociais da
época.
3. Dever perante os anciãos da igreja, 5:17-20
4. Dever de agir de maneira imparcial e premeditada, 5:21,22
5. Parêntese. Conselhos acerca de assuntos pessoais, 5:23-25
6. Deveres dos servos, 6:1,2
7. O dever de separar-se dos mestres contenciosos, 6:3-5
8. As bênçãos do contentamento, 6:6-8
9. O perigo das riquezas e o dever de evitar a cobiça, de buscar virtudes cristãs e de
combater “o bom combate da fé”, 6:9-12
10. Dever solene do jovem evangelista de manter pura a doutrina até a aparição do Rei
dos reis, 6:13-16
11. Timóteo deve exortar os ricos a não serem orgulhosos, a não confiar em si próprios
e a que façam o bem e ajuntem tesouros nos céus, 6:17-19
12. O dever final de ser fiel e de evitar falsas doutrinas, 6:20,21
4282 - 2TIMÓTEO
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Data: Provavelmente escrita em Roma entre 65 e 67 d.C. Essa carta contém as últimas
palavras do apóstolo.
Propósito: Geral — animar e instruir o jovem evangelista no trabalho ministerial;
específico: pedir ao seu filho no evangelho, Timóteo, que vá logo a Roma, levando ao
apóstolo o consolo de sua companhia, 1:4; 4:9,21.
Contexto histórico: Acredita-se que Paulo esteve encarcerado duas vezes em Roma, e
que foi na segunda vez que escreveu essa carta. Anteriormente, desfrutara alguma
liberdade, pois vivia em uma casa alugada, At 28:30. Durante esse tempo, teria acesso
aos amigos, mas agora estava incomunicável, pois Onesíforo tivera dificuldade para
encontrá-lo, 1:17. Muitos de seus companheiros o haviam abandonado, e ele esperava
ser executado logo. Percebe-se na carta o tom triste da solidão e o anseio de rever o
amado Timóteo.
Características: As duas cartas a Timóteo contêm exortações urgentes. É possível que
Timóteo estivesse enfermo (v. 1Tm 5:23). Talvez também fosse tímido, 2Tm 1:6,7. A
palavra “envergonhado” parece saliente na epístola. Paulo insiste com ele em que não se
envergonhe de seu testemunho, de seu amigo prisioneiro, 1:8, ou de seu trabalho, 2:15.
Exorta-o também a considerar-se um soldado em meio à batalha renhida, 2:3,4.
SINOPSE
Os capítulos proporcionam as divisões naturais.
I. Saudações pessoais, exortações e experiências, cap. 1
1. Afetuosa saudação, v. 1-4
2. Lembrança da piedosa linhagem de Timóteo e exortação à seriedade e ao valor, v. 5-8
3. Menção ao plano de salvação por meio de Cristo, v. 9,10
4. Alusões pessoais ao chamado do autor e sua firme confiança no Senhor, v. 11,12
5. Segunda exortação, v. 13,14
6. Menção à deslealdade das igrejas da Ásia e recomendação da confiabilidade de
Onesíforo, v. 15-18
II. Conselhos ao jovem servo do Senhor, cap. 2
1. Como soldado espiritual, atleta e lavrador
a) Ser forte na graça divina e escolher ajudantes fiéis, v. 1,2
b) Manifestar qualidades militares de resistência e separar-se das ataduras do mundo, v.
3,4
c) Como atleta espiritual, observar as regras do jogo, v. 5
d) Agir como o lavrador que espera os frutos, v. 6
2. Verdades a considerar
a) A ressurreição de Cristo, cuja pregação provocara o encarceramento de Paulo, v. 7-9
b) O sofrimento pela igreja e o morrer com Cristo conduz à vida eterna e à honra
espiritual, v. 9-12
3. Conselhos acerca de como enfrentar a heresia e a controvérsia religiosa
a) Por meio de admoestações sérias aos contenciosos, v. 14
b) Buscar ser hábil expositor da verdade, v. 15
c) Evitar palavras profanas e doutrinas estranhas que corroem a vida espiritual e
destroem a fé, v. 16-18
d) Recordar a firmeza do fundamento divino e que os cristãos devem separar-se do mal,
v. 19
e) Lembrar que a igreja, como uma casa grande, contém objetos de honra e de desonra
e que o propósito de cada crente deve ser tornar-se “útil para o Senhor”, v. 20,21
4. Conselhos acerca dos desejos pessoais e de como lidar com as contendas
a) Importância da pureza pessoal e dos bens espirituais, v. 22
b) Necessidade de evitar perguntas tolas e contendas mediante a atitude paciente
diante dos oponentes, esperando que se arrependam, v. 23-26
III. Predição da apostasia e da corrupção social, junto com uma exortação à
firmeza, cap. 3
1. Diferentes características da maldade dos homens nos últimos dias, os quais, sob o
pretexto da religião, praticam a sensualidade, v. 1-6; a estupidez e a insensatez deles
um dia será manifesta a todos, v. 7-9
2. Parêntese. Referências à perseguição, v. 11,12
3. Predição da crescente onda de pecado, v. 13
4. O apóstolo convoca Timóteo à firmeza, em vista de suas oportunidades espirituais e
de sua instrução nas Escrituras desde a infância, v. 14,15
5. O poder da inspirada Palavra de Deus para equipar e aperfeiçoar o obreiro cristão
em sua tarefa, v. 16,17
IV. dever solene, o final vitorioso, o triste abandono, a súplica comovedora e a
confiança perfeita, cap. 4
1. O dever solene
a) Fidelidade na entrega da mensagem, v. 1,2
b) Predições acerca da época em que os homens desprezarão a verdade e buscarão
mestres conforme os próprios desejos, v. 3,4
c) Exortação ao ministério sincero e fiel, v. 5
2. O fim da carreira de Paulo
a) Termina com uma atitude vitoriosa, v. 6-8
b) Termina com confiança perfeita no Senhor, v. 17,18
3. Necessidade de companheirismo e algumas coisas para aliviar a vida na prisão
a) Solidão causada pela partida de amigos e a deserção de companheiros não confiáveis,
v. 10-12 (cf. v. 16)
b) Necessidade de algum consolo que alegre a vida na prisão, v. 13
c) Exorta Timóteo a que venha logo, v. 9,21
d) Saudações e bênção final, v. 19-22
4283 - TITO
Autor: O apóstolo Paulo (v. 3013).
Informações sobre Tito: Era gentil, Gl 2:3; amigo amado e ajudante de Paulo, 2Co
2:13; 7:6,13; 8:23; mensageiro à igreja em Corinto, 2Co 8:16-18; absolutamente
confiável e abnegado, 2Co 12:18; foi companheiro de Paulo e Barnabé em uma viagem
a Jerusalém, Gl 2:1; Paulo deixou-o em Creta como supervisor das igrejas, Tt 1:5;
esteve em Roma com Paulo durante o encarceramento deste, 2Tm 4:10; era mais
saudável e maduro que Timóteo, ao que parece.
Tema principal: Conselhos e exortações acerca dos deveres e das doutrinas
ministeriais, com ênfase às boas obras.
Textos-chave: 1:5; 3:8.
Pensamento principal: A ênfase às boas obras. 1:16; 2:7,14; 3:1,8,14. É resposta
suficiente para os que dizem haver conflito doutrinário entre as cartas de Paulo e a de
Tiago. O caráter dos cretenses era tal que Paulo julgou necessário aconselhar seu
ministro a insistir no ensino acerca da vida cristã conseqüente. Sem dúvida, a carta não
ensina a salvação pelas obras, 3:5.
SINOPSE
I. Instruções acerca da organização e da disciplina da igreja, cap. 1
1. Saudação e referência à esperança gloriosa do evangelho, v. 1-4
2. Propósito do envio de Tito a Creta, v. 5
3. Ordem e disciplina na igreja
a) Caráter e requisitos dos anciãos e dos bispos, v. 6-9
b) Dever de silenciar os mestres mercenários, v. 10,11
c) O espírito pecaminoso dos cretenses requeria tratamento rigoroso e firme adesão à
verdade, v. 12-14
d) Condenação à impureza interior e à hipocrisia, v. 15,16
II. A sã doutrina e as boas obras, cap. 2
1. Instruções apostólicas adaptadas a várias classes
a) Acerca da atitude e do comportamento dos idosos, v. 2,3
b) Ensino adaptado a moços e moças, v. 4-6
c) Exortações a Tito acerca de seu exemplo pessoal, v. 7,8
d) Deveres dos escravos, v. 9,10
2. A oportunidade universal de salvação requer...
a) Abnegação e piedade neste mundo, v. 11,12
b) Anseio pelo cumprimento da bendita esperança da vinda de Cristo, v. 13
c) Viver em santidade, v. 14
3. A importância de fazer valer estas verdades, v. 15
III. Instruções adicionais acerca da manutenção da doutrina das boas obras e o
método divino da salvação, cap. 3
1. Obrigações e deveres sociais, v. 1,2
2. O método de salvação pela graça
a) A universalidade do pecado, v. 3
b) A graça purificadora por meio de Cristo, e não das boas obras, é a base da salvação,
v. 4-7
3. A importância das boas obras deve ser ensinada constantemente, v. 8
4. Como enfrentar as questões tolas e a heresia, v. 9-11
5. Palavras finais e bênção, v. 12-15
Passagens notáveis
A bendita esperança, 2:11-14.
Salvos pela graça, 3:4-7.
4284 - FILEMOM
É uma carta particular de intercessão escrita por Paulo, provavelmente em Roma, e
enviada a Filemom, em Colossos, Cl 4:7-9.
Informações sobre Filemom: Aparentemente, era membro da igreja em Colossos, que
talvez se reunisse em sua casa, 2. Sua benevolência (5-7) e o pedido de Paulo que lhe
preparasse um aposento (22) indicam que era homem de posses. Paulo, pelo fato de
nunca ter estado em Colossos (Cl 2:1), deve ter conhecido Filemom em outro lugar,
possivelmente em Éfeso, que não era muito longe. Talvez tenha sido convertido pela
pregação do apóstolo, 19.
A história de Onésimo: Era escravo fugitivo de Filemom. Provavelmente, roubou o
amo e fugiu para Roma, onde se converteu, sob a influência de Paulo, 18 (v. 10).
Chegou a ser discípulo de Cristo, Cl 4:9. Paulo queria mantê-lo em Roma como
ajudante (13), mas, por não ter o consentimento de Filemom (14), sentiu-se no dever de
enviar o escravo de volta ao seu amo. Assim, o apóstolo escreve essa bela carta de
intercessão, pedindo a Filemom que perdoe Onésimo e lhe devolva a confiança.
SINOPSE
I. Saudação cordial e elogiosa, 1-7
II. Testemunho acerca da mudança do caráter de Onésimo, 10,11
III. Amável petição de perdão a favor do escravo fugitivo, 12-19
IV. Saudações e bênção, 20-25
Lições espirituais do exemplo de Paulo
A importância do interesse pelos desafortunados.
O dever dos crentes de obedecer à lei. Onésimo tem de regressar ao seu amo.
A irmandade cristã está acima de todas as classes e distinções sociais.
4285 - HEBREUS
Autor e data: Indeterminados. A carta é anônima. Tem sido atribuída a Paulo, Barnabé,
Lucas e Apolo, entre outros.
Propósito: A carta aparentemente foi escrita aos cristãos hebreus. Estavam em perigo
constante de regressar ao judaísmo ou pelo menos de dar importância exagerada às
observâncias cerimoniais. O principal propósito doutrinário do escritor é mostrar a
glória transcendente da era cristã em comparação com a do AT.
Palavra-chave: “Melhor” ou “superior”, que apontam a corrente principal de
pensamento (v. 3745).
Outras palavras e frases em destaque: Ser santo, referindo-se à obra consumada de
Cristo, 1:3; 10:12; 12:2; “chamado celestial”, 3:1; “sacerdote”, 4:14; “dom”, 6:4;
“bens”, 10:34; “pátria”, 11:16; “cidade”, 12:22.
Onze exortações à confiança
1. Temamos, 4:1.
2. Esforcemo-nos, 4:11.
3. Aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, 4:16.
4. Avancemos, 6:1.
5. Aproximemo-nos, 10:22.
6. Apeguemo-nos com firmeza, 10:23.
7. Consideremos uns aos outros, 10:24.
8. Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e corramos com perseverança, 12:1.
9. Adoremos a Deus de modo aceitável, 12:28.
10. Saiamos, 13:13.
11. Ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, 13:15.
SINOPSE
Parte 1 — Seção doutrinária
I. A preeminência de Cristo
1. Sobre os profetas, devido à glória divina dele, 1:1-3
2. Sobre os anjos
a) Por possuir melhor nome, 1:4
b) Reconhecido como o único Filho verdadeiro do Pai, 1:5
c) Deus ordena aos anjos que adorem ao Filho, v. 1:6
d) Exaltado acima dos anjos ao trono eterno, à direita de Deus, 1:8-14
e) Sua mensagem é de fundamental importância, por isso não podemos negligenciá-la,
2:1-4
f) Jesus, feito pouco menor que os anjos, morreu pela humanidade a fim de trazer
muitos filhos à glória com o Pai e destruir o que tem o poder da morte, 2:9-14
II. A preeminência do sacerdócio de Cristo
1. Assumiu a natureza humana
a) Como preparação para a obra de reconciliação, 2:16,17
b) A tentação preparou-o para ajudar os tentados, 2:18
2. Convite a considerar o sacerdócio de Cristo, 3:1
3. Sua preeminência sobre Moisés, que foi servo, enquanto Cristo é o Filho, 3:2-6
4. Parêntese. O fracasso de Israel
a) Em entrar no descanso de Canaã, 3:7-11
b) Foram excluídos devido à incredulidade, 3:12-19
c) Advertência à igreja para que não siga o exemplo de incredulidade de Israel, mas
entre no descanso da fé, 4:1-8
d) O crente descansa na obra da redenção e deixa de confiar nas próprias obras,
4:9-11
e) O poder da Palavra de Deus, 4:12,13
III. Retomado o tema do sacerdócio de Cristo
1. O sacerdócio compassivo de Cristo incentiva-nos à firmeza e à oração, 4:14-16
3. O sumo sacerdote, seu ofício e obra
a) Tomado de entre os homens, 5:1
b) Compreensivo devido às próprias debilidades, 5:2
c) Apresenta oferta por si mesmo e também pelo povo, 5:3
d) Escolhido por Deus, 5:4
3. Características do sacerdócio de Cristo
a) Escolhido por Deus segundo nova ordem, 5:5,6
b) Ofereceu orações sinceras por livramento em atitude de obediência, 5:7,8
c) Converteu-se em fonte de eterna salvação, 5:9,10
4. Repreensão paternal, chamado, advertência e recomendação
a) Repreensão pela torpeza e imaturidade, 5:11-14
b) Chamado ao progresso na verdade doutrinária, 6:1-3
c) Advertência acerca dos que, havendo desfrutado os privilégios mais sublimes da
Nova Aliança, se afastam de Cristo, 6:4-8
d) Elogio à igreja e a certeza de que os crentes continuarão fiéis e herdarão as
promessas, 6:9-12
(Retomado outra vez o tema do sacerdócio de Cristo.)
5. Certeza do cumprimento das promessas divinas
a) Ilustrada na vida de Abraão, 6:13-15
b) Confirmada por juramento, 6:16,17
c) Como âncora da alma, 6:18,19
d) Garantida por nosso Sumo Sacerdote celestial, 6:20
6. O sacerdócio de Melquisedeque como tipo do de Cristo
a) Com um grande nome e pertencente a uma ordem eterna, 7:1-3
b) Abraão honrou-o com os dízimos, sendo esse sacerdócio superior ao de Arão, 7:4-10
7. Resumo das qualidades preeminentes do sacerdócio de Cristo
a) Como o de Melquisedeque, pertencia a uma ordem eterna e foi confirmado por
juramento divino, 7:11-22
b) É imutável e infinito em poder, 7:23-25
c) Foi puro e perfeito e consumou um sacrifício completo, 7:26-28
d) Exerce seu ministério no santuário celestial, 8:1-5
e) É mediado por uma aliança superior, 8:6-13
f) Os ritos, as cerimônias e os sacrifícios que os sacerdotes realizaram no passado eram
apenas tipos, 9:1-10
g) A obra redentora de Cristo e seu sangue, que purifica do pecado, são realidades
sublimes, 9:11-15
h) As provisões da Antiga Aliança eram figura da obra perfeita que Cristo realizou na
Nova Aliança, 9:16-28
i) Os sacrifícios israelitas, repetidos continuamente, eram ineficazes para tirar o pecado,
ao passo que Cristo, por meio de seu único sacrifício, completou a obra redentora da
humanidade e sentou-se à direita de Deus, esperando a consumação do
plano divino, 10:1-18
Parte 2 — Seção prática
I. Ensino e exortações práticas
1. O privilégio de entrar na presença divina por meio do sacrifício, e o sacerdócio de
Cristo, 10:19-21
2. Exortações
a) A nos aproximarmos confiantemente em adoração, com um coração preparado,
10:22
b) À firmeza, ao estímulo mútuo e à lealdade, 10:23-25
3. Advertências acerca dos perigos da reincidência
a) O castigo imposto aos desobedientes sob a Lei, 10:28
b) O destino, ainda pior, para os que desonram o sacrifício de Cristo e o espírito da
graça de Deus, 10:29-31
4. Lembrança aos crentes hebreus de seu valor ao suportar as aflições e exortação à
paciência e à perseverança, 10:32-39
5. Lista de heróis e heroínas da fé, cap. 11
a) A esfera da fé, v. 1-3
b) Exemplos notáveis de fé. Abel, v. 4; Enoque, v. 5,6; Noé, v. 7; Abraão e Sara, v.
8-19; Isaque, Jacó e José, v. 20-22; Moisés e seus pais, v. 23-29; Josué e Israel, v.
30; Raabe, v. 31; outros crentes destacados, v. 32-40
6. Atletismo espiritual, a carreira cristã
a) A concorrência, a preparação e como correr, 12:1
b) Os olhos postos no Mestre, recordando sua vitória, 12:2
c) Inspiração para o cansado, 12:3,4
d) O valor do sofrimento e da disciplina na instrução, 12:5-10
e) Os bons resultados do sofrimento e da disciplina, 12:11
f) Apelo ao vigor e à retidão, 12:12,13
7. Exortações quanto à paz, à pureza e ao cuidado contra as más influências, 12:14,15
8. Advertências acerca do desprezo pelas bênçãos de Deus, 12:16,17
9. Contraste entre o monte Sinai, da Antiga Aliança, e o monte Sião, da Nova Aliança
a) O monte Sinai com as manifestações terríveis do poder divino, 12:18-21
b) O monte Sião com a companhia gloriosa na Jerusalém celestial, 12:22-24
10. Solene advertência a respeito da necessidade de atentar para a mensagem celestial e
contraste entre a efemeridade das coisas terrenas e a permanência do Reino de Deus,
12:25-28
II. Exortações finais acerca dos deveres cristãos, 13:1-17
1. Deveres sociais, v. 1-6
2. Deveres perante os líderes religiosos, v. 7
3. O Cristo imutável deve inspirar firmeza na doutrina cristã, v. 8,9
4. Devemos buscar a santificação, v. 10-14
5. Devemos ser agradecidos, bondosos e obedientes aos governantes, v. 15-17
III. Conclusão, 13:18-25
1. Pedido de oração e votos de bênção, v. 18-21
2. Saudação e bênção finais, v. 22-25
Passagens notáveis
O sofrimento, preparação para o sacerdócio, 2:9-18.
O descanso da fé, 4:1-11.
A maturidade espiritual, 5:12—6:2.
A Nova Aliança, 8:8-13.
O capítulo da fé: ou a galeria dos heróis, cap. 11.
O capítulo do “atletismo espiritual” e da carreira cristã: o sofrimento, a correção e a
disciplina como preparação para a vitória, 12:1-13.
4286 - TIAGO
Autor: Indeterminado. Há, no NT, três homens preeminentes chamados Tiago. Em
geral aceita-se que o Tiago chamado por Paulo “irmão do Senhor” (Gl 1:19) seja o autor
da carta (v. 3836).
Destinatários: Evidentemente, os judeus convertidos que viviam fora da Terra Santa e
também os judeus devotos da Diáspora, 1:1.
Tema principal: A religião prática, manifestada nas boas obras, em contraste com a
simples profissão de fé.
Textos-chave: 1:27; 2:26.
Aparente conflito doutrinário entre Paulo e Tiago Qualquer conflito doutrinário entre a
carta de Tiago e a de Romanos é puramente imaginário. Paulo, acossado por mestres do
judaísmo nas igrejas, naturalmente deu grande ênfase à justificação pela fé sem as
observâncias cerimoniais. Quando escreveu a Tito, porém, o tema principal da carta foi
a importância das boas obras, mostrando desse modo perfeita harmonia com os ensinos
de Tiago. É evidente que este, quando parece depreciar a fé, se refere apenas ao
assentimento intelectual da verdade e não à “fé salvadora a que se refere Paulo”.
SINOPSE
Essa carta não se presta facilmente a um esboço, mas o texto, na maior parte, pode ser
dividido em dois títulos. “A religião verdadeira” e “A religião falsa”.
I. Características da religião verdadeira
1. Alegria e paciência em meio às provas, 1:2-4
2. Fé constante e firmeza de ânimo, 1:5-8
3. Aceitação da provisão divina para a vida, 1:9-11
4. Suportar a tentação, 1:12
5. Reconhecer as fontes da tentação e os resultados de ceder a ela, 1:13-15
6. Reconhecer como divina a fonte de todas as bênçãos, 1:16-18
7. O ouvido espiritual, o cuidado ao falar e a paciência diante da provocação, 1:19,20
8. O abandono de toda maldade e o recebimento, com mansidão, da verdade salvadora,
1:21
9. A busca da verdade e sua prática, 1:25
10. A generosidade prática e a pureza, 1:27
11. As boas obras, 2:18-25
a) Como demonstração de fé, v. 18
b) Cooperando com a fé e aperfeiçoando-a, v. 21-25
12. A sabedoria celestial, 3:17,18
II. Características da falsa profissão de fé
1. Ouvir a Palavra com indiferença e negligência, 1:22-24
2. A religião vã, acompanhada por uma língua indomável, 1:26
3. O favoritismo, que honra o rico e despreza o pobre, 2:1-9
4. A obediência parcial à Lei, 2:10-12
5. A inclemência, 2:13
6. A simples profissão de fé, desacompanhada de atos de misericórdia e de ajuda, 2:14-
16
7. A fé inativa, 2:17,18
8. O assentimento intelectual da verdade sem mudança de caráter, 2:19,20
9. A língua indomável e sua influência destruidora, 3:1-8
10. Louvores e maldições procedentes da mesma boca, 3:9-12
11. A inveja, a ambição egoísta e a sabedoria satânica, 3:14-16
12. As contendas e as paixões perversas, 4:1,2
13. As orações não respondidas e o mundanismo, 4:3,4
14. O orgulho, a obstinação, a impureza, mente dividida e a impenitência, 4:5-9
15. A calúnia e o juízo injusto, 4:11,12
16. A presunção de planejar o futuro, 4:13-16
17. A negligência ao dever, 4:17
III. Advertências, exortações e instrução
1. Advertências contra o rico, 5:1-6
a) Acerca de sua futura miséria, v. 1,2
b) Acerca da riqueza acumulada e da retenção do salário do pobre, v. 3,4
c) Acerca da busca do prazer e da perseguição ao justo, v. 5,6
2. Exortações acerca da vinda do Senhor, 5:7-12
a) Devemos ser pacientes e constantes, sem nos queixarmos uns contra os outros, v. 7-
10
b) Devemos seguir o exemplo dos profetas e de Jó: sofrer pacientemente, v. 10,11
c) Devemos esquivar-nos completamente de jurar, v. 12
3. Instruções acerca da oração, da confissão das ofensas e sobre ganhar almas,
5:13-20
a) A oração nos tempos difíceis e a favor dos enfermos, v. 13-15
b) A confissão das ofensas e a oração intercessora, v. 16a
c) A oração eficaz, ilustrada por Elias, v. 16b-18
d) O dever de ganhar almas, v. 19,20
4287 - 1PEDRO
Autor: O apóstolo Pedro (v. 3071). Esse não era o Simão Pedro do começo, impulsivo
e cheio de fraquezas, a quem Cristo chamou Simão, Mc 14:37; Lc 22:31; Jo 21:15-17,
mas o Pedro que, segundo Cristo profetizou, se converteria em uma rocha, Jo 1:42 — o
mesmo homem que fora disciplinado durante anos de sofrimentos e provas e fortalecido
com o batismo no Espírito Santo. A carta, evidentemente, pertence aos últimos períodos
de sua vida.
Data e lugar: Indeterminados. A Babilônia à qual se refere (5:13) pode não ser a cidade
às margens do rio Eufrates. Muitos crêem que se trata de Roma, chamada figuradamente
Babilônia.
Destinatários: Os eleitos espalhados pela Ásia Menor. Provavelmente a todo o corpo
de cristãos da região, tanto judeus quanto gentios. Pedro envia essa mensagem espiritual
de ânimo, instrução e admoestação especialmente às igrejas fundadas por Paulo.
Propósito: Ao escrever esta carta, Pedro obedeceu duas ordens específicas dadas por
Jesus. 1) animar e fortalecer os irmãos, Lc 22:32; 2) alimentar o rebanho de Deus, Jo
21:15-17.
Palavra-chave: “Sofrimento”, que ocorre quinze vezes ou mais na carta.
Texto-chave: 4:1.
Tema principal: A vitória sobre o sofrimento, exemplificada na vida de Cristo.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A salvação gloriosa, 1:3-21
1. A esperança viva, baseada na ressurreição de Cristo, v. 3
2. Herança incorruptível, v. 4
3. Poder divino mediante o qual os crentes são protegidos em meio ao sofrimento
a) Por meio da fé, v. 5
b) Pelo regozijo nas provas, v. 6
c) Permanecendo como ouro refinado no fogo até a vinda de Cristo, v. 7
d) Em amor e alegria indescritíveis, v. 8
4. Plano misterioso
a) inquirido pelos profetas, que predisseram os sofrimentos de Cristo e a glória a ser
revelada nos últimos tempos; um anseio dos anjos, v. 10-12
b) Chama os crentes ao domínio próprio, à obediência, à espiritualidade, à santidade e
à reverência piedosa, v. 13-17
c) Seu custo incalculável, v. 18,19
d) Conhecido antes da criação do mundo, v. 20,21
III. A vida do crente à luz da grande salvação, 1:22—2:8
1. Deve ser purificada e regenerada pela verdade eterna, demonstrando amor fraternal,
1:22-25
2. Deve estar livre das más inclinações e desejar o leite da Palavra para crescer, 2:1-3
3. Deve ser pedra viva no templo espiritual do qual Cristo é a pedra angular, 2:5,6
4. Deve reconhecer a Cristo como precioso, o qual foi rejeitado e serve de tropeço aos
que não crêem, 2:7,8
IV. Posição e deveres dos crentes, 2:9—3:13
1. Geração nobre e santa, os crentes devem oferecer louvor ao Libertador divino, 2:9,10
2. Como estrangeiros e peregrinos, devem abster-se dos desejos carnais, 2:11
3. Deveres civis e sociais. conduta irrepreensível perante o mundo, obediência às
autoridades civis, silenciando assim a crítica hostil, 2:12-15
4. Devem ser bons cidadãos, 2:16,17
5. Deveres no lar cristão
a) Dos servos. ser obedientes e pacientes, ainda que em meio ao sofrimento injusto,
agradando assim a Deus, 2:18-20
b) Cristo é o modelo do sofredor, pois levou o peso do pecado, 2:21-25
c) Da esposa: ser pura e adornar-se com virtudes espirituais, 3:1-6
d) Do esposo: tratar a esposa com consideração, 3:7
e) De todos: ser amorosos, compassivos, amáveis, atentos e misericordiosos, 3:8,9
f) Recordar que a longa vida e a resposta às orações são prometidas aos que dominam a
própria língua, abandonam o mal, fazem o bem e vivem em paz, 3:10-13
V. Instruções e estímulo acerca do sofrimento, 3:14—4:19
1. O sofrimento por causa da justiça é motivo de alegria, não de temor, mas o cristão
deve estar pronto a dar testemunho de sua experiência cristã e viver uma vida
irrepreensível, 3:14-17
2. O exemplo do sofrimento vicário de Cristo, de sua obra espiritual e de sua exaltação,
3:18-22
3. Os sofrimentos de Cristo devem levar-nos à abnegação, à consagração a Deus e ao
abandono dos excessos sensuais do passado, 4:1-3
4. Parêntese. Instruções acerca dos deveres práticos da vida cristã, que glorificam a
Deus, 4:7-11
5. Não devemos estranhar as provas duras, e sim suportá-las com alegria, 4:12
6. O sofrimento com Cristo e por Cristo deve ser suportado com alegria, pois conduz à
glória espiritual, 4:13,14
7. Não devemos sofrer como praticantes do mal. Mas quando sofremos como cristãos,
devemos glorificar a Deus e colocar nossa alma ao seu cuidado, 4:15-19
VI. Exortações e advertências finais, cap. 5
1. Aos presbíteros da igreja, acerca do espírito com que devem alimentar o rebanho, v.
1-4
2. Jovens e idosos devem ser humildes e confiantes, v. 5-7
3. Advertências acerca do Diabo, v. 8,9
4. Bênção e saudações, v. 10-14
O Cristo de Pedro
Fonte de esperança, 1:3.
Cordeiro do sacrifício, 1:19.
Principal pedra angular, 2:6.
Exemplo perfeito, 2:21.
Sofreu pelo ideal, 2:23.
Levou o pecado, 2:24.
Pastor das almas, 2:25.
Senhor exaltado, 3:22.
Sete coisas preciosas nas cartas de Pedro
1. As provas severas, 1:7.
2. O sangue de Cristo, 1:19.
3. A pedra viva, 2:4.
4. O próprio Cristo, 2:6.
5. O espírito manso e tranqüilo, 3:4.
6. A fé do crente, 2Pe 1:1.
7. As promessas divinas, 2Pe 1:4.
4288 - 2PEDRO
Autor: O apóstolo Pedro 1:1 (v. 3071).
Data: Escrita provavelmente entre 60 e 70 d.C.
Tema principal: Advertência acerca dos falsos mestres e dos escarnecedores. Para
combater a influência das falsas doutrinas, há grande ênfase à Palavra de Deus e à
certeza do cumprimento das promessas divinas.
Texto-chave: 3:1.
Paralelo entre 2Pedro e 2Timóteo
Ambas fazem referência à proximidade da morte, 2Tm 4:6; 2Pe 1:14.
Ambas predizem tempos perigosos para a igreja: predomínio dos ensinos falsos, 2Tm
3:13; 4:3; 2Pe 2:1; corrupção geral da sociedade, 2Tm 3:1-7; 2Pe 2:10-22; apostasia,
2Tm 4:3,4; 2Pe 2:2,20-22.
SINOPSE
I. Saudação, 1:1,2
II. A vida espiritual, cap. 1
1. O chamado a ela, v. 3
2. Garantida por meio de promessas preciosas, v. 4
3. Sete passos essenciais em seu desenvolvimento e frutificação, v. 5-8
4. Seu destino final, v. 10,11
5. Palavras de despedida, v. 12-15
6. Uma experiência gloriosa, v. 16-18
7. A origem divina das Escrituras e seu poder iluminador, v. 19-21
III. Os falsos mestres, seu caráter e suas doutrinas corruptas, cap. 2
1. Suas heresias e a negação de Cristo, v. 1
2. Sua popularidade, influência perversa, avareza e hipocrisia, v. 2,3
3. Os juízos implacáveis de Deus sobre os anjos que pecaram, sobre os antediluvianos
e sobre Sodoma e Gomorra são advertências aos ímpios, v. 4-6
4. Os justos serão libertos, mas os injustos serão reservados para o juízo futuro, v. 7-9
5. Descrição adicional dos mestres apóstatas, suas características, obra e destino
a) Sua sensualidade, presunção, arrogância e excessos, v. 10-13
b) Sua perniciosa influência e apostasia motivadas pela ganância, v. 14-16
c) Sua vacuidade, instabilidade e destino futuro, v. 17
d) Suas palavras infladas, acompanhadas de sensualidade: prometem liberdade aos
homens, mas os conduzem ao cativeiro da depravação, v. 18,19
e) Sua apostasia e sua depravação total, v. 20-22
IV. Predições acerca dos escarnecedores, da chegada do dia do Senhor e exortação
à firmeza, cap. 3
1. O propósito da carta, v. 1,2
2. O argumento dos escarnecedores, v. 3,4
3. A ignorância dos contestadores
a) Acerca do AT, v. 5,6
b) Acerca da preservação do mundo presente para um juízo severo, v. 7
4. Explicação para a demora divina
a) Duração de um dia para Deus, v. 8
b) A misericórdia divina aplaca o castigo, v. 9
5. A certeza da chegada do dia do Senhor, v. 10
6. A atitude e a esperança dos crentes, v. 11-14
7. Recomendação acerca das cartas de Paulo e advertência contra a distorção das
Escrituras, v. 15,16
8. Exortação à firmeza e ao crescimento espiritual, v. 17,18
4289 - 1JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Lugar e data: Indeterminados. Provavelmente escrita em Éfeso, no final do século i.
Destinatário: Aparentemente, a igreja em geral, já que não contém saudações,
despedidas ou quaisquer alusões pessoais. Pertence, portanto, às epístolas gerais. Chama
os crentes carinhosamente “meus filhinhos”, 2:1,18,28; 3:7,18; 4:4; 5:21; e “amados”,
3:2,21; 4:1,7,11.
Propósito: O autor menciona quatro razões para escrever a carta. 1) aumentar a própria
alegria, 1:4; 2) preveni-los do pecado, 2:1; 3) adverti-los acerca dos falsos mestres,
2:26; 4) fortalecer-lhes a fé em Cristo e dar-lhes a garantia da vida eterna, 5:13.
Palavras-chave: “Comunhão”, “saber” e “amor”.
Tema principal: Deus é vida, luz e amor perfeitos. Seu caráter constrange os crentes a
viver em santidade e amor fraternal.
Particularidades: Pode ser chamada “A carta das certezas”. Começa com a declaração
do conhecimento pessoal de Cristo, 1:1-3. Dá grande ênfase ao conhecimento espiritual
que os crentes podem obter. A palavra “saber” ou seus equivalentes aparecem mais de
trinta vezes.
Sete casos importantes em que aparece o verbo “saber”
Os crentes sabem...
1. Que a vida reta indica regeneração, 2:29; 5:18.
2. Que seremos semelhantes a Cristo quando ele vier, 3:2.
3. Que Cristo veio tirar os nossos pecados, 3:5.
4. Que o amor fraternal indica que passamos da morte para a vida, 3:14.
5. Que ele vive em nós pelo Espírito, 3:24.
6. Que temos vida eterna, 5:13.
7. Que nossas orações são respondidas, 5:15.
SINOPSE
I. Deus é vida e luz, caps. 1 e 2
1. Manifestadas em Cristo, 1:1,2
2. Propósito da carta, 1:3,4.
3. Condições para a comunhão divina
a) Caminhar na luz, 1:5-7
b) Confessar os pecados, 1:8-10
c) Aceitar a Cristo como intercessor e sacrifício de propiciação, 2:1,2
4. A obediência é a prova da comunhão
a) Seguindo o exemplo de Cristo, 2:3-6
b) A obediência ao novo mandamento do amor é permanecer na luz, 2:7-11
5. Mensagem a diferentes classes de crentes acerca do conhecimento espiritual e de
como vencer o maligno, 2:12-14
6. Advertência a quem ama o mundo, 2:15-17
7. O surgimento de anticristos, com sua apostasia e sua negação a Cristo, é sinal dos
últimos tempos, 2:18-23
8. Exortação a permanecer na verdade, com a garantia de que a unção divina
proporcionará toda a instrução necessária, 2:24-27
9. A constância nos dá confiança; a justiça é uma característica do novo nascimento,
2:28,29
II. Deus é perfeito amor, caps. 3 e 4
1. Seu amor manifesta-se na exaltação do crente à condição de filho, 3:1,2
2. A prova da filiação é o viver retamente, 3:3-10
3. O amor fraternal é a característica distintiva da vida espiritual, 3:11-15
4. O amor manifesta-se no sacrifício, não apenas por meio de palavras, 3:16-18
5. O resultado do amor é garantia de resposta às orações, 3:19-22
6. A fé e o amor fraternal são essenciais à comunhão com Deus, 3:23,24
7. Parêntese. O espírito da verdade, o espírito do erro e os métodos de prová-los
a) A atitude perante a encarnação de Cristo determina a origem e o caráter desses
espíritos, 4:1-3
b) As características mundanas dos anticristos, 4:4-6
8. O amor divino
a) No coração humano, indica regeneração, 4:7
b) Manifesto na encarnação e na obra redentora de Cristo, 4:8-10
c) Quando mora no crente, produz amor fraternal e o inspira a testificar de Cristo como
Salvador da humanidade, 4:11-16
d) Quando é aperfeiçoado, dá garantia e lança fora o medo, 4:17,18
e) Aumenta a intensidade do amor a Deus e do amor fraternal, 4:19-21
III. A fé e o amor são os princípios vencedores no conflito com o mundo e com os
poderes do mal, cap. 5
1. A vida de obediência por amor, v. 1-3
2. A vitória da fé, v. 4,5
3. Os testemunhos divinos na terra e no céu, v. 6-9
4. O testemunho do Espírito, v. 10
5. O dom da vida eterna por meio do Filho de Deus, v. 11-13
6. A certeza da resposta à oração, v. 14,15
7. O tratamento ao irmão pecador, v. 16
8. Quatro verdades que o crente conhece, v. 18-20
4290 - 2JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Destinatários: “À senhora eleita e aos seus filhos”. Alguns crêem que o apóstolo se
refere a uma senhora cristã e sua família, que viviam em Éfeso; outros, que é a
personificação de alguma igreja e seus membros. Se a primeira suposição for correta,
esse é o único livro do nt dirigido a uma mulher.
Palavras-chave: “Amor”, que ocorre quatro vezes, e “verdade”, cinco vezes.
Propósito: A carta foi escrita aparentemente para advertir amigos contra a heresia e a
associação com falsos mestres, v. 7-11.
Tema principal: A verdade e o erro.
SINOPSE
I. A verdade divina e sua relação com os crentes
1. Une todos em comunhão, 1
2. Permanece eternamente neles, 2
3. Combinada com o amor, caracteriza o espírito de suas saudações, 3
4. A obediência a ela, por amor, é a melhor forma de conduta, 4-6
II. O enganador
1. Tem muitos defensores, 7a
2. Nega a Encarnação, 7b
3. Devemos ter cuidado com ele, 8
4. Afasta-nos dos ensinos de Cristo, 9
5. O perigo da comunhão com tais pessoas, 10,11
III. Palavras finais, 12,13
4291 - 3JOÃO
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Destinatário: Gaio, 1.
Tema principal: A hospitalidade cristã.
Texto-chave: 8.
SINOPSE
O tema gira em torno de três personagens, Gaio, Diótrefes e Demétrio, e de alguns
evangelistas itinerantes.
I. Gaio, destinatário da carta, 1-6
1. Sua identidade
Não se pode determinar com exatidão. Há outras pessoas com o mesmo nome no NT. O
que Paulo menciona em Rm 16:23 pode ser o mesmo a que se refere João, mas isso não
passa de conjectura.
2. Suas características
a) Digno do carinho de João, 1,2
b) Cristão praticante, que anda na verdade, 3,4
c) Hospitaleiro, 5,6
II. Diótrefes, 8-11
Aparentemente, um líder da igreja.
1. Egocêntrico e fanático, 9
2. Pretendia ser o chefe supremo da vinha; o apóstolo promete repreendê-lo
pessoalmente, 10
III. Demétrio, 12
Ao contrário de Diótrefes, era um cristão modelo, de excelente reputação.
IV. Os evangelistas cristãos...
1. Eram obreiros itinerantes que ofereciam serviço gratuito por amor a Cristo, 7
2. Dignos de um bem-vindo e de efusiva hospitalidade, foram hostilizados pelo soberbo
V. Saudação final, 13,14
4292 - JUDAS
Autor: Provavelmente Judas, irmão de Tiago (v. 2035).
Se for verdade, ele pode ter sido irmão de nosso Senhor (comp. Mc 6:3 com Gl 1:19).
Os irmãos de Jesus não criam nele em princípio, Jo 7:5, mas depois da ressurreição se
converteram em seus seguidores (v. At 1:14).
É possível que Judas, devido ao fato de não ter crido no início, tenha se sentido indigno
de assinar a carta como irmão de Jesus. Assim, ao escrevê-la, refere-se a si mesmo
como simples “servo”, 1.
Propósito principal: A carta foi evidentemente escrita antes de tudo para advertir a
igreja contra os mestres imorais e as heresias alarmantes que estavam pondo em perigo
a fé que os crentes possuíam.
Texto-chave: 3,4.
SINOPSE
I. Saudação, 1,2
II. O motivo da carta. exortar quanto à defesa da fé, devido à invasão de mestres
imorais e heréticos, 3,4
III. Lembrança de como Deus tratou os pecadores no passado
1. Castigo de Israel por causa de sua incredulidade, 5
2. Destino dos anjos caídos e dos depravados habitantes de Sodoma, 6,7
IV. Descrição das características dos mestres ímpios e o juízo que sobre eles se
pronuncia, 8-13
V. Referências a profecias
1. De Enoque, que predisse a condenação dos ímpios, 14-16
2. Dos apóstolos, acerca dos escarnecedores dos últimos dias, 17-19
VI. Resumo dos deveres cristãos
1. Crescimento espiritual e oração, 20
2. Amor para com Deus e confiança em Cristo para a salvação eterna, 21
3. Ativos em ganhar almas, 22,23
VII. Bênção, 24,25
4293 - APOCALIPSE
Autor: O apóstolo João (v. 1985).
Data: Indeterminada. De acordo com a opinião tradicional, cerca de 96 a.C.
Lugar: Possivelmente na ilha de Patmos, na costa ocidental da Ásia Menor, onde João
foi desterrado “por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus”.
Autoridade: Diz-se ser a revelação de Jesus, 1:1.
Métodos de interpretação: Extremamente variados e com freqüência imaginativos.
Milhares de volumes têm sido escritos sobre esse livro. Existem quatro escolas
principais de interpretação.
1. Preterista: Crê que as profecias do Apocalipse já se cumpriram.
2. Futurista: Sustenta que o livro contém um prognóstico da história universal.
3. Histórica: Vê os eventos do livro como descrições simbólicas da história da igreja,
desde a época do NT até o final dos tempos.
4. Eclética ou idealista: Firma-se nos princípios espirituais do livro e não dogmatiza
sobre detalhes das visões mais misteriosas. Essa escola crê que há três classes de
passagens no Apocalipse. as que são muito claras quanto ao ensino espiritual; as que são
misteriosas, mas contêm elementos da verdade e são instrutivas; as que são tão ocultas
que é inútil, com nosso conhecimento atual, dar-lhes interpretações finais.
É provável que algumas profecias contenham dois elementos, o próximo e o distante. O
primeiro refere-se especialmente a eventos da época de João ou pouco depois, e o
último trata de acontecimentos futuros.
Particularidades
O Apocalipse é o único livro da Bíblia que contém uma promessa especial aos leitores
obedientes (1:3) e ao mesmo tempo pronuncia uma maldição sobre os que alterarem seu
conteúdo, 22:18,19.
Sete é o número dominante do livro: sete candeeiros, igrejas, selos, anjos, trombetas,
tronos, taças, espíritos, estrelas etc.; e sete “não mais” (v. 1553).
Os últimos capítulos de Apocalipse apresentam um contraste assombroso com os
primeiros capítulos de Gênesis. Gênesis fala da criação do Sol, da entrada do pecado no
mundo, da proclamação da maldição, do triunfo de Satanás e da exclusão da “árvore da
vida”. Apocalipse fala do lugar em que não haverá necessidade do Sol, não haverá
pecado nem maldição, onde Satanás será vencido e haverá acesso à “árvore da vida”.
Plano de estudo
Ainda que o livro seja com freqüência passado por alto, devido ao seu caráter
misterioso, há muitos pontos de vista a partir dos quais podemos estudá-lo
proveitosamente, sem a necessidade de interpretação dogmática ou arbitrária. Se o livro
está escrito em código, não pretendemos que as sugestões a seguir constituam o manual
que lhe revele os mistérios, apenas que sejam proveitosas.
Tema sugerido: O conflito moral e espiritual das épocas.
Personagem central: O Cordeiro, mencionado cerca de trinta vezes, finalmente
vitorioso sobre todos os poderes do mal.
Acontecimentos marcantes: Há muitos acontecimentos importantes no livro.
Sugerimos dois, que devemos considerar no estudo das visões.
1. O nascimento do filho varão, visto por muitos como a encarnação de Jesus Cristo,
cap. 12.
2. O toque da sétima trombeta, que anuncia sua vitória em todo o mundo, 11:15.
SINOPSE
O livro pode ser dividido em visões, algumas das quais são parcial ou totalmente
veladas, e outras, comparativamente claras quanto ao ensino. Nem sempre é possível
dizer onde termina uma visão e começa outra, mas, por conveniência, elas podem ser
estudadas sob vários números, de acordo com o ponto de vista de cada um.
I. Introdução e saudação, 1:1-8
1. Introdução e promessa aos leitores obedientes, v. 1-3
2. Saudação de João e do Cristo glorificado, v. 4-8
II. Visões
1.ª Visão
1. Do Cristo glorificado, 1:9-16
2. Ordem de escrever às sete igrejas, 1:19
3. Mensagem às igrejas, caps. 2 e 3
a) A Éfeso, a igreja reincidente, persistente no serviço, estrita na disciplina, mas
esfriando no amor, 2:1-7
b) A Esmirna, a igreja pobre, mas verdadeiramente rica, que enfrentava um período de
perseguição, 2:8-11
c) A Pérgamo, a igreja em ambiente perverso, firme mas infectada com heresia, 2:12-17
d) A Tiatira, a igreja de boas obras, mas que tolerava uma falsa profetisa, 2:18-29
e) A Sardes, a igreja moribunda, 3:1-6
f) A Filadélfia, a igreja fraca, mas fiel, 3:7-13
g) A Laodicéia, a igreja morna, satisfeita consigo mesma, que se orgulhava de sua
riqueza, mas era miserável, pobre, cega e nua, 3:14-22
Idéia-chave: promessas aos vencedores (v. 596)
2.ª Visão (parcialmente velada)
1. Visão de Deus no céu sobre seu trono, o Criador do universo recebendo a adoração
dos seres viventes e dos 24 anciãos, 4:1-11
2. O Cordeiro abre o livro dos sete selos, o cântico novo e a adoração universal ao
Cordeiro
Interpretação sugerida: somente Cristo pode descobrir os mistérios divinos mais
profundos.
3. Abertura dos seis selos (velada), 6:1-17
Há muitas interpretações diferentes, e não vale a pena juntar outra. Uma lição clara é
que os crentes são provados pela demora divina, v. 9-11 (v. 3243).
3.ª Visão (parcialmente velada)
Interpretação sugerida: Deus protege seu povo escolhido, 7:1-8.
4.ª Visão — Certezas reconfortantes, cap. 7
1. A multidão incontável dos redimidos, v. 9,10
2. Os meios mediante os quais eles aparecem na presença de Deus, v. 13-15a
3. Suas atividades e sua alegria eterna, v. 15b-17
5.ª Visão (parcialmente velada), caps. 8 e 9
Evento transcendental: a abertura do sétimo selo, causa silêncio no céu, v. 1. Possível
explicação: toda a música e as vozes dos anjos silenciaram porque durante o período do
sétimo selo Cristo devia partir para sua missão na terra. Isso não é mera imaginação. O
fim dos tempos evidentemente se aproximava, 10:6. Se essa interpretação for correta,
em 8:1 deparamos com a fonte do plano da salvação. Os eventos estendem-se até o filho
varão do capítulo 12. Em 8:3,4, a idéia parece ser que as orações dos santos subiram a
Deus pedindo a vinda do reino messiânico.
Logo continua uma porção velada da visão, o toque das seis trombetas (caps. 8 e 9),
que, segundo parece, anuncia os juízos vindouros, cap. 9.
6.ª Visão (parcialmente velada), caps. 10 e 11
A única coisa clara é que os eventos parecem apontar a grande consumação pelo fato de
o anjo poderoso anunciar que não haverá mais demora (10:5-7), mas que as boas-novas
referidas pelos profetas estão prestes a ser cumpridas.
Entre tantas opiniões diferentes, é temerário sugerir uma interpretação para o livrinho
do capítulo 10 e as duas testemunhas do capítulo 11. Já que estas precedem
imediatamente a visão do nascimento do filho varão do capítulo 12, podem referir-se ao
período profético anterior à vinda de Cristo. Talvez os capítulos de 12 a 20 contenham
visões parcialmente veladas relacionadas com o grande conflito messiânico.
7.ª Visão — O grande evento da época, caps. 12 e 13
O nascimento do filho varão, Cristo, e a manifestação simultânea dos poderes satânicos
organizados para destruí-lo. A justificativa desse ponto de vista é que durante a vida de
Cristo na terra os poderes das trevas estavam em intensa atividade.
Note a intenção de Herodes de destruir o menino Jesus, os numerosos casos de
possessão demoníaca e a oposição maligna que resultou na crucificação de Cristo. Não
há aqui interpretação detalhada dos mistérios, mas atente para as armas espirituais com
as quais será obtida a vitória, 12:11 (v. 583).
8.ª Visão (parcialmente velada), 14:1-13
Sem qualquer interpretação forçada, é possível olhar esse capítulo como o resumo
profético do conflito vindouro entre o Cordeiro e seus inimigos. Se esse ponto de vista
for verdadeiro, nos primeiros cinco versículos os 144 mil representam os salvos
sobressalentes da primeira dispensação, os versículos 6 e 7 referem-se ao começo de
uma atividade missionária em todo o mundo (v. 2525), os versículos de 8-11 são
anúncios preliminares da vitória final e os versículos 12 e 13 referem-se à bemaventurança
dos crentes mortos.
9.ª Visão (parcialmente velada)
A colheita, 14:16-20
10.ª Visão (parcialmente velada), caps. 15 e 16
1. Os primeiros vencedores e seu cântico, 15:1-4 (v. 2686)
2. Os sete anjos e as taças de ouro, 15:5-8
3. O derramamento das sete taças da ira, cap. 16
11.ª Visão (velada), caps. 17 e 18
A queda da Babilônia, a cidade prostituta, e dos inimigos do Cordeiro que a venceram.
12.ª Visão, 19:1-9
1. O coro de aleluia no céu, celebrando a vitória espiritual, v. 1-6
2. As bodas do Cordeiro, v. 7-9 (v. 1772)
13.ª Visão, 19:11-21
1. Cristo, o conquistador espiritual, sobre um cavalo branco, fere as nações com a
espada do Espírito, v. 11-16 (v. 1288)
2. (Parcialmente velada:) Cristo vence a besta, o falso profeta e seus aliados, v. 17-21
(v. 594)
14.ª Visão (parcialmente velada), cap. 20
1. O aprisionamento de Satanás, v. 1-3
2. A primeira ressurreição, v. 4-6
3. Satanás é desamarrado; sua atividade maligna, v. 7-9
4. A queda de Satanás, da besta e do falso profeta, v. 10
5. O juízo final, v. 11-15
15.ª Visão, caps. 21 e 22
1. Novos céus e nova terra; a Cidade Santa, tipo da igreja, a esposa do Cordeiro, cap. 21
Suas características:
a) Origem celestial, v. 2
b) Radiante, v. 11
c) Separada e protegida, v. 12
d) Acessível, v. 13
e) Alicerces firmes, v. 14
f) Inabalável, v. 16
g) Formosamente adornada, v. 18-21
h) Seu templo espiritual, v. 22
i) Iluminada por Deus, v. 23-25
j) Glorificada, v. 26
k) Livre de impurezas, v. 27
2. O paraíso restaurado, cap. 22
Suas características:
a) O rio da vida, v. 1
b) A árvore da vida, v. 2
c) Sem maldição, v. 3
d) Visão beatífica da marca divina nos santos, v. 4
e) O dia eterno e o domínio dos santos, v. 5
3. Palavras finais
a) Dignas de confiança e verdadeiras, v. 6
b) Ressaltam o iminente regresso do Senhor, v. 7
c) Somente Deus deve ser adorado, v. 8,9
d) O caráter leva à persistência, v. 11
e) A última promessa, v. 14
f) O último convite, v. 17
g) A última advertência, v. 18,19
III. Bênção e oração, 22:21
ESTUDOS DOS PERSONAGENS
4294 - NOÉ, o construtor da arca
Origem e primeiros anos. Nada se sabe sobre a parte inicial de sua vida. Aparece pela
primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô Enoque foi
homem extremamente piedoso e, pela graça divina, escapou da morte. Foi trasladado,
Gn 5:22-24; Hb 11:5. Seu avô Matusalém foi o homem que mais viveu, Gn 5:25-27.
Seu pai chamava-se Lameque, aparentemente homem religioso, que deu ao filho o nome
que significa “descanso”, Gn 5:29.
Condições da sociedade na época. Noé viveu em uma época irremediavelmente
corrupta. A humanidade tornara-se tão depravada que o Senhor determinou destruir a
raça humana, Gn 6:1-7. Em meio a essa escuridão moral, a vida de Noé brilhou com sua
justiça, Gn 6:8,9.
Seu chamado. Devido à maldade então existente, Deus revelou a Noé que enviaria um
grande dilúvio a fim de exterminar o homem da face da terra.
Deus encarregou-o de realizar uma tarefa estranha e impossível do ponto de vista
humano. construir um imenso barco para preservar a vida da família e de certas espécies
do reino animal. A magnitude de tal tarefa é difícil de entender. Noé estava rodeado de
incrédulos malvados que riam de seu trabalho. Converteu-se em motivo de zombaria.
No entanto, manteve a fé e continuou o trabalho ano após ano, tarefa que para os
vizinhos parecia indicar que ficara louco.
Considerando seu meio ambiente, a grandiosidade da obra para a qual foi chamado e
tantos anos de trabalho árduo, destaca-se como insuperável, ou talvez inigualável, entre
todas as personagens bíblicas com fé persistente. A arca. Não é possível determinar com
exatidão as dimensões da arca, pois estão especificadas em côvados antigos. Para
nossos cálculos, consideramos a medida de 45 cm. (Quanto ao tempo investido na
construção, comp. Gn 5:32 com 7:6.)
Noé aparentemente admoestava o povo enquanto trabalhava na arca, 2Pe 2:5.
Os dias imediatamente anteriores ao Dilúvio. A reunião dos animais e a entrada de Noé
e sua família na arca, Gn 7:1-16. O Senhor fecha a porta da arca, Gn 7:16.
A ARCA

Acontecimentos durante e depois do Dilúvio. A duração do dilúvio, Gn 7:24; a
diminuição das águas, 8:3; o repouso da arca sobre a terra, 8:4; o envio das aves, 8:6-12;
a saída da arca, 8:15-18.
Noé edifica um altar e oferece um sacrifício, 8:20; é honrado por um pacto eterno, 9:9-
17; planta uma vinha e cede à tentação, 9:21; morre, 9:28,29. (Outras referências, v.
2826.)
Ver tb: Gn 5:29, Gn 6:8, Gn 7:1, Gn 7:13, Gn 8:1, Gn 8:20, Gn 9:1, Gn 9:17, Gn 9:29,
1Cr 1:4, Ez 14:14, Lc 17:26, Hb 11:7, 2Pe 2:5
4295 - ABRAÃO, o peregrino espiritual
Introdução. O estudo da vida de Abraão é importante porque ele foi escolhido por Deus
para converter-se no pai de uma nova nação espiritual. Foram plantadas sementes em
seu coração das quais brotaram resultados maravilhosos para todos os crentes do futuro.
Foi um grande líder espiritual.
Seu chamado. Enquanto vivia com o pai em Harã, recebeu uma mensagem do Senhor
que o intimava a separar-se das antigas companhias e ir para outro país. Foi-lhe
prometida graça divina, grande prosperidade e que se converteria em bênção para todas
as famílias da terra.
Abraão obedeceu ao chamado e assim tornou-se o líder dessa inumerável família de
crentes que têm conhecido a nação cujo arquiteto e construtor é Deus, Gn 12:1-4; Hb
11:8-10.
A maioria dos acontecimentos importantes do curso de sua vida tem relação com suas
viagens. O mapa mostra alguns pontos importantes de suas jornadas (v. 4318).
I. De Ur a Harã, Gn 11:31: morte de seu pai, Gn v. 32
II. De Harã a Siquém, 12:1-6: aparição divina, v. 7
III. De Siquém a Betel, 12:8: edifica um altar e faz uma oração
IV. De Betel ao Egito, 12:9-11a: nega que Sara seja sua esposa, v. 11b-13
V. Regresso a Betel: faz uma oração, 13:1-4
VI. De Betel a Hebrom: edifica um altar, 13:18
VII. De Hebrom a Damasco: persegue os ladrões, resgata Ló e recupera seus bens,
14:1-16
VIII. Regresso a Hebrom: dá dízimos a Melquisedeque, 14:16-20; a promessa de um
filho é reiterada, 15:3-5; nasce Ismael, 16:15; o pacto é renovado, 17:1-8; recebe novo
nome, 17:5; intercessão por Sodoma, 18:23-32
IX. De Hebrom a Gerar, 20:1: cumpre-se o pacto, com o nascimento de Isaque, v. 1-3
X. De Gerar a Berseba: faz pacto com Abimeleque, 21:27-34
XI. De Berseba ao monte Moriá: constrói um altar, e Isaque é preparado para ser
oferecido em sacrifício, 22:1-14
XII. Regresso a Berseba, 22:19
XIII. De Berseba a Hebrom: sua morte e sepultamento, 25:8-10

Eventos e experiências notáveis de sua vida
O chamado divino, Gn 12:1.
O pacto divino, Gn 12:2,3; 17:1-6.
A demora divinano cumprimento da promessa de um filho (comp. Gn 12:4 com 21:5).
Passam-se mais de vinte anos até Isaque nascer.
Seu grande erro, Gn 16:3 — o plano de Sara para “ajudar” ao Todo-Poderoso.
Sua intercessão pelas cidades da planície, 18:23-32.
O cumprimento de suas esperanças no nascimento de Isaque, Gn 21:5.
A difícil prova, Gn 22:1,2.
Sua fé e obediência extraordinárias, Gn 22:3-10.
Sua maior necessidade é suprida, Gn 22:11-13.
Características de Abraão: v. 14.
Ver tb: Gn 11:27, Gn 11:31, Gn 12:1, Gn 13:1, Gn 13:12, Gn 14:14, Gn 15:1, Gn 16:3,
Gn 17:1, Gn 18:10, Gn 20:1, Gn 21:2, Gn 22:1, Gn 23:2, Gn 24:1, Gn 25:1, Gn 25:6,
Gn 49:31, 2Cr 20:7, Ne 9:7, Sl 105:6, Is 51:2, Mt 1:2, Mt 8:11, Mt 22:32, Mc 12:26, Lc
1:73, Lc 13:16, Lc 13:29, Lc 20:37, Jo 8:39, Jo 8:56, At 3:13, At 7:2, At 7:32, At 13:26,
Rm 9:7, Rm 11:1, Gl 3:6, Gl 3:16, Gl 4:22, Hb 6:13, Hb 11:8, Tg 2:23, 1Pe 3:6
4296 - VIAGENS DE ABRAÃO
4297 - ALTOS E BAIXOS DA VIDA ESPIRITUAL DE JACÓ
Ver tb: Gn 25:26, Gn 25:34, Gn 27:6, Gn 27:30, Gn 28:1, Gn 29:1, Gn 29:18, Gn 30:25,
Gn 31:3, Gn 32:9, Gn 32:27, Gn 32:30, Gn 33:10, Gn 33:17, Gn 35:1, Gn 36:6, Gn
37:1, Gn 37:3, Gn 42:1, Gn 43:11, Gn 45:26, Gn 46:5, Gn 47:8, Gn 48:2, Gn 49:33, Gn
50:13, Êx 1:1, Js 24:4, 1Sm 12:8, 1Rs 18:31, 1Cr 1:34, 1Cr 2:1, Mt 22:32, Lc 20:37, Jo
4:6, Jo 4:12, At 3:13, At 7:8, At 7:12, At 7:32, Hb 11:9, Hb 11:20
4298 - JACÓ, o enganador, transformado em ISRAEL, o príncipe de Deus
Nenhuma personagem da Bíblia representa mais claramente que Jacó o conflito entre os
altos e baixos da natureza humana. Começando em uma descendente, às vezes
alcançava grandes alturas, porém outra vez afundava-se na sórdida luta pela ganância.
Mas alcançou por fim o nível da fé triunfante.

Nenhum leitor que estude com fervor a história do curso da vida desse homem duvidará
de que, apesar de todas as suas debilidades, foi um instrumento escolhido por Deus.
Pensamentos-chave. Duas verdades principais iluminam sua vida.
1. A infelicidade produzida por problemas familiares e a poligamia. Esse fato é ilustrado
ao longo de sua vida.
2. O poder transformador da comunhão com Deus. Essa verdade brilha claramente nas
experiências mais elevadas desse escolhido. O diagrama de sua vida espiritual ilustra os
elementos humanos e divinos manifestados no ser humano. A linha curva marca os
níveis altos e baixos de sua vida.
I. Seus primeiros anos: descida, problemas domésticos
Nota: As letras referem-se aos pontos no diagrama.
A. Compra de seu irmão Esaú os direitos de primogenitura, Gn 25:29-34
B. Engana seu idoso pai, 27:1-29
C. Vê-se forçado a fugir para salvar a vida; vai para Padã-Arã a fim de escolher sua
esposa, 27:41; 28:1-5
Uma experiência noturna em alto nível:
D. A visão espiritual e o voto em Betel, Gn 28:10-22
II. Em Harã: os problemas familiares continuam
E. Decepção no romance devido ao engano, 29:15-30
F. Sórdida luta com o sogro e o ciúme entre as esposas
G. Movimento ascendente: o chamado divino para regressar à terra prometida, 31:3;
parte em segredo, mas o sogro o persegue, 31:22-55
H. No caminho da obediência, encontra-se com mensageiros angelicais, 32:1,2
Outra grande experiência espiritual:
I. Alarmado pela aproximação de seu irmão com quatrocentos homens, recorre à
oração, 32:3-12
J. Passa uma noite lutando com Deus, em súplica desesperada; sai vitorioso e recebe
novo nome, Israel, 32:24-32; encontro afetuoso com o irmão Esaú, 33:1-16
K. Sua filha Diná é desonrada, 34:1-5
L. Devido à vingança dos filhos, passa a enfrentar dificuldades, 34:7-31
M. Quando chega a Betel, lembra da visão que teve ali e erige um altar, 35:1-15
III. Seus últimos anos: os problemas domésticos continuam
N. A parcialidade paterna e os ciúmes dos irmãos fazem José ser vendido ao Egito,
37:1-36
O. Outros problemas familiares, 38:1-30
P. O êxito de José e seu chamado divino ao Egito, caps. 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45;
46:1-4Seus últimos dias:
Q. À beira da morte, abençoa os netos e filhos, caps. 48 e 49
R. Muitos crêem que ele profetizou a vinda do Messias, 49:10
Características de Jacó: v. 1910.
4299 - JOSÉ, o jovem cujos sonhos tornaram-se realidade
I. Seus primeiros anos
1. Era filho de Jacó e de Raquel, Gn 30:22-24
2. Era o filho preferido de seu pai, 37:3
3. Devido à parcialidade paterna, é odiado pelos irmãos, 27:3-11
4. Seus sonhos, 37:5-10
5. Vendido ao Egito, 37:12-28
II. Sua vida em terra estranha, Gn 39:1, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50:26
III. Sete passos para a honradez
1. Influência piedosa, Gn 39:2,3
2. Honradez nos negócios, 39:5,6
3. Resistência à tentação, 39:7-9
4. Graça divina, 39:21
5. Circunstâncias providenciais, 40:5-8
6. Honra a Deus, 41:16
7. Revelações divinas, 41:25-36
IV. Demonstra espírito similar ao de Cristo
1. Ao perdoar o pecado dos irmãos, 45:15
2. Em sua devoção filial, 46:29
3. Ao retribuir o mal com o bem, 50:19-21
V. em 4307 o paralelo entre José e Daniel.
V. em 4299 o resumo da vida de José.
Ver tb: Gn 30:24, Gn 33:2, Gn 35:24, Gn 37:1, Gn 37:28, Gn 40:4, Gn 41:14, Gn 41:25,
Gn 42:7, Gn 43:16, Gn 44:2, Gn 45:1, Gn 47:6, Gn 48:1, Gn 49:22, Gn 50:1, Gn 50:26,
Êx 1:5, Êx 13:19, Nm 1:10, Nm 1:32, Nm 26:28, Nm 26:37, Nm 36:1, Dt 33:13, Js
14:4, Js 16:1, Js 17:14, Js 24:32, 1Cr 2:2, 1Cr 5:1, 1Cr 7:29, Ez 47:13, Ez 48:32, Jo 4:6,
At 7:9, At 7:10, At 7:13, Hb 11:22